sábado, 5 de junho de 2021

A VISUALIDADE DO INVISÍVEL

 


Como se denota a superfície do conhecimento empírico
Em tantas as alternativas da credulidade
Que o era cedo torna-se tarde no dia posterior
Àquilo que não esperemos de quaisquer dias
Em que a permanência do encontro se enfeixe
Nos subterfúgios algo distantes do próximo poder.

Visualiza-se o invisível toque de uma mão fraterna
No que seja de solidariedade, em tempos crus
Onde o gesto se confunde com a tirania
E onde trair um companheiro se torna gratuito!

Nos tempos em que nos encontramos reside
– Algo que por assim não fora – um lote
Das reminiscências patibulares do enfrentamento
Quando, por mensagens duvidosas,
Retiramos a instrumentalização concretamente vista.

Do invisível retiremos as dúvidas e dívidas
Que porventura estejam semanticamente unidas
Por um par de acentos que reiterem alguma semelhança
No que a vertente do silogismo estabeleça comparação plena!

Esta é a razão da invisibilidade ser mais sólida do que o concreto
Que se torna aparente depois da mescla do cascalho
E que, através dos vigamentos de ferro aguente a protensão.

E quando a autoria não nos é revelada, a nós – incautos –
Perfuramos com uma vídia o recorte silencioso de maré
Que de vazante não seja, e que seu codinome seja estável…

O mar que não nos preocupe, não restrinja o fato simples
De uma vereda oceânica, que se ultrapassem os cabos
Em navios que seguem segurando a inocência dos inocentes
E que, singrando por outros intercursos, revelam a vida
Que igualmente inocentem a vida de outros inocentes.

Em extremados recursos, veremos o peão girar de viés,
Pelos lados assumidos perante escrituras nunca antes lidas
No que se remonte a virtude inexorável de poderes anunciados.

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