sexta-feira, 28 de abril de 2017

A VIRTUDE DE UM POETA PODE SER PEQUENA FRENTE AO OLHAR DA IGNOMÍNIA, MAS SERÁ SEMPRE MAIOR AOS OLHARES DA ESPERANÇA E DA COERÊNCIA DA HISTÓRIA.

A QUESTÃO QUE NOS DEMANDE SEJA A PROSPECÇÃO NÃO APENAS INTELECTUAL DE NÓS E NOSSO ENTORNO, MAS JUSTAMENTE NOSSA POSIÇÃO EXISTENCIAL FRENTE A UMA LUTA ETERNA PELA LIBERTAÇÃO DA HUMANIDADE NO MUNDO!

NÃO PENSEM QUE PUXAR FERROS VAI DEIXÁ-LOS COM MUSCULATURAS MAIS ALINHADAS, POIS FRENTE À VOSSA PRÓPRIA IGNORÂNCIA SABEIS QUE TENDES CADA VEZ MENOS FORÇA.

NÃO HÁ O QUE TEMER, POIS A MESMA VERDADE PÕE A LIMPO A QUESTÃO DO ENCASTELAMENTO JÁ ANACRÔNICO DA VIVÊNCIA COTIDIANA DOS ALGOZES E DA TIRANIA.

A VERDADE É PRESENÇA CONSTANTE EM UM MODAL QUE POR VEZES AINDA NÃO CONHECEMOS, MAS EM VIRTUDE DE UM PROCESSO HISTÓRICO QUASE INDECIFRÁVEL, SE APRESENTA LITERALMENTE NAS PEDRAS QUE DEIXAMOS A VER HORIZONTES...

NÃO TENHAMOS O PENSAMENTO DO REGRESSO EM PENSAR QUE POR SERMOS ACADEMICAMENTE INTELIGENTES TEMOS QUE RECORRER ÀS ACADEMIAS DO EXTERIOR, POIS ESTAS SÃO TREINADAS EM NOS DIVIDIR ENQUANTO NAÇÃO DE HOMENS QUE ALMEJAM O PROGRESSO.

HOJE TEMOS UMA REFERÊNCIA DE QUE NÃO ESTAREMOS DORMINDO, POIS O POVO JÁ COMEÇA A VER E SENTIR A SUA PRÓPRIA RAZÃO, A SUA PRÓPRIA COLMEIA!

POESIA ESPIRAL - Homenagem à Castro Alves

Arabescos de arcos compartidos que nos redesenhem portas
Por onde entramos dentro de espaços livres e redescobertos
A cada diálogo da matéria, a cada pressuposto tecido
Pela conveniência histórica de ser quem somos em um mundo
Que em realidade nos posta a vida como se a vida fosse isso e tal...

Volutas jônicas, pensamentos orientais, orégano e pimenta,
A servir – quem sabe – a alguma sociedade que acrescenta
Em que nos atordoamos imaginando algo que não se imagina
Posto esse verbo a conjugar abala a própria conjuração!

De nos imantarmos que nos seja dado o resguardo atávico
De todos os processos civilizatórios, a que não temos a certeza
Nem a propriedade intelectiva de afirmar qual seja ou não
Aquele adequado a uma questão histórica, posto imensa
A mesma questão de que cada pátria exerce pelo seu povo!

Castro Alves nos ensina em sua poética a espiral dantesca
Em seu Navio Negreiro a que chegou a dimensão do holocausto
Quanto de sabermos que o nosso país, sendo negro, não possui
A dimensão catastrófica do que fazem em solo africano.

Citar poesias únicas seria quase imantarmos da mesma poética
A necessidade que temos de praticar da arte a arte da liberdade
Posto sabermos que todo o grilhão da injustiça possui a voz
De uma confortável opinião daqueles que impetram o desrespeito.

É dessa a questão tão digna de assemelharmo-nos em responder,
Qual tanto não seja o que diríamos aos outros que não nos acolhem
Na sua empáfia misteriosa de não saberem sequer da própria história,
Qual não diria do que temos por dentro de entranhas do descontentar.

Resta que saibamos que os mesmos grilhões que muitos já querem
Ser impostos às classes mais rigorosamente empobrecidas
Sequer sabem que do ferro em que pretensamente aqueles forjam
No ferro vendem o ouro ao qual surpreendem ao pecar demais.

