Há cristais que
emanam, que vem de Marte, no que Vênus não se ressinta
Para onde não
sabemos nem sequer onde reside o espírito de nossas leis,
Porquanto esse
não saber não voga o conteúdo errático de um pensamento
Em que tantas as
esferas não se modelam em uma caixa lacrada...
No que versa a
crista de um dinossauro de vida quase esmerada
A verve de um
poeta quiçá saberia um pouco mais de seus pousos
Dentro do que
pensa o que antes era um pouco vã e hoje necessária filosofia.
Nas questões de
uma paz recorrentemente passageira enquanto desígnio
Também não
sabemos nem um pouco mais do que suporíamos ter em conta
Que o mais vão
dos mortais não será vão, posto haver igualdade
Na existência do
tabuleiro de uma realidade onde o rei é o mesmo da formiga.
Onde esperamos
que haja um sol que nasça para todos, esse esperar fatiga
A quem saiba que
todos os sóis de todo o dia se repetem em outros nascituros!
Solene é o gesto
de qualquer dos ventos nas folhas, e que na verdade
Acreditamos que
os livros serão lidos algum dia, nem que o sejam
Para sabermos
que no caudal da poesia se reveste um pouco da ciência
De cada palavra
anunciada dentro das vestes do pensamento humano...
No que temos por
lucidez acobertada por vezes, a uma loucura do sem nexo
Em que nada do
que se pretende medra, por sabermos do mesmo modo
Que o teatro das
lacraias talvez seja mais nobre do que um retorcer do verme.
Na carne que nos
supõe a vida, não sejamos ela somente, carne, posto vida
É o que nos
encerra no pão que não possuímos quando a fome é farta.
E esse carnaval
se passa com a graduação de uma fera de metal com rodas
A prosseguir
sobre o jurássico asfalto na voz do álcool que não fala: consente!
Assim seríamos
algo a nos pretender maiores se não fora a disciplina dos versos
Algo a se tentar
com arte quiçá em um sono merecido de um poeta
Ou no amor
consagrado e verdadeiramente exato na vida inteirada de um par...
Pão que te quero
mais urgente, pão que enobrece as gentes, pão do sol,
O pão que nos
lega a semente do trigo nas noites em que a terra é fecundada.
Isso de sabermos
às vezes do alimento, que as palavras alicerçam o espírito
Como uma hóstia
que queremos relembrar do nascimento de Seu Filho.
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