sexta-feira, 11 de junho de 2021

O ABC DA LÓGICA

 

         Entendemos – no geral – tão pouco dos numerais e, tampouco da lógica. Esta refaz caminhos, estende territórios do conhecimento e alimenta quantitativamente o espírito dos homens… A ciência da lógica subentende os caminhos da razão. Desde o pensamento expresso até os desafios do desconhecido, vemos uma aura capitular brotando do certo, do errado, da Verdade, do fake, do sucesso na filosofia, do entendimento cabal e do cerne de bons conteúdos para se aprender primorosamente os albores da ciência. Como na elucidação de um fato, como na descoberta de um andamento qualquer matemático, como no mapeamento estelar, ou na rigorosa manifestação de um empuxo em uma aeronave, temos como pressuposto o andar que não se verga, posto lógico e científico. É como se víssemos que um grande big bang tenha se formado em nossas origens de planeta, como se o Universo inteiro conspirasse a nosso favor na manutenção do conhecimento empírico do homem, com sentidos limitados, mas com o recurso extremo da razão que os potencializa de modo exemplar! A lógica se identifica com o ludens ao qual o homem pertence: o jogo, o jogar-se, o competir-se, como se fora a identificação de um tipo de mercadoria que se chega de manso, mas que subentende ser apenas feijão, trigo e arroz…
         Sobrepor um patamar sólido em nossa querência da justeza necessita a lógica jurídica, as palavras no lugar exato, advogar-se em busca de uma lei que nos reja. Afora isso é estado das coisas, é coisa inanimada e caótica, é trazer à tona o monstro em que por vezes se torna no nosso ser, do ser em si, do ser o nada. Sem aprofundarmos e promulgarmos leis mais justas para todos, não haverá cisão e união entre o Estado e seu povo, pois a lógica inicial e mais básica traz à tona os desejos aos cidadãos trabalhadores no regime da integridade de sua saúde física, psíquica e espiritual, nisso coabitando os fatores trabalho e ganho justo. Sem essa mínima prerrogativa lógica, que porventura cria um mercado interno pujante e alavanca a Democracia do ganho e da reserva de consumo, não há lógica na ciência que justifique uma Economia do desastre. Esse vintém somado, esse quinhão de reparte, a justa e justíssima distribuição das rendas do país é que traz em um sentido lógico e direto o combate numérico, algébrico, contra a carestia que não pode justificar um mundo ou um país com alicerces diretos na pobreza de sua população.
           Passando da lógica dos sistemas computacionais
favoráveis à manutenção de instituições bem alicerçadas, vemos na outra ponta uma economia bem fundamentada na questão da sustentabilidade, onde as nossas riquezas sejam melhormente distribuídas, dentro do âmbito de uma nação equânime e justa socialmente.
         Finalmente, a lógica pressupõe uma governança laica, desautorizada da cunha reversa na autoridade religiosa, pretensamente cristã, quando prega em suas virtudes o ganho material como uma espécie de bênção, posto materialmente não se deve pregar nada além do estritamente necessário, no conjunto de condições e situações do povo brasileiro. Logicamente, se um ser se alicerça em forças contrárias ao interesse da democracia – porquanto frágil ainda – de modo a solapar os sonhos e as utopias saudáveis de toda uma massa de gente, deve-se obrigá-lo a rezar conforme a cartilha do sistema e não permitir que esteja, depois de um recuo salutar, tentar entrar pela porta dos fundos, pois o próprio e lógico sistema deve ter retaguarda forte e manter as frentes abertas ou fechadas conforme o que se quer de nossas populações… Afora isso, não haverá frente que dê conta contra enormes índices de caos e desintegração social, porquanto não reside nisso uma justeza de caráter mais do que necessária em qualquer processo civilizatório das nações do planeta como um todo.

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