Por isso que nos juntemos todos à hora da refeição noturna
A lembrarmo-nos de um dia grandioso de luta alvissareira
E daqueles que participaram do dia de hoje, abraçando a justa
Saibamos que é dessa luta que participam homens e mulheres
Que são realmente homens e mulheres, e baste: por mais seremos!

quarta-feira, 26 de abril de 2017

PADRÕES DE ESTIGMA

            Não importa quem sejamos, talvez isso realmente não importe, mas importa quando somos enfermos mentais... Se tomamos a medicação como um remédio que nos salve de surtos ou crises graves, ou mesmo para nos mantermos estáveis, estamos sempre com um pé recuado – na defensiva – prontos a recebermos preconceitos de toda a ordem. Tudo bem que não sejamos aceitos como pessoas normais, mas filtrarem criteriosamente o que fazemos de nossas vidas, como nos comportamos, o que escrevemos, ou mesmo quem somos, parte da premissa – sob a égide do preconceito – que estamos errando em algum ponto, talvez do próprio existir no ser coletivo. Nada disso é diferente quando dependa de algum sistema ou ordem política, nem de motivos outros que não seja o simples e atávico estigma histórico que faz de pessoas que alcancem alguma fama, seja qual for, quando boa, contrapõe-se a doença para que nos aviltem, e quando má, para que se reitere o mesmo ato nefasto. O trabalho ou a recuperação que um enfermo dessa ordem tem a superar é em poucas palavras uma tarefa titânica, a longo prazo... Não há amparos legais para quem sofre de preconceito por possuir doença mental, mas justamente aquilo que se refira à sua quebra enquanto cidadão, por vezes necessária, mas nem sempre compulsória, o que vem a significar semanticamente quase o mesmo.
            Não há qualquer partido político, agremiação, religião ou nada que se assemelhe com a quebra desse padrão ou que favoreça o diálogo mais amplo na questão da enfermidade psíquica, qual não seja um amparo casuístico, reformador, ou paternalista a respeito das condições do indivíduo e sua relação com o entorno, que sempre é pontuada para ser entre o mesmo grupo, em que a socialização com os demais seres sociais ditos normais não parece vir de ocorrer nas sociedades ditas com os padrões civilizatórios atuais.
Quando se volta a atenção ao problema nota-se sempre a situação paradoxal onde nos encontramos face a face com a barbárie criada em torno de nossos próprios selfies, quando estes se espelham em um condicionamento gerado por ortodoxias baseadas em ignorâncias monolíticas dos fatores que são a razão da convivência harmônica em sociedade, onde certos mundos “fictícios” são criados pelo modo em que muitos apelam para a força bruta para lidar com assuntos tão amplos quanto a convivência que se deve desejar, humana e solidária, independente de emblemáticas questões que envolvem algo tão delicado como o sofrimento psíquico.

