Acordo no meio do nada, de um sono alto e quase
breve, e respiro…
Minhas pernas claudicam, já não
sinto uma parte, a que a medicina
Seria tanta se não fora a
imagem que não possuo dela…
Pois sim, são quase oito e
tento o desenho, mas colaterais me invadem,
Com a força quiçá
de uma postura, quiçá empenhar-me na literatura.
E aí
sinto-me sentado, e me dizem, deveria tentar as artes, pois
que
Escrever expõe-me as vísceras a um veneno nada clemente,
de fel,
Daquilo que trama contas a pagar, ao que não creio que
seja sempre
Um algo que não haja na quase expressão de um
homem e sua fortaleza.
Nasço a cada dia, de um útero
febril que me espirra com força
Para um claro em que busco o
escuro da noite, mas espero que o tempo
Dure mais por cada
segundo, assim como a poesia que não economiza
Quaisquer linhas
que não sejam os versos longos que deixo por encima
De um
asfalto quente que é a ausência de solidão de minha
película!
Descubro a poesia maior, remeto versos ao
mundo, vivo o próprio ser
Que passo a encontrar em mim no agora
de um décimo sexto verso…
Por hora que descubra mais um
verso em nossa latitude, em longilínea
Das longitudes em
sabermos se estamos no leste ou no oeste quando vamos
Para
navegar a qualquer distância em que o rochedo não se
pronuncie.
Mas de cristal, verta para nós que o sol
apareça solar no diamante
Este, que não possui existência
cabal, mas sabe ao sono a luta da cura
Em que a enfermidade
qualquer saberá um dia que há boa medicina
Quando tangenciamos
o velame de nossa proa, e os lemes dirigem o nó
Com a
velocidade ímpar da consciência de estarmos navegantes…
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