segunda-feira, 15 de novembro de 2021

UMA REPARAÇÃO DO SER EM SI

 

Nada do que é impossível se torna crível
A não ser que realmente queiramos, quiçá,
A reparação justa e necessária de inventariarmos
Todos aqueles infinitos problemas que criamos
Nas veias que não soletram palavras fáceis
Mas que, no entanto, vertem mudanças viáveis
Quando, por piedade e perdão nos tornemos
Um ser do todo a que sejamos crentes do afeto!

Passarmos horas e dias com a disciplina crucial
De evitarmos substâncias como o álcool
Na profunda sobriedade que nos alcance
Na plataforma da querência de nós mesmos
Qual o heroísmo de Bill e seu amigo,
Qual vestimenta que antes não nos servia
Mas que, agora, com a nossa entrega da fraqueza
Vimos a reparar – através do exemplo – os erros
Que infligimos principalmente em nossas vidas…

Esses danos funestos, essa condição enferma
Nos enfeixe mais dias
de remontada vida
Quanto a nos apercebermos que os dias
Não se passam distantes do que lembranças
Que ponteiem a dimensão quase discreta
A que prometamos a nós mesmo que a senda
Da luz vem em ondas onde prevalecem
Aqueles costumes do bom servir
No intento de estar sóbrio por mais um dia.

Esses dias que por vezes parecem mais longos
Do que a usualidade que remete a períodos
Onde uma penumbra se nos apresenta na fronte
E o esforço se torna sobremaneira em excesso
De nos permitirmos a saúde que porventura
É da natureza de cada qual, em cada vereda…

Vertemos sinais claros e evidentes
Na lucidez extremada de uma vivência
Onde a experiência de nossos veteranos
Aprofundam os saberes, permitindo
Que nos encontremos com a bondade
Nos seus princípios mais elementares
Naquilo de se prosseguir em boa ventura.

Não se claudique um tempo em que se esgota
A própria consonância em se permitir uma esfera
Tão premente quanto aquela que engloba o mundo
Posto ser, dentro desse mesmo escopo,
A realidade pungente de sairmos de uma dificuldade
Quando enxergamos de longe a sua mesma latitude!


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