CARECEMOS DA IGUALDADE

            Começarmos a escrever por algo que tenha a ver com o magnetismo pode ser algo de campos elétricos, das personalidades que se atraem, dos polos da Terra, ou mesmo da imantada razão que nos leva a escrever, principalmente se sabemos que verte a luz de algum lugar, pela outra razão que por vezes desconhecemos, e que começa na dúvida. Os trabalhos que se refiram a algo concreto como uma linha de montagem, por exemplo, veem na manufatura algo de um futuro de robôs, como são muitas as máquinas que aram para grandes colheitas, e os pesticidas revestem os alimentos, e os robôs não precisam comer... Uma apropriação talvez indevida, pois o capital para comprar esses insumos hão de ser muito altos, e resta saber se podemos continuar a fazer de outros países proprietários do solo pátrio brasileiro nas questões cruciais e estratégias de como a produção pode afetar cada vez mais o andamento dos braços laborais no sistema em que vivemos, onde a lei de mercado é por si o código que afasta a igualdade que deve ser latente e fundamental entre os povos. O que imanta não apenas de solidariedade – esta palavra que contraria a competição inglória – os trabalhadores, como evita que os mesmos atuem no cenário social ocultando seus conhecimentos para que outros não ascendam socialmente nos cargos e carreiras conveniados com as empresas.
Conforme alguns anos atrás, mais propriamente no Governo LULA, vimos a infraestrutura do país crescer muito através da construção civil. A inserção social no mercado de trabalho era grande, havia ritmo de trabalho, pujança econômica e investimentos nas empresas nacionais. O povo que dignificava a si mesmo era dignificado por suas lideranças, esse mesmo povo que agora volta a apoiar seu líder maior, como a única plataforma em que possamos sair da crise institucional e econômica nas eleições de 2018. Não contava antes da administração petista com tantas escolas de formação continuada, com vistas a preparar tecnicamente os profissionais de uma série de ofícios, dando continuidade a um crescimento de igualdade de oportunidades por aqueles que nunca tiveram acesso a objetos como uma boa TV ou uma máquina de lavar roupas, por exemplo. Entre outras conquistas indescritivelmente amigáveis a um processo de socialização não apenas do trabalho, mas de camaradagem muito mais acentuada na igualdade cidadã entre as gentes. Sem sombra de dúvidas isso é um fato: O fato.
Continuamente, grupos escusos como agências de inteligência internacionais, estruturas corporativas de redes sociais, grupos entreguistas e o apoio intransigente da mídia local apenas “coisificaram” suas táticas de ação, e vieram a derrubar o Governo da Presidenta Dilma Rousseff com certa facilidade, mostrando ao mundo sua própria e agora já estagnada estrutura estratégica dentro de um modal que podemos agora dissecar com mais calma, para não incorrermos nos erros que devemos evitar de cometer. Mas na verdade, os conservadores e as elites do país mostraram seu discurso, sua atuação, onde estavam seus pontos, com quais agências de inteligência estrangeira mantiveram o controle sobre nossos “representantes” e como ainda pretendem agir para manietar cada vez mais nossa nação com suas garras de aço fascistas. Temos que investigar agora com muito mais tranquilidade as veias desse processo e suas salivas gastas em fracas e obsoletas argumentações, se quisermos saber em síntese os meios em que podemos agir e representar o país como defensores patriotas daquele mantendo, sem nos desorganizarmos, a prática agora necessária. TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI! Levar certa palavra de ordem é justamente lutar para legalizar a justiça, no intento de reformarmos a política dentro de uma ordem institucional juridicamente confiável, acreditando em que o voto de bom comportamento nas intervenções necessárias ao bom andamento da democracia parta do Sistema Judiciário, pois é a partir deste, e do encastelamento da República de Curitiba que talvez haja a pretensão de dar golpes e mais golpes, onde um país da dimensão continental como o nosso passa a ter que alardear a todas as instituições de nomeada jurídica do mundo o que pode se passar com uma crise sem precedentes das democracias mais frágeis, levando-nos a desfechos não dos mais aceitáveis para o andamento do progresso efetivo de nossas nações, estados e cidades.
A separação entre rótulos que criamos em tempos anteriores de teor ideológico passa a ter a profundidade de um diálogo majorado – em substituição – ao que chamávamos antes o que veio ou vinha de cartilhas enferrujadas pela nova acepção que a indústria da informação e do entretenimento “cultural” possuem, além de porventura estarem profundamente entrelaçadas no que chamaremos de espaço tecnológico, ou “tecnocracia” de vanguarda. Resta sabermos que muito dessa indústria é a aparelhagem pela aparelhagem, e a ilusão campeia nos olhos daqueles que resguardaram seus “novos mundos”, trocando a sua própria e monolítica ignorância pela pequena e efêmera vitória. Em que, depois de vermos com uma lente de aumento o Hólos, a totalidade, saberemos de uma razão tão irrisória e cartesiana como a linearidade de suas frases curtas. Ou dos registros de imagens, ou as brincadeiras de “pesquisar”.
Ao darmos mais atenção às inteligentes propostas que temos no país, poderemos acompanhar que dele – ou que a partir desse fato – podemos crescer de dentro para fora, de modo mais orgânico e não de modo fragmentário, pegando receitinhas aqui e acolá, de britânicos, franceses ou americanos, pois a ideia de que apenas cresceremos enquanto profissionais depois de nossas incursões aos países mais ricos, é justamente a deslealdade da extrema competição de uma sociedade de mercado que assume que apenas os mais ricos possuem conhecimento real ou experiência, ou que um juiz pode mandar em um processo ilegal de tomada de poder. Esse status quo nos faz espelharmo-nos em que não possuímos inteligência interna, ignorando o fato de que na era LULA-Dilma, o Brasil ombreava de igual para igual com todas as maiores potências do planeta: não queiram dizer o contrário, pois os registros da diplomacia mundial reiteram cada vez mais a verdade, e o importante é sabermos que sendo nacionalistas temos que convir com isso que a vontade popular se faça, a partir da democracia e poder do voto, apenas essa é a questão da justiça e igualdade que deve reger uma nação soberana. De fato!

