O fato de existirmos enquanto seres,
gregários, desponta que tenhamos boas representações, na acepção crua das
palavras. Um homem ou uma mulher podem coexistir enquanto indivíduos em um
universo do intelecto, posto entidades pensantes, e conviver com isso de modo
algo filosófico... Pois que por vezes não tivemos formações ou contato com a
filosofia desde crianças, e gostemos de pensar alicerçados, frente a uma escola
em que apenas gerações mais antigas a tiveram. A independência passa por isso.
Passa a ser uma questão de nenhuma doutrina, pois apenas um pensamento que
verse sobre o que se percebe, quais as latitudes do conhecimento pensado e
expresso, inequivocamente, como passo necessário à compreensão da própria
realidade, ou sua interpretação do que venha a ser colocado como distinto da
ilusão, da farsa, da parcialidade exposta nas sociedades. Essa questão passa a
ser ou a fazer parte quase como um repertório em que hoje em dia se coloca
frente à possibilidade dificultada em que nos alicercemos no pensamento mais
linear, consonante, coerente com uma linha e suas curvas, suas oscilações, a
sua mesma contemplação assaz importante para pensarmos com independência, não
apenas dentro das fronteiras de nosso ser, como na aquisição da independência
que passe por limites impostos, aí sim, a caminho da liberdade, extensiva aos
países, extensiva às nações. Vem de um grande ser coletivo o apanhado de
reflexos de pequenos grupos, familiares, amigos, trabalho, escola,
universidades, partidos políticos, agremiações religiosas, quais sejam, a
iniciativa apenas do indivíduo passa a não ter a mesma voz se este não se
alicerça frente a uma sociedade enquanto ser, do todo, das partes...
A independência é sempre um modo de
se alcançar o conhecimento uno de cada qual, refletindo no outro o compartir a
que se chegue em dimensões quase continentais, em suas permutas, em permanecer
cada qual nas suas plataformas afirmadas e consentidas a partir de suas
experiências, como um rebatimento na história de humanidades maduras e éticas
enquanto consagradoras de um rebatimento moral. Esse mesmo moral que não
enverga qualquer latitude nas questões criminais, posto a segurança treinar
justamente essa integridade. E a independência em equações complexas dessa
ordem versa que tenhamos suporte e inteligência necessários para dirimirem
dúvidas recorrentes na estratégia de prevenção e combate tático. Nesse ponto
nevrálgico de termos bons sistemas a integração por vezes peca por nivelar o
conhecimento na prática defasada de outros tempos, aliás, por um lado que se
revela positivo, haja vista a importância inequívoca de sistemas conectados e
outros que não necessitam estar plugados aos de informação. A aquisição cabal
de superarmos o olhar da máquina para servirmos a olhares mais profundos em
nossas retinas, leva-nos a saber interpretar melhor o serviço da máquina e a
inteligência das lideranças que a compartem dentro de equipes mais horizontais
em suas hierarquias. Esse é o ponto crucial a ser levantado para que tenhamos
uma inteligência mais equipada com o principal conteúdo de seus aparatos: o
fator humano. A identificação mais exata das origens de problemas de ordem
criminal prevê a ação repressiva como algo menos necessário, pois enfeixa
efetivamente um conteúdo humanitário na reflexão do que levam comunidades
inteiras ficarem à mercê de certos grupos ou facções organizadas para a prática
de delitos. Essa é a equação social de merecimento da atenção do poder público.
Não adianta fazer de um Estado todo um sistema repressor à criminalidade, se
todos os setores da sociedade não repensarem um projeto social amplo na distribuição
de renda mais justa e equitativa, para que os espelhamentos da ignorância em
querer um modo de vida menos cáustico socialmente possa ser combatida por
uma educação sem as fronteiras da separação entre os mais ricos e os mais
pobres, ou seja, só podemos caminhar para uma inteligência de merecimento se
injustiças sociais tremendas forem solucionadas por uma sociedade que prime
pelo povo, pois deste deve emanar todo o Poder, soberano e pátrio.
Pode ser uma concepção mais leiga,
no entanto é de se supor que quanto mais a desigualdade imperar, mais problemas
recorrentes de criminalidade vão surgir. Não se trata propriamente de
ideologia, mas de uma posição lógica inegável, conforme temos exemplos de que
uma sociedade sem formação é como abrir espaço para problemas sociais. Um
exemplo evidente é o fato de que um cidadão que more em um lugar sem
saneamento, e que trabalhe em outra área mais própria, tem o termo de
comparação do que é viver de um modo ou de outro. A maior parte dos cidadãos
trabalha duramente para conquistar os seus espaços existenciais, no entanto
muitos querem a vida mais fácil, mesmo sabendo dos riscos de uma condenação
perante a Lei. De forma tal que se espelha em todos os níveis da sociedade,
desde uma aquisição indevida e ilícita mais irrisória até os grandes assaltos
associados com os crimes da corrupção: em todos os poderes, em todos os
Estados, invariavelmente, o que torna todo um sistema incompetente para
solucionar problemas assaz complexos em suas culturas nefandas. Por isso conclui-se
que uma nação independente de qualquer tipo de exploração imperial ou não,
acharia caminhos mais válidos na representação de suas competências e solução
de seus problemas estruturais. A validação de ações conjuntas com o imperativo
do bom senso, dentro de um padrão verdadeiramente participativo e democrático,
vem a nos colocar questões em que se possa contestar finalmente aqueles
representantes do povo que ironicamente trabalham contra as frentes de
emancipação de todo um país, estas com seu modal de progresso e justiça social
decorrentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário