segunda-feira, 13 de junho de 2022

A TEMPERANÇA DE UM TEMPO COMO EXEMPLO

 

Recorrer-se a uma temperança de como se a nobreza despontasse
Nos reverta as bases de uma lide que se não fosse árdua
Seria de se prorrogar tentativas, qual não fosse, de alma
A alma no pressuposto de sabermos que a vida, que seja,
A uma outra vida que por vezes sequer cogitamos
Na forma como se apresenta, algo de viés escarlate…

Nos escaninhos da realidade se nos apresentamos quais seres
Que não predispõem a própria necessidade de falhar
A um ponto de não aceitar-se o erro que pontua
As versões que não edificam de modo correto o tema
Que por vezes ensaia o pilar mais perene, e no entanto
Edifica o outro singularmente frágil porém com justeza!

Qual não fosse, um parecer atijolado sem o ocre do barro
Quando se possui um redor de ameias no vento alíseo
Que o verter-se do amor reconstrói madeixas
Onde menos esperamos o chacoalhar do tempo…

Nada se nos reserve se não mesclarmos a atitude da vivência
Com medidas seguras de se preservar ordens necessárias
A um andamento quase genérico de que a sociedade, ela mesma,
Mereça o merecimento da aprovação circunscrita à Justiça
Dentro de um procedimento democrático de jus universal.

Seria muito se pedir a anuência de uma força superior
Que detivessem os sentimentos da poesia
Posto essa jamais ser derradeira na expressão
Mas apenas conforme a um flamenco que dá o ritmo!

Não houvera tempo, não houver a flor dentro do solo
Quando, antes de brotar o seu botão escrutine
Ao menos uma possibilidade agora ainda rara, porém concreta
De sermos ao menos felizes na dimensão das dificuldades nuas.

De não tocarmos a presença tépida, de tecermos uma brisa
Ao menos veríamos que não somos de pedra bruta
Mas escadas em diamantes lapidados
Por uma vereda de luz com as jaças de pequenas trevas...


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