domingo, 17 de julho de 2016

DAS FOLHAS QUE NÃO CARREGAMOS

Sólida a solidão que assombra uma alma que não prediz mais do que o tudo
Em que estamos na alfombra de uma outra vida que por vezes não a queremos
Mas que entorna na mesma vida o olhar consonante das esperanças...

De se vergar um ramo, saibamos que o ramo assume sua posição em meio ao céu
Na mesma ordem em que o sol brilha sempre nos lados em que as terras estão.

Da poesia que reverbere a alma outra que segue caminhante pelas plagas do ocaso
Quando se apercebe de vultos que se nos passam com toda uma parafernália
Que pinta outros tons de semânticas dissonantes na música em que empanzinamos.

Há do que o alimento, no alimentar se possa, a que comamos do pão de Cristo
Quando nos apercebamos que é o mesmo pão que falta na mesa das tragédias...

Seria dizer muito o dizer algo que não remanesce no olhar de um homem
Quando desfia as pétalas de um prazer inexistente no sexo que transuda
O mesmo olhar que trai a verve de sua poesia na promessa vã da experiência?

Não nos apercebamos muito, mas o tempo eterno faz soçobrar algum prazer
Enquanto ergue profeticamente a esteira de uma tecnologia que soçobra nos dias.

Se não houvesse saída, saibam que a poesia verte do mesmo sangue do poeta
Quando embebe de sua pena o líquido sagrado que apenas valoriza algum ato
No porvir de significados outros que não o sejam aqueles de platôs vazios!

No dizer-se há algo de sofrimento, algo que coaduna com os povos de fora,
Algo que não remonta nosso outro sofrer que existe na vida dos que pulsam...

Há fato no planeta, o planeta possui fardos, mas certamente são os que impingem
O próprio sofrer daqueles que não pediram por nada que o fosse de injusto,
Posto a injustiça que assola desde um país a uma Presidenta revela o amargo.

Desses sabores passageiros na história que não se conta, na Verdade do mundo,
Na Verdade das nações, na vida que não olvida que há e a temos na coragem...

Nenhum comentário:

Postar um comentário