Quantos de nós supomos estarmos de acordo com
nossas certezas a respeito de nosso portar em sociedade, nas crenças,
em certas modalidades de fé – que são inúmeras – ou na forma
de agir com os outros, seja na realidade ou mesmo na ilusão. Por
vezes ser um homem ou uma mulher quiçá significasse um pouco mais
do que a inversão dos valores possa ser uma modalidade em que o ser
passa a não ter tanto significado em sua concretude… O próprio
temor do futuro é algo clássico em nosso material midiático que
recebemos, os atos dos governantes, boas e más iniciativas, outras
tão brutas que fogem do escopo da compreensão racional e do bom
senso. Passamos a lutar internamente com os nossos espectros, e o
monstro parece que emergirá um dia do remanso, do lago que é a
nossa própria história. Tantas já foram nossas conquistas no plano
material que espiritualmente acabamos faltando: no anímico, no
sentimento maior e na vertente de nossas caminhadas pelo mundo.
Com
a nova tecnologia já interligamos nas redes a nossa fala, a nossa
retórica, com um tipo de democracia e liberdade sui generis, mas
também com o viés da farsa e um recrudescimento de não termos a
base do conhecimento necessário para que não engulamos tudo o que
vem a postarem como sendo algo crível, digno de depositarem a crença
de cada qual, multiplicadas de uma forma sem controle, abrindo ao
pressentimento de que os prejuízos da contrainformação invada
alvos com ingenuidade e aberturas, conscientes ou não, para a
famélica onda de tentarem o Poder. Essa busca incessante por vias
escusas apenas traduz o que se espera de algo que remonta a farsa não
historicamente repetida, mas com referenciais sinistros. Uma tradução
de que muitos sequer sabem desse embolado meio de campo, onde se
preparam certos modais obtusos. Que se almeje plantar no país o
arejamento necessário para a emancipação de nosso povo, através
de suas escolhas e do bom senso, da paz e do progresso.
Desde
datas de antanho houve um retorno a boas questões no que se refira
ao andamento das nações como um todo, mas especialmente naquelas
onde as populações seguem exaustivamente cumprindo suas labutas
diárias, especialmente naquela onde a distribuição da riqueza é
profundamente injusta, nesta está a vulnerabilidade de coisas como a Democracia,
e uma tomada de consciência mais complexa, porquanto não se investe
na educação como se deve, em qualquer nação do planeta. Mesmo
porque a insalubridade da vida dessas populações sequer é
combatida pelos órgãos competentes, a não ser que se inicie um
olhar mais atento a essas equações aparentemente insolúveis.
O ser que nada faz
para melhorar e possui poder para tanto nulifica a sua existência e
se cerca da ilusão de que é um bom gestor, para se usar um termo
tanto na moda na tecnocracia. Que seja, a mãe gesta um filho, e que
se use o mesmo verbo para que administrativamente se possa equacionar
os problemas crônicos do povo brasileiro. A visão real de um
executivo de alguma empresa deve ser usada para democratizar o
conhecimento a partir do que sirva para que a indústria brasileira
capacite cada vez mais seus operários. Não há quebra de conduta
pensar desse modo, pois é por aqui que temos nossa situação, e não
engordando os cofres dos estrangeiros por uma deformação do
caráter.
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