Na arte de nossas vidas, por vezes
vemos em uma pretensa performance de algo, o zero ou o nada em que
dialogamos... Basta um porém para tanto, e se atalha o que queríamos dizer com
a disposição anacrônica dos desejos de poder. Em outras vezes – para assinalar
uma fraqueza – não podemos ser bons em todas as modalidades. Há que sabermos
das fronteiras que por convenções imaginárias podem ser equivocadas, e são
esses os limites em que devemos agir com o respeito ao próximo e, por
consonância, a nós mesmos. Essa é uma assertiva verdadeira enquanto máxima e
por ela podemos referenciar em muito de nossa existência, já que nem tudo hoje é
traduzido como a simplicidade nesse modal, e a profundidade que isso encerra.
Um pouco seria a própria filosofia, e talvez para a encontrarmos, a experiência
de um homem ou de uma mulher que encontraram muito das dificuldades
existenciais e seu sofrimento, o fazem de uma busca, considerando a própria
independência dos tesouros encontrados: desde os caminhos de um culto, um modo
de pensar, um quê da política, o encontro filosófico ou a arte e a literatura
como expressão cabal em sua recorrência ficcional ou de um realismo,
surrealismo, na forma de ensaio, etc. E o diálogo sincero torna-se espelhamento
em uma peça literária, ou em um gesto de um pincel!
No entanto, que não sabemos que seja
de falsa percepção, basta um mas, um porém oculto, que não dizemos mais nada, a
não ser o que aprendemos com Baudrillard ou McLuhan. Seremos os eleitos na
ausência da sinceridade, ou seremos mais hipócritas em acreditarmos que –
efetivamente – dizemos algo? Quem saberá das entranhas das lógicas de Peirce?
Bobagens, pois o povo mais inculto desses hermetismos fala mais concretamente,
tem bons relacionamentos e não é treinado para explorar ou fabricar a ignorância.
Pois bem, antes de se ler a semiótica, que se erga a parede! Tudo bem, que
conheçamos as fronteiras, mas que tenhamos um pouco mais de humildade para
sabermos que um torneiro mecânico pode ser Presidente de uma nação. Com ou sem
essa humildade que porventura tenhamos sabemos no íntimo que LULA se mostrou
exemplar como chefe de Estado, perante as melhores análises internacionais.
Quando o fez, foi um fato histórico no mundo! Talvez haja um ranço em camadas
da classe média que não suporte uma conquista social, ou, pior ainda, talvez
haja um branco no Brasil (ou muitos) que se sinta incomodado ao sentar ao lado
de um negro em carteiras de uma Universidade. Talvez haja aqueles que acreditem
ainda serem os EUA superiores às nações mais pobres, pois talvez não tiveram
acesso às - ou apenas negaram - evidências históricas e origens de nosso país.
Há processos históricos que não
devem ser interpretados equivocadamente, pois lidam com fatos – elementares –
da nossa cultura. Pensar que um estrangeiro mereça ser rechaçado é xenofobia,
algo próximo a justificar o atraso de séculos. Vejamos a situação dos EUA em
sua corrida presidencial: temos um Trump por ali, como sinal evidente de atraso
por excesso de conservadorismo e despreparo. Teríamos quiçá um outro Bush, que
mandaria mais estadunidenses como carne de canhão? Talvez seja exagero tecer
comparações, pois George W. Bush era simplesmente um fundamentalista bíblico,
um criacionista no poder do país mais poderoso, uma pedra incômoda seria para
qualquer país latino-americano nestes mais recentes mandatos.
O sinal positivo para as nações do
Cone Sul é sempre, dentro das prerrogativas do progressismo, estender estes
mandatos populares. Agora, os que assumem declaradamente o próprio fascismo, no
mínimo devem ser denunciados como criminosos de lesa pátria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário