sexta-feira, 20 de outubro de 2023

MAS QUE, UM ENCONTRO


Por que não, um beijo
Onde a mulher beba de sua cerveja
E o homem não
E, no petisco, não seja
Imposto a regra no amor
Posto seja proibido proibir
Na realidade maior da poesia!

A liberdade de se estar com quem quer que seja
A uma rede de Itapoã, e por que não, que nem todo Vinícius
Tenha que beber, moças, porventura
A que seja apenas uma a questão
E o homem poder amar ver um mar em companhia
Do trigueiro colo de uma mulher que bebe sua caipira...

Não, que não haja esse preconceito, posto o sabor dos lábios
Vai além do salitre que vertemos de nosso próprio sal
E sabemos que, depois de algum torneio, é ótimo para uma atleta
Ver que estar com suas parceiras a cerveja de se comemorar a vitória!

Se passa é que na verdade todo aquele que queira ser quem é
Que o seja, pois senão é como só conversar com alguém por ser cristão
Quando não admitamos sermos além da compreensão de podermos ter amigos
Que sejam muçulmanos, judeus ou católicos, beberrões inclusive, mesmo
Que a outros não seja dado esse espaço que a muitos pode parecer quase lúcido!

Não, pois enquanto a deusa de um homem estiver debruçada na areia de sua morenice
Este pode estar tocando um blues enquanto ela estiver se embriagando em sua vereda
Da liberdade de ser quem é sem que o seu parceiro sequer pense ser melhor por não beber...

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