Dizer de uma periodicidade relativa
é como não escrevermos tudo o que diz respeito a algo que se aproxime da
verdade que cada um saiba que existe em algum lugar, desde uma plataforma
concreta em que o tijolo é um tijolo até a origem de uma pincelada em que
sabemos que possa incluir na expressão igualmente a subjetividade do ato.
Talvez vivamos um período posterior ao encontro que se fazia com a arte e
recorrentemente os artistas possuem a necessidade de encontrarem suas raízes
onde deixaram fincadas as realizações e feitos grandiosos... Apesar de seus
erros históricos de dominação, a Igreja permanece substancialmente como um
território onde a arte pontifica suas grandes realizações em diversos séculos,
a partir do momento onde vemos a cristandade repleta de obras maravilhosas que
resultam da aproximação dos artistas com a sacralidade. Inegavelmente, esse
patrimônio avulta na Europa, mas trás na história brasileira grandes momentos
que vão de peças memoráveis que traçam os perfis das artes, ofícios e
artesanatos de nossa história cristã. Assim como na Índia os templos sagrados
são maravilhosamente decorados, em belíssimas e igualmente seculares
arquiteturas, que fazem da Índia uma pátria espiritual do Oriente. Não podemos historicamente
nos colocar como críticos dessas obras memoráveis da civilização tanto hindu
como europeia, pois se assim incorrermos estaremos contestando patrimônios
artísticos culturais da humanidade. Igualmente, infelizmente muito do tesouro árabe
foi destruído com as guerras e traços de uma civilização inteira em seus museus
foram saqueados ou destruídos, basicamente por uma ânsia da ganância em
conseguir o petróleo, independente da situação em que se encontram agora esses
países.
Se partimos do pressuposto de que
uma nação ou uma religião como a católica, por exemplo, merece a crítica
sistêmica de outras religiões, estaremos depondo contra a ordem social e a
liberdade de culto, pois o catolicismo – para o ocidente – ainda é a principal
corrente teológica e sagrada, em que o Papa Francisco se revela como um santo
de nosso século atual, e nada explicaria igualmente qualquer perseguição a
qualquer credo, pois se o fazem isso merece uma intervenção cabal e precisa. O
Estado deve ser laico, justamente para fazer valer a liberdade de culto e o
respeito aos sacerdotes e religiosos, tanto no culto cristão como na idolatria
e outras vertentes importantes, como as crenças indígenas e a preservação de
suas culturas, onde o “missionário” dede imiscuir-se de intervir em suas regras
tribais.
A todo o momento vemos que a Igreja
é desrespeitada, vemos cristãos criticando cristãos, bíblias diversas que não
se coadunam, frentes de evangélicos traçando políticas excludentes e maometanos
sendo perseguidos mundo afora. Toda essa exclusão social se deve à intolerância
que está fazendo valer seus dogmas impostos politicamente, em um atraso que
revela frutos intragáveis, como o peso que exerceram os partidos religiosos na
quebra da democracia brasileira.
Resta sabermos a que ponto
chegaremos quando as mídias e os poderes políticos usam de sua repercussão na
sociedade para que tracem sinistros projetos, onde a origem de certas religiões
atendem a interesses externos, são um modo estratégico de manipulação de poder
e intervenção na boa vontade das gentes. Obviamente, sabemos de que usam todas
as armas para alterar o destino de uma humanidade que sofre do mal da ignorância,
e abre espaço para uma única leitura social, um dogmático olhar que fere a
diversidade esta como um grande mosaico cultural que deve persistir nos olhos
de quem carece de mais luzes no panorama de nosso país. Resta olharmos para o
olhar de Eduardo Cunha, por exemplo, e não veremos a serenidade que encontramos
em um verdadeiro homem de Deus!
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