Nada
seria como antes se não houvera qualquer fato, de factibilidade luminar
Que
não me aprouvesse tanto de tantos e quase ausentes modos de se ver
Algo
de mundo inóspito por vezes, mas que em jardins serenos de ervas
Nos
vemos dialogando com as plantas, tocando gaitas para reverenciar
O
modo tão lindo de vermos um mundo ainda mundo de se viver...
Um
ultimato que se lance à tenebrosa condição de não vermos a luz eterna
Com
que nos brinda o espírito, com que nos brinda um bom livro religioso,
Com
que nos brinda uma boa filosofia que nos ensina ou orienta a pensar
De
maneira um tanto coesa, não nos ditando como sendo-nos autômatos,
Mas
reverberando quem sabe as verdades que por vezes não encontramos no dia.
Esses
dias de algo, essa pressuposição – apesar de tudo – altamente louvável
Nos
leva a lugares em que a arte mede seus esforços em continuar combativa
E
as obras se sucedem a um esquadro de ofício, a um prumo de um jactar-se peão.
Não
em ser muito do que se diz nas fronteiras do indizível, pois a vida ela mesma
Não
perece em não sabermos muito do que anteriormente saberíamos de tanto
Que
a veia circunspecta de um estudo nos mostra a sua fronte entumecida!
Plenamente
registrado na comédia das artes culturais, que a poesia sirva ao menos
A
algum anátema não dialogado com a ausência, a um recrudescer de tons
Que
lembrem fatídicas vibrações de um músico pontuado na alquimia
De
sincopar com a maestrina percussão o timbre de um rock progressivo...
De
ante mão não saberíamos ao certo o próprio nível da suposição algo anêmica
Quando
lembramos de um tempo em que estamos um pouco ausentes de tudo
Em
uma espécie de limbo em que – gracias
– a poesia possa reverberar um pouco.
Nessa
solidão algo concreta de seres não povoados em uma vida de celibato
Saibamos
que um sacerdote vive de um modo que se povoa de vida simples
E
um pensamento elevado às alturas de um som quando o escuta vibrar...
Não
há sono no choro de uma poesia, não há como ignorarmos uma vida
Que
segue a outras em que falamos quase sempre o que sempre curtimos
Escutar
entre e fora das paredes, dentro e fora dos muros e sobre estes
Quando
na verdade não os estamos rompendo, mas transformando-os em rochas!
Que
saiamos para ver um mar, que compartilhemos a foto de uma grama,
Que
usemos a máquina para filmar um voo de inseto, que o mosquito seja
Mais
um ser que nos teça a companhia sincera de um outro animal quiçá gato...
E
que nos aflorem as visões que porventura possamos ver sem a pecha da loucura
E
outras dentro da loucura mesma que nos invade quando vemos os loucos
Pela
vida afora, loucos pela vida em se viver, a ser, quando muito os poucos...
Na
audiência de uma tribuna qualquer veríamos um arremedo de palavras
Talvez
ensaiadas por outras letras que se dizem outros versos posta Lei
De
onde nossas latitudes se encontrem dentro dos versos que constituem.
Há
muito o que se dizer da poesia de um sonho em que o poeta não encontra
Mais
do que uma poesia que deixou adormecida em vários os sonhos do mar
Quando
as ondas lhe trouxeram os avisos de navegantes solitários à redoma do lar.
Do
terceto de sua alfombra nada messiânica nem profética, apenas oficiosa
Algo
se diz que a poesia é um tipo de cerzimento de algumas causas que encontram
Os
laços dilatados de um amor que não é dito, mas que porventura possa existir
Sem
que isso confronte com a idiossincrasia a própria e íntima sanidade do homem!
Sem
que se possa, sem que o possamos, mas que o possuamos, ao verso redondo
Veremos
um planeta mais áspero quando não sentirmos muito a superfície
Do
que possa a ser sentido menos do que o valor subentendido da palavra nua...
Se
há de um hermetismo cabal, voltemos a uma plataforma em que o próprio amor
Tecerá
a sua vertente encaminhada por energias várias do energético oceano
Onde
saibamos que na perspiração de Krishna está o viés dos universos!
A
quem interessaria possa, pois que não se interesse muito que porventura
Algo
não teceria uma conjectura se não fora de sinceridade única e vital
Para
que não separemos corpo e espírito e nos alimentemos das necessidades
Em
que a vida nos priva por vezes por espírito verdadeiro e cristalino
De
tomarmos a medida em nosso imo de enxergar o véu que nos tapa o olhar.
Basta
que todos esses versos seja uma pincelada em uma superfície – arca vigraha –
Do
olhar de Vishnu sobre o nosso olhar tão mesclado da previsível incompreensão
Quando
nos esquecemos que a vida merece mais atenção ao que é sagrado!!
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