segunda-feira, 30 de outubro de 2023

O SOLETRAR DO TEMPO ETERNO


Pois com uma linha que nos traduza com afinco
No de não se pretender que seja, a vida como viria a ser
Fora sempre não apenas dentro do próprio átomo
Como nos ponteiros de um cuco que nos faz mais felizes nos despertares...

Mas que, o sol estará sempre na vida quase em sua perpetuidade projetada
Sem que sequer desconfiamos que sob a nossa matéria corporal
Estaria a inquietação quase turva em nossas dúvidas
Sobre o que viria por adiante no tempo de outros que virão.

Em uma lacuna quase atemporal o pensamento, este linear e sintético modal,
Mal saberia que a palavra concatena o gesto da impressão, nem que o seja mental,
Quando nos permitimos articular significados, nas timelines, na profusão, na sequência
Qual não seja o tempo que não cessa porquanto semelhante com algo de infinito.

Aqueles que inventaram que o osso foi a arma alcançada, o mastodonte como presa,
O junco que imprimiu em Lascaux sua impressão de fuligens,
Ou quando a ferramenta braço e sua tecnologia de se saber da caça
Desde os primórdios, talvez soubessem das estrelas e das cavernas...

A cirurgia pontual, quando se abre o tórax de um enfermo, o tempo preciso
Naquilo de se saber que estanca o sangue estancado, que a veia que passa no tempo
Significaria na floresta a seiva de uma árvore em outro viés, onde o índio apenas coleta
Aquele fruto que descobre depois que seus pés pisam pelos caminhos de folhas desfeitas!

Quando o artista mexeria na sua palheta de cores, o pincel inquieto e hábil
Mesclando a sabedoria em se saber de um ponto ou pincelada, um gesto na tela
Quando em outro suporte, o eletrônico, o resultado de um bom espelho
Faz com que o público participe do tempo exposto em um noticiário das dez.

O cão em sua cruza, os filhotes que virão depois da gestação da prenhe
Que não seja quase, quando o broto da terra irrompe, quase cru
Sabendo-se que, ou se espera que seja apenas uma gramínea
Ou o futuro alimento que sempre vem depois de uma boa safra...

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