sábado, 6 de novembro de 2021

A VENDA QUE DESCUBRA OS OLHOS

          Estamos por vezes a enfrentar alguns desatinos, algumas travas que nos entorpecem a consciência. A consciência do fato, o dirimir alguma dúvida, uma parte algo técnica dos sentimentos que por vezes se tornam síntese de sofrimentos… Uma alma piedosa verte do ser olhar um remendo por vezes crucial que se pousa sobre uma lesão afetiva, sobre uma cicatriz resultante de uma ofensa, ou do aguerrido modo de se altercarem os seres sobre questões já vencidas pelo que se espera do milênio e sua consequente desenvoltura. O caráter sobremaneira vende-se pela virtude conquistada nos ganhos, e o valor se torna um quesito obsoleto quanto maior for um trabalho que mereceria ganhos equivalentes aos esforços e cidadania de cada qual. Não se pese a justiça dos homens com a Balança de Deus. Que conjuntamente envidemos esforços a se pretender que aquela se aproxime desta, bastante para isso um cetro de sanidade pétrea, qual rei que reina certamente em nosso coração. Devido a essa proeminência do destino não deveríamos pensar que os pesos e as medidas, como se, algo não silenciasse o piano de Nelson Freire, como realmente seu piano soa para a eternidade do todo e para o todo sempre. Não há lapsos em nossa memória, assim como na arte não há ressentimentos do que não se produziu, apenas quando um bom e guardião da Cultura como um bom Estado não esqueça das manifestações de seu povo querido. A expressão deva estar presente como algo importante, senão inquestionavelmente necessário como esteio da sobrevivência da mesma arte em sua totalidade, ou em seus fragmentos. Temos a dar ao mundo a sua subsistência cultural, mostrar que já fomos um país de grandes ministros, de grandes homens, de grandes mulheres. Guardiões que somos, havemos de fazer precipitar em nosso país a sua destinação histórica de pátria, na equivalência perfeita entre o amor e o talento. Como em Itália de Bernini, o ourives maravilhoso, nas peças que existem, assim como em peças de um grande pianista, assim como nos esforços da modernidade contemporânea a ciência seja um baluarte de toda uma Nação. Não há como negar esforços nesse sentido, posto que, em certos lugares insalubres ainda se respira o ar de iniciativas heroicas de nosso povo, o povo brasileiro! 


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