Se tanto não nos bastasse o
controle dos dispositivos que temos em mãos, há câmeras que se indispõem contra
um cidadão que possua um pouco mais de massa crítica, ou uma instituição, um
ativista, um cidadão qualquer. Isso nas mãos de um poder qualquer é
significativo no sistema em que se encontra a população deste milênio, seja
esta de direita, esquerda, centro, ou neutra dentro do precitado sistema mas
que – obviamente – almeja uma ingerência e um controle quase total, o que nos
remete ao totalitarismo e a importância da informação neste tipo de regime. As
façanhas da ciência permitem antes a busca pelas modalidades do poder e, bem
depois, as da generosa solidariedade que nem sempre é autêntica, mas possui
intenção disso, mesmo com interesses por detrás. Essa dicotomia entre privado e
público torna-se equação inativa, porquanto o falecimento de doutrinas
ultrapassadas só faz emergirem quais fantoches gases e gases, sejam de pimenta
ou similares, remontando até mesmo aqueles que não possuem sequer o cheiro. Na
razão bem fundamentada segue o leque de possibilidades, segue a coluna correta
que sustenta nossos argumentos, e não vai ser um tipo de agraciamento em meio à
tragédia que nos tirará a esperança em que as falas busquem a verdade em torno
de si. Essa mesma Verdade que é apenas única, meio 1, ou seja, nada de meios,
ao 1 inteiro, quando remontarmos que o zero é a própria negação desse quesito.
Quando um agrupamento de gente, nos dias de hoje, se propõe a estabelecer
limites, mas obviamente dentro de uma estrutura sólida, sói saber muito de
ignorância ou debilidades intelectuais
que residem nos estamentos de dito cujo. Igualmente, assim acontece com
partidos, agremiações, federações ou quaisquer outros esforços de estabelecer,
por conseguinte, certas hierarquias que demandem, por através da dita
democracia forjada, uma certa disciplina. A única instituição que rege a nossa
defesa e treina por soberania de suas táticas e estratégias abertas, mantendo
uma hierarquia aberta é ou faz parte das forças armadas. Isso se dá em qualquer
país, seja na defesa de um sistema ou outro qualquer, seja um regime fechado ou
aberto, seja ele tirano ou democrático. Acontece que a mesma forma que o poder
exerce sobre um indivíduo, ou mesmo na obscura coletividade gera modos por
vezes em que a tirania prevaleça mesmo frente a lideranças cruciais, como no
caso de Robespierre e Danton, no reinado do Terror da França após revolução de
1789.
No entanto, apesar de que a
história apresente fatos irretocáveis, não procede crermos que tais situações
se nos repitam dentro do escopo em que a tecnologia passa a demonstrar que
acabamos por nos tornar meras peças de um jogo, se assim o quisermos, ou seja,
se militarmos a jogar, ou simplesmente vivermos nossas vidas assim como é e
assim como podemos, dentro de nossas pífias limitações. Não precisamos
funcionar como meras engrenagens sistêmicas, posto termos a liberdade tão
avassaladora que nos é dada a faculdade de expressão na devida ordem em que
residem os fatores do viver em sociedade. Muitas designações de antanho,
antagônicas e anacrônicas tentam por vezes mapear o status social, sem o esteio
da inteligência cabal e necessária a que possamos compreender realmente o nosso
mundo, em que por vezes confundimos ilhas ou meritocracia política e seus
vieses de ideologias arcaicas. Podemos ser apenas agentes de nossa
felicidade, sem o falso moralismo de que quem possua mais seja culpado, dentro
de uma atmosfera odienta e regressiva, quando se tem a pretensão de que estamos
ou enfrentaremos mudanças capitais em nosso país, por exemplo. Essas mudanças
realmente viriam a termo se colocássemos em brio a situação alimentar com
terras feitas minifúndio, se não dependêssemos tão enormemente dos países ricos
e se – principalmente – cuidássemos efetivamente de nossa mãe Natureza. Agir
não significa sermos ou fazermos parte de um grande movimento mas, justamente,
a partir de pouco respeitar o que nos signifique seja a nossa contribuição
voluntária, sem falsos Egos que atrasam sobremodo o nosso pensar, o nosso
sentir, o nosso existir. O filme é longo. Portanto, façamos com competência. O
fato é que nas nossas frentes de atuação, por vezes um simples caminhar, um
gesto qualquer, uma cor de roupa, podem ser diferentes formas do Apartheid em
que nos tornamos, ou de um estabelecer de guetos que são como certos locais de
Gaza ou Golan. O que se vê em muitos sítios é uma incansável busca pelo poder,
uma corrida famélica ao gozo, seja químico ou sexual, ou uma carnificina contra
povos que sequer possuíssem a consciência do branco invasor. As vertentes que
dão nome aos bois sequer citam alguns deles e prosseguem no apoio moral aos
possíveis detentores da vitória para depois puxar os tapetes sob inglórias e
covardes tarefas… Assim funciona o sistema, e a apatia vira nos sense da
aflição, e a violência remete a períodos reptílicos. É o oceano que temos: nada
seria melhor do que não compactuar com esse circo que monta seus cavalos de
fogo no jogo fatal, por vezes. E o problema se torna egoísta, pois um que quer
está bem e estar bem nem sempre é para aqueles que querem, e os que sabem que
estão não querem que sejam, pois os incomoda verem um pobre sentado ao lado,
nos bancos da aeronave!
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