Anoitece sempre –
ou quase – quando as luzes dos postes anunciam em seu próprio
despertar. A mesma energia que vemos no sol, nas plantas, em nossos
mais íntimos segredos. O que há sempre é uma transformação da
energia, pois o Energético, o Criador, sempre vai ser a causa de
nossa vida, e razão enquanto a manutenção da esperança nesta
passagem Terrestre. Esse ser imenso que nos dite, posto quando
alcançamos todo o conhecimento em que nos situemos enquanto suas
ofertas… Essas linhas que tenuemente nos distanciam das crenças
mostram-nos que, se há pontes, há que se provisionar as ilhas que
somos. Se somos realmente algo a mais do que se espera do nosso ser,
se há uma mística que nos envolve e fala ao espírito, talvez que
fosse inclusive a que nos encerre no conceito do divino, da
divindade, do próprio Criador, não importando seus Nomes, mas que
suportemos os fardos quando estes encerram as lutas que jamais
travamos, por serem fora da correção do ideal revolucionário: de
novo uma palavra recorrente, mas vejamos que melhorar a vida dos
povos pode ser assim chamado, pois o teor do que pensam pode ter a
dose em que Maquiavel despeja seus principescos preconceitos… O que
seja antigo antes não seja apenas referência do novo ou neo algo,
visto ser ponteira de lança antes mesmo de pararmos para respirar
nosso processo histórico.
Os castelos ou seus encastelados se
comunicam: ambos, os espaços e seus habitantes. Serão os
neoliberais liberados para o desfrute dos gozos do mundo? Serão
apenas eles ou levam nas tocaias contra os de bem os lacaios que
arregimentam em muitas situações em que a delação premiada
derrama sobre seus súditos nativos a podridão da ausência de
caráter? Falemos no palavreado medieval, absolutista, pois eis que –
good news – voltamos a uma era em que não fora prevista, mas que
há casas sem sistemas que caem a olhos vistos e casas fechadas para
outras ferramentas de “utilidade”… Fruto das doutrinas das
doutrinas neo algo mais moderno que os liberais? Sim, creiamos, pois
não há termos em que possamos sequer ensaiar algo que não remonte
a retrocessos em que teremos que dirimir agora no dia a dia, no mano
a mano, quem sabe a compreensão que a luta de classes, no que tem
sido a fachada mais aberta nos chavões, possa acontecer em que
surjam realmente melhores dias, se quem decide será o Governo, com
suas outras prerrogativas e outras questões passarão em branco com
mais funis ou gargalos de carestias, quando somos quase obrigados a
dizer amem a certos “ajustes” da economia?
O que se passa
em um país continental como o Brasil é ver uma separação entre a
cúpula e as bases, inquestionável a quem quer que seja que esteja
acreditando fielmente na estrutura burocrática, em que o “Processo”
de Kafka encontraria mais aval do que o próprio Grande Irmão ou a
Revolução dos Bichos, de Orwell. A reconstrução desse grande
pavilhão quase psiquiátrico só se consegue arrumando nossas
sociedades, nossas associações, os fundamentos e manutenção dos
princípios de nossa atual República e os modelos – com a revisão
necessária – que incorporam o funcionamento de nossas (e que as
resguardemos) instituições. Não há ação sem seus contraponto,
não há como existir uma única voz, a não ser que falemos sozinhos
em um grande megafone. Há sempre um rebatimento, um diálogo, um
acordo. Não há ação sem seus contrapontos, não há como existir
uma única voz, a não ser que falemos sozinhos em um grande
megafone. Há sempre um rebatimento, um diálogo, um acordo. Não há
esquerda sem a direita, centro-esquerda, a que saibamos menos cada
vez mais a respeito desses rótulos, incluso aqueles que adoram as
forças armadas, sejam de quais lados forem, e me pergunto: balas,
para que? Granadas, tanques, etc, o que o nosso país tem com isso,
agora, em que estamos em diálogo pacífico, agora, enquanto me leem
vocês, enquanto leem outros autores, enquanto estamos com uma nação
tão presente no continente, com boas relações com outros países,
como – repito – um barco que avança pelo mar, escorreito, leve,
peremptório!
Nada é melhor do que as diferenças, a liberdade
de opinião, obviamente, em que possamos dizer com orgulho: eu visto
a ideia de um ideário de minha preferência, seja esquerda ou
direita, pois enquanto surgirem reações contrárias e intolerantes
a que nos manifestemos, aí sim, torna-se uma cidadania ameaçada e,
ao menor gesto desse fato, desses ódios, temos que ter a cobertura
da consciência dos que são humanos… Quatro gongos batem à porta…
Aonde quer que estejamos, sabemos que há pessoas dentro e fora e,
saibamos, nesse sair e entrar, na paz de uma ilha, no ir e vir
cidadão, será sempre um dia a mais, vívido em intensidade, a que
nos sintamos bem no modo em que sabemos viver: no bom costume, como
cavalheiros, em respeito a tudo, a gêneros, etnias, religiões e
espécies.
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