quinta-feira, 14 de julho de 2016

A VERTIGEM

A sombra se nos apetece, quando turva – ausente – do que mereça
Tanto a que o conforme nos dite algum querer mais do que se possa.

A se prescrever um dito, um chiste, um verso, pois sim, que o pintamos
Nas aparências justo que se pareça o verbo, a que mais se não diga...

No dizer o somos tantos quanto os olhares debruçados sobre as linhas
Que perfazem a coluna do entendimento que vai do ler ao consentir aprender.

Não há fronteiras que nos digam um homem a mais ou uma mulher que veste
As roupas que deixamos em um varal feito folclore tácito de conduta!

A se ver um bom homem saber que a luta alcança quem por ela se dá na frente
Enquanto nos ermos sonantes das retaguardas um caminhão passa com alimentos.

E o porém que se nos diga mais do que diríamos outros que talvez soubéramos
Em que as classes e o poder se imantam das vertigens que nos acometem.

Pois que veríamos o próprio tempo a predizer mais predicados de um verbo ser
Confluente do rio em que estávamos, no que isto não nos diste de sermos!

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