Dada uma
equação, há uma presteza em resolvê-la, mas sem o conhecimento suficiente o
resultado não será exato. Não sendo exato, quando da matemática, não estará
certo. Como em uma lógica onde passou-se pelo conhecer da própria existência,
um escritor pode dizer com uma corrente verdade ao menos a busca por esta. Para
citar um exemplo da matemática básica em uma equação do segundo grau, o
resultado ou raízes da equação, quando o delta é maior do que zero, segue sendo
o domínio de um conjunto contido na Verdade, ou seja, um resultado de cálculo é
verdadeiro enquanto correto, dentro da limitação dos conjuntos onde se está
inserido como uma premissa do enunciado do problema. No plano humanístico
sabemos do ser coletivo e igualmente do ser individual e suas interações.
Quando as interações do ser com o seu entorno é de cunho mais horizontal, cessa
um pouco da soberba em querermos crer apenas no moto contínuo das diferenças de
frequência, vistas enquanto certas inacessibilidades meio burocráticas. Imaginemos
um plano como entidade geométrica e suas assimetrias, e estaremos aptos para
conhecer o que é uma navegação – mesmo em terra – de nossas próprias
superfícies existenciais. Onde um conhecimento de um indivíduo pode sobrepor-se
à coletividade quando esta possua em número aproximado dinâmico de trocas a
versatilidade para aceitar uma solução simplificada de um problema, alçando o
indivíduo a uma representatividade do pequeno coletivo, a ser espelhado em
maior número a outros. Mesmo enquanto dinamicamente a origem do conhecimento
esteja bem ocupada em avançar mais e mais na solução e sustentabilidade, em
termos amistosos sempre, porquanto educação dinâmica que ocorra sempre nessa
igualdade de condições em que se nos permita progressos maiores.
Não há
porque ocultarmos da população que pensamos seja de menores luzes o que se
passa na ciência de vanguarda, ou ao menos o conhecimento da história, ou, a se
bater em um velho ponto, a educação como um todo. A ficção não explica a
ciência, mas às vezes pode quase profetizá-la quando de boa arte e engenho. Mas
isso sempre passa por suposições, e o teatro de revista, o folhetim das séries
pode imitar bem a realidade, mas é sempre uma montagem ilusória desta. Quem se
dá uma importância mais meritória por pensar algo que crê seja melhor do que
outra, quem sabe, não detém a Natureza mais fundamental de um fato que pode ser
escrito com outros contextos, com outras espacialidades de vernáculo. Por assim
dizer que o que se lê é por vezes menos do que o que se fala, parafraseando os
gregos onde o diálogo podia ser o mito. Se não sairmos de uma realidade que se
impõe como a única, sem partirmos a discernir que a arte abstrata e o
surrealismo seja a fonte que nos aproxime de um onirismo de caneta, sim, expormos
algo a alguém como resultado de um rabisco de tintas, a sabermos que a mão não
nos falte nunca, pois esta mesma mão referida é a maestrina de uma batuta que
rege a expressão mesma, seja artística, seja artesã. A vida em um caudal de
merecimentos nos coloca em um tipo de retaguarda onde nos apoiamos apenas na
tecnologia, e onde ontem era uma arte de plasmar hoje vira fabrico visual... Na
verdade as possibilidades se voltam a uma grande biblioteca, onde podemos fazer
suceder fatos, onde estes ou outros fatos podem ser manipulados, onde toda a
abrangência do que pensamos ser a manifestação da matéria vem encapsulado por
teores não apenas ilusórios porquanto místicos e, no entanto, muitas vezes
paradoxalmente necessários.
O
conhecimento concreto vem a ser o referencial de como um homem, como uma
mulher, uma criança, podem se situar no que se confecciona, no lavor, no fazer
algo, na construção, na engenharia, na técnica das razões do direito ou no
ofício mesmo da poesia. Em muitos desses campos de atuação não se busca o
ganho, mesmo porque hoje um poeta é apenas um sonhador, e praticamente todas as
empresas dependem do marketing bem direcionado e bem colocado frente a uma
sociedade de mercado que coloca a embalagem e seus processos à frente dos
conteúdos. Apenas no que é indispensável – seja um serviço, uma riqueza ou um
dom muito arrojado – segue participando de alguma forma com valia nesse esteio,
nessas vertentes de uma economia que alija, ao invés de fornecer, ou contribuir
para um saudável andamento social. Esse é um conhecimento, ou uma tomada de
consciência muito importante, pois sabermos que existem muitos países, e que
alguns seguem mais justos, e outros mais refratários nas questões das
humanidades, nos fará seguir por nossos rumos com um esteio ou sabedoria que nos
tire muitas vendas impostas por uma questão de facilitar a manipulação, a
saber, que uma população menos conhecedora não pode por vezes sequer afirmar a
sua identidade. É por essas e outras que sabermos conhecer nos tornará mais
fortes, apesar das motivações em contrário...
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