segunda-feira, 22 de novembro de 2021

DIA A DIA SE NOS BASTE

 

Na vitrola um som qualquer, quem sabe, se ainda existirmos
Conformes nossos rádios ou o que quer que se saiba
Sermos melhores do que uma energia que não retorna
Quando estabelecemos que todo um panorama musical
De outrora faça parte da mesma cultura do agora e do sempre!

Dia a dia seremos mais fortes, e só por hoje desejamos um tempo
A dar-nos mais do mesmo período, quem sabe, atrelarmos
Alguma peça a mais do que o esperado por aquele

Que justamente não sabe do que ocorreu imediatamente antes…

Justamente nos tempos que se cercam de alvíssaras e vertentes cruas
Esperamos por latitudes de esperança sem estarmos necessariamente
Com algum subterfúgio de se verter água onde antes fora o vinho.

Sempre caímos na asneira de pensar que somos algo titânicos
Perante forças que na verdade sequer sabemos da existência
Quando, o que nos reserve a ordem de sermos quem somos
Haverá a dita esperança se o pão ainda vem de quase economês...

Quantos seres, meu Deus, quantos seres que sofrem, dia a dia,
Que dia a dia se basta a que tenham suas máculas do então
Que não reservamos para nós enquanto seres que somos no imo.

Essa compreensão crucial é importante para que vejamos
Também o outro lado da moeda, aquele que possui valor
Apenas moral, pois no encantamento de um espaço qualquer
Podemos perceber apenas o traço da truculência.

Posto vermos, que nas palavras proferidas apenas com rancor
Não vislumbraremos a possibilidade do amor romper as amarras
Que nos atam no predicado de intenções remotamente
Verazes na atitude e na correção de nossos consequentes atos.

Digamos que para um comportamento nulo se não nulifique
Pois behaviorism havia plantado a última bandeira de plagas
Que aparentemente se multiplicam no poder das imagens
Onde cada gesto possui a sua polifonia, e cada som o seu vocábulo.

A fim de competir com sandices de caráter vemos o Poder, como planta
De um plástico sincrético com outros, de verborragias nas redes
E metáforas desastrosamente ignaras nos semblantes de suas fakes.

O que nos espera de um tom mais acordado nas serpentinas das ruas
Se, quando atalhamos uma bendição vem logo o oceano da ilusão
Ceifando pensamentos e encaminhando um caminho de algum tipo
De luta que se estreita dia a dia e, se porventura não nos baste,
Veremos no amanhã mais vinte e quatro horas de residuais e enfáticas
Maneiras quiçá algo clássicas de ver o mundo, arrojando as conquistas
Que, esperemos que os mais ricos países manobrem para tal
Com respeito que se diga ao meio ambiente e seus seres.

Desse modo seremos mais plenos quando o entendimento
Entre as potências ganhe forças que distem da insensatez diplomática
E que a Democracia realmente representativa seja a razão
De permanecermos, aí sim, nos dedicando ao saudável cotidiano.



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