Havemos de ter em conta que a pedra não é
nossa criação: a criação, nossa, é que sejamos pessoas de pedra.
A quem contar com algo, entrega-se um ser humano por questões quase
políticas, a quantos não podem mais lerem uma revista que recria no
mesmo homem a proteção aos mais fracos? Que injustiça será essa
em que toda uma parafernália mostra ao mundo o recrudescimento dos
bem alimentados e fortes pelos confortos àqueles que lutam por
viverem melhor, enquanto estamos preocupados com os efeitos inóspitos
dos desencontros… Se a pedra não é nossa, não o são os seixos,
ou o ouro, e desprezam o outro. Talvez fosse bom encontrar alguém,
mas – como se diz – a grana fala mais alto, pois um cidadão de
bem possa externar suas preocupações dizendo que nem tudo que não
podemos comprar, como um smart phone, possa ser ausente de
estarmos cidadãos!
Seremos cidadãos de São Paulo, ou esta
cidade se volta contra a cidadania, pois nela ser homem de bem em
suas ideias vira sinônimo de ser corrupto, em uma cidade que teve em
Paulo Maluf todas as esperanças da extrema direita em se perpetuar,
como efetivamente ocorreu. Se é de natureza material, prossigamos
roubando e explorando, pois a exploração do homem pelo homem já
foi muito do que se contasse a parcelas do que dizem terem roubado
nesta última década, pois tornamo-nos escravocratas e traficamos
órgãos há um tempo relativo não muito remoto. Praticamos
verdadeiros horrores com nossas populações, e não é com proteções
escusas de práticas em que reagimos ao crescimento da consciência
de nossos povos que vamos entender sequer uma vírgula do processo em
que queiram alcunhar como queiram, pois revolucionária é uma
palavra assaz usada, em que mesmo na sua presença já gastamos seus
significados. Sei que estamos vivos, e pela vida respiraremos de
nossos ares, pois não é de encontros fortuitos que se tece algo de
concreto, aliás, modelando a palavra esta da pedra, em que
empedramos algo que na concepção destes escritos bastaria que fosse
a Criação. No teor religioso encontraremos a não propriedade do
homem, mas a administração de seu imo no cerne de sociedades em que
encontremos solidariedade, mesmo ao menor gesto em que um irmão
tenta entregar o outro à sandice da barbárie…
Se é de
natureza material, seremos ao diálogo, mas que um espírito me bata
forte, no que possuo do próprio, para que saibamos que as luzes
estão em todas as partes, mesmo na saudade que não somos capazes de
expressar, quando vemos que aqueles que estavam ausentes na derrota
de um homem sabem de outros que estiveram na mesma derrota unidos em
um nível de compreensão histórica destas e outras personagens que
vivenciam o grande filme de verdade deste mundo em que a ilusão de
certos displays mostram o estertor da mentira. A verdade religiosa é
um fato, estamos em algo de bruto, em que muitos seguram suas
vantagens no caudal rumoroso de suas crenças, e há muitas que
elevam realmente, pois no mundo fantástico de nossa América
saibamos que a religião tem sua extremada e necessária importância
nesse igualmente diálogo fantástico que mantemos com a matéria. O
pressuposto é que não lancemos mão que temos a terra como donos,
pois esta existia antes da espécie habitá-la, e não é lançando
mão da industrialização de amplas áreas de cultivo com seus
imensos motores,, ou campeando gado em profusão às custas da
devastação que vamos construir melhores países. Que tenhamos
segurança em nossos alimentos, que nossos grãos floresçam como
vieram do princípio, e que a indústria petroquímica atente para os
riscos de perdas em ecossistemas. Vai da competência, irmãos, pois
nesta saberemos mais inclusive das limitações produtivas que hão
de nos impor as restrições a melhores equilíbrios na povoação
das cidades e dos campos. A vida tem que ser melhor para todos, e
saibamos que a educação tem que ser o foco de todas as nossas
planilhas de base e cúpulas administrativas. Oralidade,
conhecimento, reconstrução de histórias milenares e antropológicas
de nosso próprio quinhão a sermos descobertos em culturas, a
preservação de antigas religiões, de paganismos maravilhosos, a
restauração dos costumes indígenas e negros, a valorização e
manutenção e reconstrução de nossos patrimônios históricos, a
revalidação da arte, a crítica ao digitalismo sem freios,
concomitantemente à integração por vias operacionais de nossos
sistemas exemplares de segurança, a força em manter o país unido
pela grande questão patriótica de nossa democracia, apesar de uma
cunha reversa, a luta contra um sistema plutocrático, são apenas
questões inumeráveis em que saibamos fortalecer este governo que
está tentando o melhor, mas faltando nas questões trabalhistas. A
revisão é premente, e porque não quadricularmos melhor a relação
das estruturas verticalizadas, saltarmos de uma plataforma a outra de
baixo para cima, com suas respostas, desburocratizando e restaurando
acessos que de outro modo seriam invalidados no engessamento dos
sistemas que possuímos já, e de competência?
