domingo, 20 de junho de 2021

UMA POESIA INFUNDADA

 

Requer será uma poesia infundada quando menos espera dos acertos
Ou dos erros eventuais que possam acometer algum discurso,

Mesmo que este esteja acometido dos piores óbices
Que reiterem a mesma plataforma dos excluídos.

Não, que não nos requeiram uma frase maior
Além daquelas que requeiramos no convívio
De uma maestrina linguagem do que as mulheres

Têm por seu apoio o conhecimento da língua portuguesa!

Assim se regram os dias: no nosso conhecimento cabal
Alternamos com os sons da Natureza
Os ditos que nos
esclarecem ou nublam
O próprio consentimento de uma conduta sem igual
A que seja o esquadro e o prumo o entendimento da vivência…

No que a vitória nos ensine o mesmo aprumar-se da letra
Quando o que sabemos nos dista do distante
Nos afrouxa o remo, retira a tração do motor
E relega a condição humana a uma fração do vigor…

E quando enfeixamos uma situação algo vulgar
Reiteremos a vida como ela é, sem a suposição
De estarmos a descoberto no meio de uma doença.

Esse mal que se nos acomete de tais modos
Que vem por encima de nossos ombros cansados
De tanto suportar nossas cruzes, do enaltecido
Porém de nossas vozes escutadas na escuridão.

Escutarão nossos pareceres os doutores da ocasião,
Quando suplicarmos as alforrias de nossos tempos,
Ou virão como alternos de uma situação anacrônica
Quando os ventos mudam de uma direção para outra?

Qual será o formato do progresso na modalidade social,
Se – de fato – a forma do atraso se arvora em seus canais
Na fertilidade da mentira igualmente ao que se espera
Das respostas reptílicas da mesma ignorância
Do léxico, ou de mais uma curiosidade infundada.


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