domingo, 26 de junho de 2022

PEQUENA CRÔNICA DO IMPOSSÍVEL


           Um ser esteja dentro de um casulo, até que possa ser provável, um encasulamento, ao que não vertamos as possibilidades de uma coisa quase inexplicável, porquanto belo o simbolismo, porquanto fácil a suposição do isolar-se… Quando qualquer atitude sua for objeto de interpretação, de engajamentos casuístas, ou fatores irrelevantes para que ele não se exponha a um caráter de desaprovação, a situação, se não fora cômoda, possui obviamente nuances da comédia, a comédia humana seja ela, a de Balzac, que seja! Posto por um exemplo, a história das tipografias, algo remontado dos estudos de Manutius, mestre em sua arte, revela que as instituições e seus refinamentos contemporâneos de pesquisa, passam pela linearidade onde o côncavo pensamento não possui a convexidade dos contextos. Reunir-se já basta, mas organizar é o problema, talvez solucionado pela frequência em que nos postamos frente a um ordenador, no bom espanhol. Essas questões algo de metafísica, mesclada com a objetificação ou coisificação de cunho behaviorista nos subentenda que as palavras devem possuir suas francas liberdades, assim como uma sílaba ‘ao’ remete ao ponto, a uma questão que, no viés feminino, passa a ser um artigo indefinido ou, no caso, a preposição: a! Quiçá signifique um breve instante onde, para uma modalidade de sociedade, algo irrisoriamente chauvinista, a semântica fale sobre a natureza do feminino, esta mesma que não suponha a famigerada e ridícula exclusão de lados, ou rótulos que são impostos nas cabeças, o que atravessa na mente mais fraca a extensão ideológica do rumor e do ódio, sentimentos que nenhuma instituição deveria supor fossem da natureza, esta sim, sensata porquanto indelével e incorruptível do bem comportar-se. Dentro de uma sociedade verdadeiramente democrática o que existe é o fluxo de alguns e o refluxo de outros, afora contestações irrequietas a respeito das espécies outras, e seus direitos arvorados, pois quem come carne pode confundir cão com porco, e isso pesponta a realidade tal qual é. Uma equação que tome distância do factível revela que há civilizações extremamente cruéis com os animais, desde a caça aos matadouros, e isso claramente inibe a evolução espiritual do planeta. Assim sendo, a crônica não exime o prazer da carne, mas apenas a crueldade sólida e estabelecida para a insaciável e voraz sanha do apetite por ganhos e luxúria.

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