O foco está no
conceito do que já foi criado em matéria, mas esta não funciona
sem a geratriz da energia, e a tomemos quase como uma questão
espiritual, a provarmos que a fé de um povo, é força motriz a
termos na ética religiosa uma coluna importante de nossos pilares,
não apenas no conteúdo de propostas, mas na existência mesma de
doutrinas que se entrelaçam… Revisão e revisão, propostas e
propostas. Que teses mais se aprofundem nas questões e que teçamos
resultados dinâmicos e certeiros dentro de seus próprios erros e
contradições se quisermos pontuar bastante nos setores de
orçamento, gestão e funcionalidade desse motor em que temos que
forçar o leme, pois estamos agora em um único e, no entanto,
indestrutível navio feito do cristal da mesma pedra em que o
construímos das estrelas, e que estas nos guiem como luzes
indivisíveis a cada rota que tracemos para o nosso país, maiores
que o silicato – necessário – mas que, no entanto, se mal
seguro, este, no convés, desliza sobre o salitre e acaba sendo
destruído pelas profundezas de nosso mar. Nosso, riquíssimo e
profundíssimo mar! É nesse mar que se respira o próprio teor de
nossa mesma democracia em que basta sabermos o sentido de termos a
riqueza preservada, incólume, temos estaleiros, fabricamos, e temos
tudo para incrementarmos nossa indústria com a mão de obra que vai
desde o conserto de um vaso sanitário até uma sonda ultramarina…
O olhar do mesmo mar vai ao nosso encontro, companheiros, quando quem
vos escreve agora escreve com a paixão de ter visto no olhar de um
pássaro não o desespero de um pobre pombo no Pátio do Colégio, a
ver outros seres humanos – adictos – mas que esse olhar outro na
gaivota em plena liberdade leve do mar que reside em nosso peito de
esta ilha a outros voos, na semântica cristalina de seus
aparecimento por sobre e além das linhas do horizonte.
Veja,
operária do comércio que me atende no balcão onde trabalha a noite
toda, e que possui o sorriso e a ternura que aflora em uma
trabalhadora. Veja que te amo, por seres uma mulher que não abandona
o seu propósito de seguir com a liberdade de sua própria
consciência, pois do trabalho seremos maiores – se me for
concedido um texto – em que reivindicamos as conquistas que
radicamos em raízes profundas no seio desta Pátria. Sei do lamento
de um tempo por vezes impróprio, mas saiba que meu coração é
pleno de existir, pois a ti servirei com minha luta de empreender
esforços para que construamos uma sociedade livre, com suas
idiossincrasias, seus propósitos, até mesmo as perfídias que se
insinuam em outros olhares, pois todos são irmãos perante a Lei, e
é nela que reergueremos o Brasil, para que o olhar cansado de um
pobre dirigente veja que além a carreteira é longa e, se nos
desviamos, é porque outros nos orientam a que prossigamos a trazer
dos insumos em que somamos, apesar dos pesares em que pensamos
ilusoriamente que estamos sozinhos, por vezes.
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