quinta-feira, 18 de novembro de 2021

OS CARACTERES DE ÚNICO SENTIDO

 

Serão todos os vocábulos contendores de um significar
Alheio ao sentido máximo que reserve em si
Algo além de um caractere enunciado em uma frase
Quanto – a se dirimir possa – ao jargão inexistente…

A fase preliminar de sentido único que não prevaleça
Em veias remontadas a um infinito unidirecional
Quando vemos que o pensamento não nos falte
Naquela ausência que estoca o oco e disforma o modo!

Seguimos à frente de significados outros que alimentam
A própria questão de um outro pensar anunciado
Transformando o lócus de um parágrafo
Que por si só não demanda trabalho…

Não se claudique a modalidade do trabalho
Em que, por mais que sejamos alternos do chão
A rua vem em roldão a soletrar mais um verso
Que não encontraremos tão facilmente quanto o sempre.

A saber, por quantos dias a resiliência se repita
Quando vertemos o caldo da razão por um atonismo
Que remonte um vocabulário necessário
Naquilo que se pede cogitando, e não propriamente se dê.

Nesse tipo de classificação, algo inócuo aventa o possível
Que não nos submeta a caracteres de único sentido
Em razões que desfazem a própria lógica
Quando apelam para um invisível significante.

A prerrogativa de uma inteligência cabal e irrestrita
Nos leve a percorrer as instâncias que se distanciam
Nos aspectos mais profundos da existência
Em que vertemos uma palavra que amplia diariamente.

Nesse mote pensemos adiante em que uma metáfora
Seja tão valiosa quanto sua premiação inconsútil
Quando, a mais não for, revelemos uma não linearidade
Na edição de nós mesmos, como se produz um filme.

E que não se encharque de conhecimento pífio
A vertente mal anunciada, um coroamento íntegro
Quando de farsa, posto não ser digno de se ser
Ao que sejamos sempre nas alturas da Verdade!

Recria-se um trovão que irrompe dos céus,
Alterca-se um rumor da boca para fora
E um homem escapa ileso da solidão
Quando percebe que nunca estará sozinho.


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