segunda-feira, 7 de março de 2016

DO QUE TENHAMOS DA VIDA

            Subimos uma colina e encontramos rastros em um que vai no carro expelindo seu ronco, outro que no muro administra seus lixos e segue já por cedo, em seu trabalho... Uma bicicleta afogueada mostra as pernas não mais tão jovens renitentemente dispostas, três militares fazem seu cooper. Temos em nossas vidas as facetas variadas, no que obviamente ausentamos – enquanto tudo – de ver um céu que costura nuvens e ventos com os pássaros e complexos skylines das árvores e suas formidáveis arquiteturas. Tudo é parte de um todo, mas não há como compreender este, pois mesmo um ínfimo fragmento dele possui mistérios insondáveis. Compreendermos, no entanto, os mistérios insondáveis do espírito, faz-nos mais capazes de entender a Natureza Material e suas variantes que não se repetem enquanto formas da Criação, assim como a luz é uma variante delas. O Sol é um local em que a vida transpira, pois sem ele esta não haveria e são tantas que mal sabemos, quando não temos obviamente tempo para isso, mas que ao menos reflitamos sobre o tema, quando percebermos seu manifestar mesmo no movimento de um inseto, que seja.
            Este fluir de compreensão mais agigantada da Natureza nos faz compreender desde o nascimento de um ser ao despertar de uma crisálida, sendo a preservação da mesma manifestação da vida o bem precioso que recoloca o homem novamente em uma posição mais humanista em relação ao mundo e seus idiossincráticos continentes, a que a paz seja o motivo da união dos povos...
            O perdoar-se que seja o ato solene, o gesto perene, nossa referência, mas a luta por melhorarmos nossas vidas abraça não apenas nossos processos culturais da civilização, bem como a premente consciência classista, de gênero, etnia, etecetera na condição mais coletiva em nossas categorias e compartir do conhecimento, enquanto caudal que se acresce da consciência maior: aquela de contemplarmos a Natureza Material como invólucro do espírito, dentro das prerrogativas de uma sociedade mais participativa e com fronteiras flexíveis no seu lato sentido da tolerância e União para o progresso inequívoco das nações que dele historicamente carecem.

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