domingo, 13 de junho de 2021

A VISUALIDADE DO INVISÍVEL

 

Como se denota a superfície do conhecimento empírico
Em tantas as alternativas da credulidade
Que o era cedo torna-se tarde no dia posterior
Àquilo que não esperemos de quaisquer dias
Em que a permanência do encontro se enfeixa
No que a poesia poderia estar perdida para sempre…

Retomar a partir de um nada no leito branco
Com letras negras como um vulcão etnocêntrico
Mas que seja, uma palavra e meia do centro
Das nossas próprias e relutantemente contradições.

Não que se vista um terno algo antigo de alfaiate,
Mas que se assoberbe a antiga e enclausurada missão
Nas vértebras dos inomináveis e turvos homens de bem
Quando o que se procede é a inenarrável hipocrisia!

Antiga questão: reescrever a poesia que pronta estava
Na estafa do claudicante tempo em que ela melhora
Por uma tristeza infinita de um mísero poeta
Que no enquanto clama por dias melhores que virão…

Esses dias no patamar insólito de esperanças
Que azeitam a máquina e suas engrenagens,
No recado claro que principiam nas lágrimas de fogo
Que aquecem as órbitas do crânio, por uma verve pura.

De todos os que sofrem, benza a Deus que seja o destino
A uma plataforma infinita, e que o poeta saiba o dizer
Que a essa gente não falte um futuro melhor
Posto serem tantos os que sofrem em nosso país…

No rumor sonante de um pássaro marinho
Que seja a tez de um marinheiro competente
A vicissitude de saber a profundeza de um oceano
A trilhar competente desafio na vertente da água!

Se porventura explicarmos o quase inexplicável
Vertemos a invisibilidade do menor visível
Posto em uma molécula de uma água orgânica
Reside a igualdade da totalidade da semântica dos mares.

E, por igual que seja a profética aventura do navegador
No mais que estejamos como em um reflexo da agulha
Que aponta no sul os entornos dos continentes
A alicerçar uma visibilidade franca e maior
Dos maiores e mais renitentes dragões do mar.

Seria suficiente reescrever a poesia através do ponto
Que encerrasse uma única estrofe em seu domínio
A creditarmos que essa mesma escrita
Fora de cunho próprio do poeta,
Em sua finitude criacionista da mesma obra…


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