sábado, 6 de fevereiro de 2016

UMA LÓGICA DE ENCAIXES

            A saber, que muitos tipos de contestação parecem válidos quando a crítica é previsível, em que se associe a um grupo. Os teores das redes fazem as vezes da crítica ou entretenimento com contatos devassados porém claramente elucidativos. Há que se investigar onde entra o banimento, ou em que canais este atravessa a mente dos mais vulneráveis, seja desde um bilhete até um ensaio, ou literatura que se pretenda mais verdadeira, ao ponto de desnudar aquilo que é fruto da enganação, fraude, o que deveria ser ilícito como entretenimento ao insuflar a violência em um moto contínuo, como um reflexo onde as crianças acreditem estar vendo algo natural, quando expostas continuamente ao entretenimento televisivo de conteúdo violento, onde torna-se banal virtualmente combater, no que se remonte que essas crianças com esse conteúdo por vezes tem contato muito precocemente. É uma questão fundamentalmente complexa, mas paradoxalmente simples. Um tipo de encaixe lógico pretende-se quase como uma corrosão necessária à ganância da indústria dos games, quando o apelo se torna lugar comum em países que não controlam esses índices. Propriamente, há que se ter uma regulamentação necessária, já que quando construímos uma boa infância nada é melhor do que uma vivência saudável entre os amigos, pais, filhos, parentes como um todo. Por isso a importância das escolas mais longas no seu princípio lúdico, por isso quem sabe Montessori, não se saiba qual o ideal, mas que haja livros em profusão, brincadeiras que deem origem ao fazer artístico, o esporte, as brincadeiras. Há que se destravar certos encaixes onde não adianta integrar tudo, haja vista as várias nações que comporta o nosso país... As saídas para uma equação que verse sobre uma educação de qualidade impõem-se desde cedo, na autoridade paterna e materna – baseada no respeito – e dos professores e colegas de escola. Não há outra via que não seja essa, do respeito, da noção de que a liberdade é relativa onde se respeita não apenas a identidade individual, como a realidade coletiva e sua adaptação recorrente. O que gira em torno disso é subterfúgio, cosmética, fantasia, não apenas na criança que se perde por vezes sem saber como vivenciar o espaço coletivo, como nos pais que se deixam enganar muitas vezes pela falsa competência de alguns educadores. Há que se investir em formação: história, filosofia, lógica, literatura, ciências, e a arte como um todo, que sempre é um bom instrumento para conseguir o aprofundamento nas questões humanas. Não há educação sem as humanas. Pode muito bem haver educação sem a informática, mas sem livros seria impossível. O país é imenso, e sempre contará com bons profissionais, que amam a livre docência, que se entregam à arte de lecionar nesta pátria tão fartamente cheia de encaixes integrados, mas sem as peças fundamentais que são a aprendizagem do que se ensina e o ensino do que se aprende: vigas mestras que compreendem o espaço da educação tão esperada...

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