domingo, 5 de dezembro de 2021

RETIRANDO UMA TEIMOSIA

 

Vestimos por vezes a peça do vestuário
Que emana de um teatro invisível
Teimosamente recorrido, desde que atuamos
Sempre na arte do encontro e do desencontro,
Na arte de viver, do viver na arte
Quando, de se propor novas vidas
Nós temos por onde se ter a fonte
De qualquer modo onde nos deparamos
Com carros igualmente teimosos
Naquele painel quase imaginário
Quando, no que se pretenda
A fortaleza da expressão se torna surreal.

Em outras linhas não teimamos sempre
Quando, ou sempre ou nunca
A verdade de ser sempre se recoloque
Uma dimensão que requeira uma aptidão
Que, na vertente de um encaixe
Quebramos o nosso juízo
Nas horas – repetindo – teimosas
Que possivelmente vemos
A saída de um termo que esquecemos
Quando encontramos um óbice
Que muitas vezes não corresponde
Ao real de querermos um certo poder!

No que porventura não seja grave
Algum desejo de se ter algo
E, no entanto, o que chega até nós
Seremos maiores se tanto de se ser
Que o sejamos realmente algo a mais…

Vertemos a esperança que não retiramos
De um tentar-se melhorar nossos dias
Sem o quê de um destinarmos
Outros e mais rumorosos períodos
Que seja a mais e mais uma boa fortuna
Em se experimentar um século ao menos
Nesse intencionar o que nos torna felizes.

Essa diferenciação entre nossas tribos
Remonte uma tapeçaria de florestas
E rios por entre: cálidos como a primavera.

A vertente que nos torna inocentes
Pelas palavras de um mote
Que encerre um monte claro e verde
Como no dia ensolarado em seu sopé
Ou mesmo uma penumbra fresca
Por entre árvores e suas raízes seculares.


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