quarta-feira, 26 de abril de 2017

A VIDA EM UM ÁTOMO

Pudéramos saber mais do infinito da miudeza do mundo,
Talvez nas suas relações a que chamamos de partes isoladas
Mas que na verdade convergem em uma vibração única e ímpar...

Um certo de motor que nos redime ao conhecermos, que é vento
Nas ruas, de um vento metáfora que o seja mais do que apenas
O suor de um vulto caminhando pelo asfalto com suas dúvidas...

Queiram mais, companheiros, queiram muito, que muito não é
O pouco que por vezes nos tiram ao querer, mas o que é tudo
É sabermos que nos ensaios da poesia somos tanto de não dizer!

Nada que remonte certos psicográficos ensaios, pois a carne
Nos ensina que somos sólidos posto quando não queremos sofrer
Das causas em que façam do erro seu maior trunfo em não nos dar.

O mundo é libertação, é deste mundo que ainda pomos a sonhar
Na vida em que temos esta ainda sempre, e que nos faz caminhar
Sobre pedras úmidas do orvalho sereno sobre a dureza de lágrima.

Somos igualmente nossos sentimentos, e não podemos ser mais
Do que na totalidade pudéramos ser melhores enquanto o trabalho
De um versa na sua vida o que temos de sagrado de suas mãos!

Posto um trabalho ser sagrado, essa é a intenção do mundo,
E o que seja espiritual somos sempre na vereda de uma luz
Que não entontece por fraquejar, e nos seduz na Verdade!

E a arte desponta em nossos versos de um domínio aberto e público
Na semântica em se dizer com letras as letras que queremos ler
Quando pensam que estamos todos apascentados em um grande pasto!

Rezemos por tempos melhores, a reza que vem da reza que prega
Uma atitude solidária nas raízes, pois só regaremos no fundo delas
Se as camadas da cúpula estiverem entendendo para que vivemos.

E se não compreendem as camadas lá do regimental poder de vetos
E escrachos, não saberemos se eles não capitulam por acharem vil
A mera voz do povo, que todos sabem aqui e ali que é a voz de Deus!

Este tem a razão em seus átomos, posto a vida que temos é nossa,
Não é motivo de ceifa em arado mal resolvido, já que a terra é revolta
Nos seus cunhos, e isso nos deixa preocupados com uma liderança de barro.

O líder é o átomo, o líder é a formiga, pois enquanto não soubermos
O respeito que um povo indígena tece por seus seres
Não saberemos nos portar perante o Deus da vida!

Torna-se vital o retorno a algumas origens, o talhe antropológico
Para que compreendamos a relação dos homens consigo mesmos,
E sabemos da compreensão de um lado, ao inseto, do outro ao átomo.

Que saibamos de uma grande figueira que torna-se sempre o patrimônio
E quando pensam que o idealismos louco é bobagem, é porque não sabem
Que podemos ser lúcidos o suficiente para argumentar até mesmo assim...

Há espaço ainda suficiente a todos, e sempre haverá, mas a questão vital
É sabermos que apenas dentro de uma democracia participativa teremos tal
Quanto saibamos que a justiça exata que faz um átomo existir é espelho...

O espaço temos que recriá-lo, abrir fronteiras, seguir os passos do mundo,
Resgatar os povos indígenas de sua opressão de não terem as terras,
Não permitir jamais que outros se apossem da Amazônia mais e mais legal.

Se tivermos a coragem de despontar o que chamam de novo mundo
Em uma crítica ao sistema da robótica que fecha frentes nos oligopólios
Em que a aproximação tecnológica nos permita o know how, seremos.

Se não nos permitirmos estudar ciência e preservar as raízes históricas
Que muitos fazem por perecer em nossas origens e existências
Não saberemos mais lidar com as estruturas de nossa identidade nacional.

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