MATERIALISMO E ILUSÃO

            A matéria nos é dada, porém em termos... Por um exemplo sólido seria vermos em um livro algo que equacione, ao menos que tentemos ver esse estranho objeto para muitos algo que se aproxime da produção mais artesanal, em que as editoras ainda não se aproximaram da tecnologia concludente das mídias digitais. Talvez não cheguemos a tanto, mas alguns tornam endêmica a verdadeira mania de contrapor-se a meios antigos com o surgimento caleidoscópico da mídia nova, da face nova, de uma necessidade não propriamente vital de estarmos conectados todo o tempo. O conhecimento é de uma pausa importante quanto de estabelecermos nossos critérios pessoais a uma crítica que vem a galope no modelo atual econômico que alicerça por vezes falsos insights com o saber especulativo, caótico, informacional. Uma espécie de vazão cíclica e retro alimentadora, como um coito quase ininterrupto e frequente, um orgasmo de estímulos e respostas a que muitos se submetem, e que no entanto não constroem o timing para a compreensão de um único parágrafo. Esse amálgama líquido e efêmero cria uma sólida matéria que constrói níveis de incompreensão estimulando a ignorância, dando-se maior abertura a que se forme um tipo de estrutura hierárquica onde há os esclarecidos e os que vivem na sombra: obviamente na visão das cavernas em que a ignorância assume esse viés contemporâneo de burguesia que emerge dos games e outros pressupostos na atual e real hierarquia da informática, onde quem realmente ganha são os que fabricam os displays e inventam com suas robustas equipes os softwares de sistema que muitos são por vezes obrigados a adotar, nesse gigantismo tecnológico... Vivemos um futurismo que remonta a Marinetti e outros fascistas da história antes moderna e agora contemporânea. Pois nem tudo o que “pesquisamos” no computador tem mais validade do que a antiga biblioteca onde muitos de nossos antigos e bem traduzidos livros não estão mais disponíveis no sistema informacional, que mantém altos níveis de filtros, como no exemplo de mediações da wikipedia. Não que seja fundamentalmente uma crítica que não mereça qualquer crédito, mas justamente algo que nos faça refletir que a inteligência de uma sociedade qualquer não se pode medir com movimentos autômatos, mas justamente com as habilidades desenvolvidas pelas mãos em consonância com o comando cerebral e espiritual – anímico. Pois a digitação nos transforma em pequenas garras, porquanto um jogo de cartas não deva pertencer apenas aos mais idosos, e que os escutemos quando falam, pois apreenderemos de nossa própria raiz cultural.
            Não propriamente falemos de virtudes, mas do que é ou não. Um homem virtuoso pode dialogar com um suposto não virtuoso, e o diálogo pode pontuar-se como uma anti resultante de algo esperado, posto quando esperamos o resultado do que vimos em um filme ou novela... Pode ser algo totalmente diverso enquanto compreensão do que vemos, ou justamente a noção clara e muito importante de que perdemos muitas vezes certas palavras na projeção de nossas estimativas, nossos preceitos, nossos preconceitos. O diálogo passa a ser uma ação. Não importa tanto a imagem do que vemos, pois está na hora de passarmos a limpo o fato de que uma imagem digital não obedece os mesmos critérios da espacial. Não há triunfo fora da dialética espacial, da mesma, temporal, da perceptiva, da alternativa, do trabalho artesanal na construção de novos processos produtivos: a reeducação dos meios pessoais e seus recursos humanos. Pode parecer loucura, mas se quisermos apreender os meios da computação devemos sempre começar com o hardware, a não ser que a experiência mostre resultados concretos e mais abrangentes no uso correto e limpo enquanto nada ilusório da tecnologia informacional. Propriamente não no sentido das informações, mas do escopo produtivo e da democratização do ensino sobre os computadores nos setores sociais mais carentes, o que viria a dar uma alavancada sem precedentes nos rumos de países que necessitam cada vez mais desse pressuposto. Fala-se em melhorar o nível de vida de uma população, e que não seja discreto, que seja alto, grande, na idas e vindas, grandes idas, grandes vindas. Não pensarmos que não temos nada a ensinar e que guardamos as informações que não queremos compartir, acharmos que possuímos o know how, o conhecimento, o saber como... Esse saber como é o que é. Estabelecermos escolas genuínas é buscar melhores dias e, diga-se, a escola e concretamente o saber como tudo que podemos em um país. Escolas nas cidades e no campo. Quiçá escolas com economia solidária, cooperativadas, com práticas de artesanato, de cultivo orgânico, em que a produção gere o caminho de apropriação popular dos processos produtivos de uma sociedade, seja quando montamos um brinquedo de madeira, ou pintamos com lápis de cor. Ou como quando sentimos que poderíamos montar ambulatórios nas favelas, igualmente levando as escolas para os morros, ou que seja pensar grande demais sobre, mas que as que já estão firmadas sejam preservadas a todo o custo. Esse diálogo temos que ter com aqueles que acham que o mundo já está pronto em suas “evoluções” sistêmicas, e que apenas os países do primeiro mundo possuem a chave para a ciência e seu desenvolvimento das vanguardas.
            Resta que saibamos que o que para muitos é uma incógnita, para outros que conhecem a equação, aquela já signifique. O meio computacional não é um fim em si mesmo, justamente porque a mensagem pode ser tão extensa quanto um livro que se pode ler sabendo que há fontes alternativas ao processo de expansão do caos ordenado do controle da informatização enquanto ferramenta de ilusão. Estudarmos essas questões por vezes um pouco mais complexas só fará sentido se ao mesmo tempo soubermos traçar a percepção continuada da Natureza: seus veios sua terra, seus ramos. No voo do pássaro há conhecimento, longe de não afirmar que há bem mais – em força – do que o lançamento de uma nave no espaço, pois fabricarmos um pássaro é humanamente impossível.

