Siga-se a linha de um piso, por ela passará um ser,
Tão ínfimo que câmera alguma saberá, a não ser o movimento do ser,
Quando de outro, porventura um homem, sabe que este ser, que o seja
Lhe dá o afeto da presença, e o homem pode tocar, mas não o faz para que o ser
Não se fira, e o homem passa a ter noção da fragilidade da pequenez do
inseto...
Assim como na flor emurchecida de uma mulher que sequer olha sem olhar,
O ser do que fora que ela seja, não pejorativa questão, pequeno ser, insetinho
de carinhos
Que infira na formiga, algo de piorada ação, posto a formiga seja mais feliz, e
o é
Quando presente na projeção do que acredita o homem que a formiga é, tão
somente!
No piso, talvez o homem suba a vista e veja um vistoso carro chegando, e dele
buzinas toquem
Em um anúncio pronunciado de alguém que, graças a Deus, não dará ares da
presença, posto
O sossego da poesia sobre o ser sequer viu que a ausência da visita não
interrompeu o encontro
Do homem com os seres, que são vários, em seu jardim cuidado, em suas plantas
maravilhosas
E na vida de um coração pleno que encontra sua serenidade por se sentir mais amigo
da Natureza
Do que em tudo o que porventura chamariam de solidão, a ausência da presença
humana
Como compulsoriedade de objetos que sequer buzinam adequadamente as suas
falas...
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
O MOVIMENTO AFETUOSO DA NATUREZA
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