Restava-me ver o mar, era tudo o que
sentia de minha avidez pelos figurinos da Natureza... Isso de aplacar o desejo,
em se vendo o horizonte sem as tréguas por vezes inevitáveis de um muro.
Quisera ver uma rocha, salitrada em seus ventos, por vez, que desse... Nada a
caminhar muito e – sim – os passantes, os carros com seus sons particulares, as
bebidas, certos ocasos do espírito, mas que se me dava a impressão da
tranquilidade pungente das gaivotas pousadas em outras referências, outras
rochas, no alto mar, que dava na visão que via, sereno da orla para aonde
outros pássaros meio que traçavam seu planar labiríntico nos rasantes. Era um
retrato em que por consorte se situa com a mesma paisagem que – pensava eu –
democraticamente faz parte do mesmo espaço. Um retrato, um quadro, a paisagem,
o volume aéreo do retratar a Natureza! E esse retrato seria mais distante qual
não fora nossa presença, dos bichos, igualmente, que não estamos sozinhos. Nada
a que remover da intenção, nada a colocar, nem o eu mesmo de um celular: no selfie, traduzido.
Nos colocamos em uma certa esfera,
em que um globo não nos envolva, posto podermos ampliar a esfera ao infinito de
nossos desejos, a saber, que cantem os pássaros para corroborar essa ideia. Sem
paredes que nos tracem, sem os episódios banais do non sense sem ermo, em que nos colocamos por vezes em patifarias
existenciais.
O sol um pouco que rasgava a cortina
do que via, meio que de cair o pano depois de um drama, e no correr do poente
do dia seguinte haveria um sol por encima, que ilumina bem lá do alto destas
linhas, a todos e tudo. E o pássaro dava as mostras de um quase silêncio ao
curvar-se em seu voo solitário, sendo que um pequeno inseto mostrava ao poeta que
seria uma palavra com a escrita agora que encerraria – por hora – uma impressão
de um – quiçá – cidadão das letras.
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