segunda-feira, 11 de outubro de 2021

ENCONTRANDO A UNIÃO

 

Façam da vida um sopro de luz
Que emerja da compreensão a cada qual
Onde perfilam seres de todas as naturezas
E onde criamos nossas raízes por todos os flancos!

Estabelecer uma verve da mesma luz
Não evanesce sentimentos maiores
Do que a montanha que vemos além-mar
Ou do que o pássaro que se aninha em uma rocha.

Perfeita é a consonância dos destinos
A cada qual, benfazeja, totalmente construída
Com os alicerces pousados sobre uma rocha serena
Em que a latitude de nosso espírito galga mais uma vivenda.

Unir-se a um bem comum é como esquadrinhar as flores
Em um buquê de outra concepção, de outros conceitos,
Na proximidade e releitura do antigo, na ação presente
E na luta em nos aproximarmos do futuro na consciência cristalina…

Não vertemos as esperanças para aqueles que não conhecem
O tempo de cada qual, não dando muito ouvidos
A que nos contassem que, em cada processo da vida,
Ressonamos um bom sono, aliviados que estamos do erro.

Os que se ajudam são como castelos transparentes
Onde o belo se traduz sinceridade, e onde os seres
Recolhem, tal como o joão de barro, o material
Para erguer a edificação existencial de cada qual.

Por isso, não rompemos a união em torno do bem
Já que, em meio de tantas decepções em cada ser
Assim, no foco de um si mesmo algo de ruínas
Constrói-se a amurada que impede a tempestade e seu alcance.

É nessa condição maravilhosa de nossos procederes
Que reside uma morada onde todos possam viver
No platô de querências outras que não sejam
Uma possibilidade única, posto não somos compulsórios.

E, da união entre os homens e mulheres na sociedade,
Reside a poesia na retaguarda de nossa melhor atitude:
Respirar versos e semânticas sagradas dentro de um lócus
Quando na verdade jamais seria possível se não fosse assim!


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