São
tempos, as horas, que nos cheguem, nem em ocasião
Mas
que, em subterfúgios da ausência, um afeto ou carinho
Faz
parte do imenso contraponto em que nos chegam fatos...
Os
fatos, os fardos, o guindaste que não erguemos antes
Por
supormos algo além da intensa vigilância de pretextos
Quando
os alicerces da imensa construção nos dita pressupostos.
Supondo
alguém que sequer pestaneja, quando monta o alazão
De
um sem nome, posto ser cavalo de madeira a infância
Da
qual não se lembram as gerações que botaram garras no botão.
Será
que os dias serão assim, desconformes com a vertente
Que
passa entre nós, sistólica e diastólica como a razão pura
De
um Juízo que nos transcende a simplificação fatalista?
Será
a poesia a continuação da mímesis,
uma fonética sem acordo,
Um
peixe engaiolado para mais uma missão da fala frenética
Nos
microfones que esmiúçam os dados de alturas cabais?
As
questões podem se nos tornar fatalistas, na medida em que a nau
Abraça
calados de imensas profundezas, na relação em que um outro
Parte
a dizer estrelas enquanto o silêncio vem à tona rugindo...
Seguem-se
os parentescos opostos, a consanguinidade de uma relação
Em
que a amizade vem embalada com o perfil familiar do fatídico
Na
jurisprudência algo aberrativa por perfis de todo analíticos e crus...
Que
a crítica não perpasse a sangria das gruas de uma longa exposição,
Pois
vaticinar a poesia é apenas o Canto em si, uma página que seja,
A
interjeição do espanto ou do enfado, a quem optemos seja uma musa!
Quem
dera a Odisseia clamar por leitura, quem dera Alighieri ser lido
Nas
vezes em que um Renascimento pudesse ser estudado de dentro
E
que a Sistina fosse em si o próprio julgamento do que é a Arte!
Sereias
nos atam aos mastros, o canto maravilhoso veste-se de cores
Que
relembram antigos naufrágios, onde capitães soçobraram
Depois
de relembrarem o descuido da nau nos ventos e seus lemes...
Pois
bem que a poiesis retorne, a retocar
sentidos e sentimentos
Já
que seja um o fruto, e não importa exatamente qual é qual
Visto
que o da percepção é matéria nua e crua na verdade suposta.
Se
um antigo nos dissesse a temática da Alquimia dos séculos,
Talvez
nos ensinasse que seria uma tentativa atávica de lembrar
Que
não repreendamos a arte, pois é a deusa ativa do entendimento.
As
janelas por onde respira, o ar de um jasmim de primavera,
Um
mantra que nos coloca a versão algo inaudita da devoção,
Algo
assim seria uma boa abertura de vernissages presenciais.
Que
abramos espaços, que não recriemos personas, que deixem
De
uma vez as linhas da poesia se assoberbarem da vida que possuem
Dentro
obviamente do espectro do conhecimento que a falta nos faz!
As
vertentes da esperança ditam, o que não sabemos exatamente,
Mas
o que estava na linha anterior é como atmosfera já nublada
Em
que o céu se prepara para abrir caminhos em direção ao Sol!
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