sexta-feira, 29 de outubro de 2021

AS DESCOBERTAS DA CIÊNCIA

 

            Duas coisas não ocupam o mesmo lugar no espaço, isso é um fato científico mas, de acordo com os átomos, dentro de seu núcleo e fora dele compõem-se a natureza da matéria. Uma cadeira, por exemplo, possui a constituição desse elemento no incalculável número de sua infinita pequenez. Quando falamos emitimos o som, e os átomos silenciam a sua ciência em suas partículas infinitesimais, em cada lufada de nossas palavras emitidas e quiçá em uma letra digital também estejam presentes, pois aqueles também compõem a luz emitida ou a escuridão que não se reflete em nada, a não ser da presença gigantescamente absurda de suas energias materiais. Essa dimensão do saber remonta que o que nossa percepção recebe do mundo exterior é extremamente relativa e limitada. No entanto, o pensamento matemático traduz a verdade científica com uma propriedade em ampliar a nossa consciência da realidade, com símbolos, como em uma escrita por códigos, no que a escrita amplia prodigiosamente o pensamento humano, seja na literatura como na filosofia e poesia. Esta à parte pois não está vinculada necessariamente a um pensamento lógico ou estrutura gramatical ortodoxa, podendo ser construída mais alternativamente, não obstante a prosa moderna igualmente. Toda a expressão vem aliada com técnica, e todo o conhecimento vem da percepção, por vezes imediata e em outras com tempos maiores de se tomar a mensagem, de se perceber igualmente o meio, ou seja, existe a ciência na arte, na literatura, na escultura, porquanto a tecnologia também encaminhar à humanidade outros acertos mas, igualmente, outros erros.
           A ciência nunca cessa, desde o fogo e a roda serem descobertos, desde tempos imemoriais, desde o alvor da modernidade, desde os primeiros filósofos, as notas musicais e sua escrita, o nosso braile, tudo que remonte passado e futuro, presente e atualidade com esse perfil do que é sempre a contemporaneidade dos tempos de cada agente da história. Somos atores de um teatro maravilhoso, e muito do que nos espelhamos cientificamente vem da inspiração que buscamos na Natureza, essa mãe que está sempre presente e que, no entanto, a vilipendiamos em favor da exploração de seus veios vitais… Há um espaço ainda para a esperança, contrariando o negativismo inerente de nossa espécie, ainda engatinhando no ciclo evolutivo, já que a mola que move o mundo ainda é a ganância e as diversas formas de exploração, não apenas em relação à Natureza como do homem pelo homem. Essa esperança em meio ao caos aparente ou real nos revela haver no planeta já um sentimento de que algumas nações encabecem melhoras nas atitudes com relação ao meio ambiente em escalas poderosas e influentes. Talvez a consciência individual ponteie como fator decisivo na atitude mais consonante com o macro universo das circunstâncias e complexidades da aldeia global em que nos tornamos. Com o surgimento de novos meios de difusão de informações e revoluções crescentes na comunicabilidade e alcance midiático da tecnologia atual, por vezes pequenas atitudes sofrem mega exposições, multiplicando-se, favoravelmente na verdade ou, infelizmente, na mentira. A vulnerabilidade em aceitar qualquer notícia se dá porventura com perfis falsos e cometimento de verdadeiras engenharias perceptivas que inundam e invadem cada display na contra ordem de uma informação confiável. Crimes multiplicam-se e descobrem que a ciência abre cortinas de fumaça àqueles que não carecem de honestidade nas suas atuações em sociedade. Necessitamos de barreiras sólidas como firewalls e outros artifícios para evitar invasões de nossa privacidade e um bom conhecimento antecipado e preventivo para não cairmos nos golpes cibernéticos. Citante esse fato sobremaneira, posto seja na informática a sede em que a ciência deposita suas mais valorosas conquistas, na ordem sistêmica em que nos encontramos na presente realidade em nossas vidas. Como se, na verdade, já não possamos existir sem referenciar-nos nas máquinas. Parece que temos que meditar na floresta ou no campo para esquecer o duro dilema que nos leva a uma sólida e frequente lógica em nosso dia a dia, com o tempo habitual quase cronometrado e níveis de stress contínuos e inevitáveis, como se tivéssemos que “reciclar” periodicamente as nossas mentes. Ou, o que é mais grave, fugir para uma garrafa depois de um dia produtivamente sintético.
            Muita gente soçobra dentro da superfície quase pronta de soluções aparentemente perfeitas… Enquanto alguns abrem pequenos negócios, quando estes prosperam o capital adversário geralmente coopta a ideia boa para engolir a iniciativa com propostas que não se recusam ou, na melhor das hipóteses, fomenta um crescimento oferecendo melhores pontos e ganhos pelo ofício de quem é criador da empresa, ou patenteador de um invento. Quem possuir um montante reservado para investir certamente procurará no mercado alguém que esteja de vento em popa, com demandas de crescimento com os reveses da ausência de recursos financeiros. Mesmo assim, há capitais e capitais, e outros maiores crescem nas demandas de maior vulto, como empreendimentos imobiliários e afins. Dessas ciências econômicas há que se remontar o quebra-cabeça da vida que resolve para aqueles que possuem negócios próprios e aqueles que emprestam sua força de trabalho por vezes para sobreviver, apenas. Quando há, no entanto, um cenário de pleno emprego, já será uma estaca de onde se parte, para uma outra que seja da valorização crescente do ganho do trabalhador e uma abertura promissora do consumo interno, nacional.
            A portabilidade de um telefone inteligente – smartphone – melhora a comunicação e encurta fronteiras a quem saiba usar com pertinência e habilidade o aparelho, posto o seu funcionamento correto estabelece novos padrões de comunicabilidade, incluso através da agilidade que confere a alguns serviços e a alocação de meios de vida antes ignorados. Uma boa rede faz com que se crie uma demanda não apenas de afeto, mas de possibilidades de negócio, de trabalho e de crescimento existencial. Observe-se: quando se utiliza de bom modo. Há que se democratizar o acesso a essas pequenas máquinas para que a própria ciência encontre seara mais fértil para mais usuários desses sistemas que vão do simples ao complexo.
           Com o advento da pandemia do novo corona vírus, os meios digitais alcançaram altas plataformas de eficiência, tornando possível transitar pela rede, estabelecer novos contatos, aprender bastante e ensinar bastante. As vias remotas começam agora a se fundear em águas turbulentas por vezes, mas vieram para ficar. A profética arguição de Alvin Toffler em sua obra “A Terceira Onda” editada no início da década de oitenta, já citava as cabanas eletrônicas, onde as pessoas trabalhariam, comprariam sua comida, no lócus de suas próprias casas. De certo modo, muitos estão nas ruas, nos lugares públicos, nos parques, etc, comunicando-se com outras pessoas, com outros países, através de um celular, o que vai além mesmo da predição de Toffler. A ciência torna tudo mais fácil nesse sentido e, como se não fora, há o viés da criminalidade que pega carona com a tecnologia e chega a píncaros como hackers que invadem os espaços dos governos no planeta. A espionagem se torna lugar comum, e os próprios aparelhos por vezes são usados com tecnologias ocultas, onde nem sempre sabemos se nos estamos corretamente blindando, ou se somos uma porta para invasores cibernéticos. Por tudo isso, a ciência – com bons e expertos cientistas – devem envidar forças para não permitir que ataques cibernéticos venham a ocorrer em quaisquer países do mundo e especialmente naqueles que não recebem os insumos necessários a que se invista nesses processos de atuação e desenvolvimento de defesas nacionais perante interesses escusos e sinistros, principalmente quando estes se forjam de fora, por outros países.


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