quarta-feira, 29 de junho de 2022

O ENIGMA DA BONDADE

 

Das modalidades materiais, a bondade
Seja a plataforma que requeira de uma coisa
Onde a forma que emana de Maya perfaz
Em explicação a ilusão que se torna
Algo que remonte um consorte onde o mundo
Não seja de pequenos pecados na forma de ser
Quanto de se ser a vida em que a forma de outro
Não nos seja apenas a redenção de um cetro
Que fora de ouro na transformação espiritual
Posta dentro de um contexto que a própria formalidade
Não retrocede dentro de um tempo quase relativo.

E que a modalidade dos modos se transfira
Para eventos mais conformes da visão
Qual seja o que a criação de Deus se nos revele
Ou no indelével sorriso de uma lagarta
Quando pressente que o tronco arbustivo se move
Frente ao movimento algo brusco do lagarto
Na profusão idílica do encontro com o mutável
Em relação à forma do gesto de um réptil!

Quanto de luz seja via dos ensombrecidos do olhar
Quando se jacta em sociedade a monta de outros...

Na verdadeira face de uma sobriedade quase aparente
Em sabermos que nem tudo o que reluz de vida realmente vive…

Aprofundamos na ciência do existir sendo, ou não sendo
No manto – repetindo – de uma ilusão que recorta a veia
Na medida em que o escoar-se do fim de um prazer
Ecoa a veia do reflexo quando a vida mesma se torna linda.

E a dúvida do corpo não se ressinta que seja, o corpo
Que, qual templo com inúmeras e distintas pedras
Constrói o abrigo que vem dos dias em que reside
O espírito por vezes contrito pelas limitações do tempo.

E, dentro do algo desconexo de uma linha ferruginosa do surreal,
Retorna a razão algo pétrea e serena de um pensamento que retorna
A um trilho bem assentado por vezes em dormentes de gelo...


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