Ao
se dizer de muitas coisas se prediz que não se diga ao mundo
O
que é da coisificação, a incontinência da agressão verbal, o
viés
Do
que seria o tudo sem a presunção de inocências invalidadas…
A se
seguir o tempo, quem diria, falar-se do tempo em que o fremir
Nos
dedos de sexos iluminados por gânglios retificados como um motor
Seguimos
ao tempo em que o moral das tropas se mede com a força dos pés.
Se
somos ou se somamos mais, que seja, o tempo feito não coaduna
Com
a vértebra silenciosa que nos esquecem nas camas de pedras
Onde
as urdiduras do passado não revestem mais o berço de nossa cultura!
O
ato manda mais, o decassílabo não traduz o verso, a se voar, se voa
tanto
Que
quando criamos o gozo vem mais longo e merecido, a se ter o sexo
Dentro
de uma mente que não é refratária com o próprio conhecimento…
Sabermos
de quase tudo o que se semeia de dúvidas não nos reflete a ser
O
ser que esquecemos dentro de uma página de jornal incerto que não
se lê
A
não ser quando reverbera a letra em um diamante atual,
contemporâneo.
O
mar passa a ser mais do que sua superfície, navegamos no cordão das
ondas
E as
musas se atravessam sob o cajado de Netuno, querendo mais de ser
Quanto
de também sermos um pouco do que gostaríamos de nunca termos sido.
O
não existir, propriamente, na tomada de uma cena em que os muros nos
cerquem
Como
alfombras laterais de chumbo – a saber – que não espirramos nos
tonéis
Onde
se guarda reticentes camadas de um conhecimento que se torna
nulificado.
Prosseguimos
sempre, portanto, sabendo-nos apropriados meramente à questão
De
enunciarmos descobertas donde não sabemos onde encontrar a metástase
De
uma palavra que se torna dona de si, bem onde nos encontramos com os
ventos!
Nau
que se nos encoberte, o prazer único do poeta são os versos que
vestem os dias
Com
os significados de se ter em cada palavra seu próprio matrimônio, a
ver,
Que
as palavras se multipliquem, posto de malfeitores o mundo já está
pleno.
A
título de sabermos por onde começa nossa pretensa e angustiada
frase em si,
Saibamos
sempre que se é de poesia se transmuta na maravilhosa e augusta
fração
Onde
o ser em si sabe de muito do se fluir, e a máquina que somos não é
gerada.
Somos
a centelha divina, somos mais do que este corpo, e que isso torne
válido
Apenas
aquele conhecimento que esquecemos deitado sobre falsos e crus louros
Onde
nem César e nem Napoleão descobriram sequer por um segundo seu
encanto.
Há
que saudar toda a fértil literatura, todos aqueles que transitam
pela vida com arte,
Os
menestréis dos figurais, as vertentes dos cordéis sertanejos, a
poesia concreta
E os
versos que ainda sopram por sobre os faróis de sonetos quase
esquecidos…
Há
que traçar paralelos com Dante, havemos de soletrar as almas da
cultura,
Sabermos
resgatar os panos da Pérsia, perscrutarmos as falas de Horácio e
Virgílio,
Trazermos
Aristóteles à tona de todo um panorama existencial vago e órfão.
Nunca
será a ciência econômica a pátria dos aflitos, pois estes resultam na desigualdade
Que
outros impõem com outras ciências mal traduzidas por outras e
renegadas cifras
Que
vertem sobre a realidade de todo um povo o caudal irrequieto de
genomas vis.
Genomas
de interesses, interesses de genomas, se é que a ciência biológica
traduz
Que
uma agência de informações possa gerar essa anomalia dentro de um
quadrante
De
programações onde a própria Gênese vira a experiência de alguns
incautos.
Sabermos
muito da Natureza é o único caminho para nos tornarmos humanos,
Sem
precisarmos testar nosso hedonismo na plataforma nua em que o social
Se
torna apenas o idílico romance que os seres mais inteligentes têm
com os gadgets.
Os
sistemas vão sucedendo, outros, que nos perdoem as palavras, posto a
percepção
Torna
líquida a sensação de não estarmos mais vivos quando de parecerem
sem vida
Os
que vivem a própria juventude em não querer mais participar de
qualquer mudança!
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