Todos estão quase cientes de que a
violência está desmedida, que estamos nos tornando ou seres beligerantes como
proteção, ou como agressão mesmo que em retaguardas de defesa, ou mesmo
empolgados em nada ver quando então cercados em condomínios que temos a ilusão
de que estão muito seguros, e que passamos a colocar em nossos olhos a pontual
venda da ignorância, de ignorarmos literalmente os fatos. O alarme do mundo no
que nos cerca chega a ser de tal intensidade que não nos comovemos nem mesmo
quando sofremos o duro golpe em nossa democracia. Fica elas por elas, e a
maioria se anestesia em seus ópios, em suas ilusões, e suas frentes de grupo
virtuais, passando a viver no silício a maior parte do tempo. Tentemos ver a
voz da Paz. Pois sim, que caminhemos mais, a ver na superfície do mundo nossas
ruas, nossos bairros, a ver que nos aproximemos de um jardim, a ver a política
finalmente com bons olhos quando de lavras abrilhantadas, a sabermos que no
coração de um inseto está a mão do Criador, mas que esse inseto não professa a
sua religião, e quiçá tenha um espírito brilhante como uma pequena luz em sua
própria seiva que alimenta a vida. Havemos de ver uma planta com a comunhão
referida de mesmo modo, a ver em tudo, mesmo que sejamos ateus, nenhuma
superioridade no sentido de termos mais direito ou não de vivermos do que
outros seres, e que um cão pode ser tão companheiro como um humano, pois que a
referida evolução das espécies não culminou em um ser mais evoluído, mesmo que
o Gênesis tente explicar nossos erros, mas que o mea culpa existe e deve existir em uma remissão a que pelo menos
não erremos muito no que já evidenciamos pecar, pois é errado sermos pecadores,
já que podemos, cada qual em sua limitação, atingir a perfeição enquanto
tentativa de seguir com atitude, seguir com uma tendência de bondade, pois
agora, camaradas, já não há mais espaço para contendas, e a revolução deve ser
espiritual, no mano a mano, com a voz que pronunciamos e clamamos na direção da
Paz.
A democracia, mesmo em frangalhos de
ausência interina, como a nossa, revela ainda os alicerces fundamentais para
que possamos prosseguir, com o mundo em crise, mas que tenhamos a consciência
que pelo simples fato do Brasil receber bem os estrangeiros que para cá vêm,
algum caminho que tracemos para nos mantermos ausentes das crises de identidade
política de alguns usurpadores que tomaram o poder nos mostrará seguir com firme
determinação de que ainda somos um país que – apesar da criminalidade – ainda possui
gente que torce e preza pelo bem estar de um todo na acepção da liberdade e concomitante
inclusão dos mais necessitados. A saber, seríamos melhores se fossemos
socialistas, se repartíssemos o pão, mas havemos de tomar cuidado por enquanto
com as definições mundiais, pois que urge termos a serenidade crucial a que
porventura não caiamos a querer lutar de modo ininteligente, já que a
humanidade caminha mesmo para essa acepção: pois que o pão será repartido...
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