quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

RETOQUES AFINS COM PARAFUSOS VELHOS

 


Claudiquem rumores de palavras tortas
Como nos ventos entre as frinchas escalavradas pelo tempo eterno
Que dite, qual não fora um dia sem sermos tantos que não fôramos
A mais do se dizer de tanto, que aflora a sombra do vaticínio…

E a culpa impera dentro do sacrifício de uma mão
Que reverbere luzes no quinhão dos inocentes vitimados
Por uma estranha plêiade de certos lugares
Onde se pesa uma balança com dois dedos vulgares!

O iracundo sentimento toma o lugar do sermão inquieto
Porquanto seja um dia a mais de tormentos, a justa inversa,
O golpear-se sereno e anacrônico
Dentro das possibilidades em que se realoca a virtude
Com a empáfia dos títeres de ocasião em sua empáfia.

Há que se ter o mea-culpa, há que não transigir com o tentar
Das veias entupidas pela charla de uma frase inócua
Quanto de apercebermo-nos que estaremos mais distantes
De um perfil quase absurdo de não sermos mais quem somos...

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