Encontrar-se com algo de afeto seria
melhor a pedida
Do que fazermos de um acontecimento algo
feito
Como a se julgar pela encomenda, qual
não fora
O que jamais nos reveste daquilo que
entendemos, engano.
Não há jurisprudência cavalar como dose
de vacina
A que se torna a um gado que evanesce de
perfume
Quando de nós nos perguntamos o
suficiente de tal
A que nos propomos que não somos o tal
suficiente...
Encontramos com um feito, um acontecer
solene
De parecença misteriosa, posto nem
sequer sabemos
De que é a ausente matéria em questão
que nos dista
A que percebemos apenas o seu vestígio e
prova alguma.
No vestígio de uma questão como que
patibular
Qual emenda que nos encerre um soneto
esquecido
Quanto de não merecermos tanto a ser de
nós tolhido
Um progresso que se avizinha sempre por
abaixo da linha.
Do progresso de um fruto que se ressente
de ser colhido
Afora de sua própria estação, no que
saibamos de muito
O que não nos façam esquecer do que já
está no olvido
De todo um leque de fogos fátuos e
propostas afins!
A vida que temos à frente de uma
calmaria pungente
É o mar que não se ressente de saber que
a poesia do vate
Recrudesce no vil, quanto não de se ressentir
de mais
Ao que cresce o bem, quando o mal se
ondeia demais...
Não saberemos nem quando falar na
girante plataforma
Em que colocamos os pés sobre folhas de
cetim em chamas
E não nos queimamos já que o vento tece
a cenografia
De mais um ato em que o jogo de luzes
simula o fogo!
A virar-se uma centopeia de apenas um pé
fincado no estribo
Enquanto que é um cavalo dado a que não
se olha nada
Mal sabendo-se tratarmos de sermos
homens quando sabe
Aquele que encontra por fim os restantes
pés do inseto.
E o moto perpétuo gira com uma manivela
de madeiro
Sensível e bela em seu formato de espada
de barqueiro
Quando sabemos de nosso século mais
esquecido a outros
Que não pretendemos citar quanto de uma
fêmea à janela...
Vai-se um tempo largo, é impossível a
poesia fenecer
Quando pensemos que a camaradagem traz
em seu dorso
Uma flanela de limpar carros e uma moeda
embrulhada no topo
De uma promessa ímpar em que
redescobrimos finalmente o jogo.
À vista de uma coroa de louros dantesca,
que nos valem poetas
Que foram tantos e que por sinal a moda
quiçá acabe pegando
Pelas entranhas não permitidas da
loucura controlada e sana
Neste mesmo jogo em que a anti arte
aposta todas as cartas!
Seguir encontrando feitos pelas vitrines
lotadas da vida
É como sabermos que de tanta vida se nos
nubla o tempo e razão
Quanto de uma dimensão sonante em que a
moeda da flanela
Veste a roupa qual único botão que a
deixa fixa em nosso corpo.
Assim valemos tanto quanto não pesamos o
nosso viés na balança
Em corpos que somos reais e trafegamos
sempre em torno de nós
Que não são os do mar nem os da corda,
posto sejamos outros
Que a menos que nos provem o contrário
somos sempre os mesmos.
A mesma coisa em que nos encontramos com
um outro realizar
É algo que na surdina de nossa
eternidade se encontra com o vento
Que sopra no velame desconstruído de
impulsos eletrônicos
Sem que a grande parte dos viventes se
deem ao menos conta do fato.
Daremos contas exatas de um recado,
quando soubermos a veia
Que se traduz nas entranhas do que nos é
oferecido enquanto chip
Que aliás é uma mui curta palavra que
nos diz quase nada do ser
Quanto a ser algo maior do que tudo o
que sequer uma geração imagina.
Posto o encontro já desencontrado, que a
mulher passou ao poeta
Apenas um olhar em que aquele tece como
um resto de pão
Extremamente irônico quanto de um amor
maravilhoso e claro
Na noite escura da sensaboria e da
desilusão.
Mas que não se vaticine a poesia dessa
forma, que esperamos tanto
Na prosa que não se encaixa, visto a
forma da técnica ser uma
Quanto o amor ainda possível ao olhar
lindo de uma mulher
Sem sabermos se o olhar é de uma linda
ou de uma enjeitada...
Posto que a beleza vem do caráter, e não
adianta sermos desiguais
Na riqueza e na pobreza, já que os
casamentos são ricos e pobres
Mas tem na sua riqueza a postura do
companheirismo que, ainda,
Se possa ver no semblante quase desigual
do casal que se ama.
E se houver alguma espécie de Bastilha a
sorver nosso contentamento,
Que seja de uma grade azul como o tempo,
em que esperamos fortes
A pena abrandar como algo em que se
situa por vezes a existência
E sabermos valorizar com extremo cuidado
o exemplo da liberdade...
Essa é uma questão em que recorremos ao
céu a ver que a Estrela
Não subjuga a Lua, e desta pode se
tornar amiga sincera
Quando toma a ciência de que o Céu é
companheiro experto
E abriga de monta a profundidade única
de todo o Universo!
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