sábado, 5 de março de 2016

EM MÃOS ALHEIAS

            Tal seria, se não supuséssemos que o ato de rebeldia animado por tal que seja um tijolo em sua pretensa posição de que verse algo em ser a mais do que um tipo de prótese construtiva, não é mais do que mais um engrossando fileiras... Se é de ótimo barro, que os seus da fiada também sejam, pois o que tange da boa estrutura não basta na amarração das colunas e vigas.
            Que os dias sejam na boa obra e que, antes que o obreiro pense que não há em sua espera de horas em que o cimento busque amalgamar, que faça das britas o seu mistério e seu propósito. Há que se ver em que ponto esses mesmos dias recrudesçam invenções antigas, pois o que se é da vida continua sendo dela, e o que se é do trabalho continua imensamente a ele pertencido. Neste ofício de pensarmos também reside o alvorecer do obreiro. Mas que receba sempre das mãos da terra o seu pão, posto de merecimento a que não nos situemos alheios, já que de boas vindimas sempre há de sorrir o nosso peito. De um varão que enobrece nossas veias, e que estas saltam à lembrança na não espera, na esperança do real ser real, em conquistas diuturnas e duras.
            Há que merecermos o nosso quinhão, há que lutarmos por merecimentos que não repousam em nossos colos como a chuva, pois mesmo esta nos falta no represamento da vontade de Deus, mas que por vezes o que permitiu-se das mudanças climáticas vem das mãos do homem, e não das paráfrases bíblicas, infelizmente. No que a ciência peremptória das pesquisas passa a ter razão inequívoca e sistemática.
            Este breve ensaio pesa que nem um chumbo em algo de tranquilo porém estarrecedor estanho no pulso da poesia, pois esta não há de fenecer no tempo, já que diz estar silente e ativa no correr deste, de modo a perdurar em certa angústia por erros recorrentes no panorama de nosso território... Um elba? Um barco? Não há como tecer comparações: um confisca a poupança dos pobres, outro concede os maiores benefícios históricos à população brasileira com a sinceridade que parte de um igual. Sai-se na frente, move-se um peão inquieto como uma formiga em solo aquecido, à busca de trazerem outras às vertigens do deserto, da insalubridade. Como se tentassem excluir todos aqueles que com muita luta e trabalho foram incluídos no seio dos direitos humanos e da cidadania. Talvez seja uma opinião tíbia, mas que seja aquela que conduza ao menos a uma verdadeira socialdemocracia ao solo pátrio brasileiro. No que diste disso estaremos incorrendo em erro, pois quando se combina um Poder Executivo altamente progressista com um Congresso retrógrado e conservador, ao menos que se perceba que quando o resultado centraliza há que se pensar no controle estatal e suas intervenções salutares, pois deixar o mercado ditar todas as regras é no mínimo tentar impor a barbárie no cenário econômico do Brasil e do seu Povo!

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