A VIDA EM UM ÁTOMO

Pudéramos saber mais do infinito da miudeza do mundo,
Talvez nas suas relações a que chamamos de partes isoladas
Mas que na verdade convergem em uma vibração única e ímpar...

Um certo de motor que nos redime ao conhecermos, que é vento
Nas ruas, de um vento metáfora que o seja mais do que apenas
O suor de um vulto caminhando pelo asfalto com suas dúvidas...

Queiram mais, companheiros, queiram muito, que muito não é
O pouco que por vezes nos tiram ao querer, mas o que é tudo
É sabermos que nos ensaios da poesia somos tanto de não dizer!

Nada que remonte certos psicográficos ensaios, pois a carne
Nos ensina que somos sólidos posto quando não queremos sofrer
Das causas em que façam do erro seu maior trunfo em não nos dar.

O mundo é libertação, é deste mundo que ainda pomos a sonhar
Na vida em que temos esta ainda sempre, e que nos faz caminhar
Sobre pedras úmidas do orvalho sereno sobre a dureza de lágrima.

Somos igualmente nossos sentimentos, e não podemos ser mais
Do que na totalidade pudéramos ser melhores enquanto o trabalho
De um versa na sua vida o que temos de sagrado de suas mãos!

Posto um trabalho ser sagrado, essa é a intenção do mundo,
E o que seja espiritual somos sempre na vereda de uma luz
Que não entontece por fraquejar, e nos seduz na Verdade!

E a arte desponta em nossos versos de um domínio aberto e público
Na semântica em se dizer com letras as letras que queremos ler
Quando pensam que estamos todos apascentados em um grande pasto!

Rezemos por tempos melhores, a reza que vem da reza que prega
Uma atitude solidária nas raízes, pois só regaremos no fundo delas
Se as camadas da cúpula estiverem entendendo para que vivemos.

E se não compreendem as camadas lá do regimental poder de vetos
E escrachos, não saberemos se eles não capitulam por acharem vil
A mera voz do povo, que todos sabem aqui e ali que é a voz de Deus!

Este tem a razão em seus átomos, posto a vida que temos é nossa,
Não é motivo de ceifa em arado mal resolvido, já que a terra é revolta
Nos seus cunhos, e isso nos deixa preocupados com uma liderança de barro.

O líder é o átomo, o líder é a formiga, pois enquanto não soubermos
O respeito que um povo indígena tece por seus seres
Não saberemos nos portar perante o Deus da vida!

Torna-se vital o retorno a algumas origens, o talhe antropológico
Para que compreendamos a relação dos homens consigo mesmos,
E sabemos da compreensão de um lado, ao inseto, do outro ao átomo.

Que saibamos de uma grande figueira que torna-se sempre o patrimônio
E quando pensam que o idealismos louco é bobagem, é porque não sabem
Que podemos ser lúcidos o suficiente para argumentar até mesmo assim...

Há espaço ainda suficiente a todos, e sempre haverá, mas a questão vital
É sabermos que apenas dentro de uma democracia participativa teremos tal
Quanto saibamos que a justiça exata que faz um átomo existir é espelho...

O espaço temos que recriá-lo, abrir fronteiras, seguir os passos do mundo,
Resgatar os povos indígenas de sua opressão de não terem as terras,
Não permitir jamais que outros se apossem da Amazônia mais e mais legal.

Se tivermos a coragem de despontar o que chamam de novo mundo
Em uma crítica ao sistema da robótica que fecha frentes nos oligopólios
Em que a aproximação tecnológica nos permita o know how, seremos.

Se não nos permitirmos estudar ciência e preservar as raízes históricas
Que muitos fazem por perecer em nossas origens e existências
Não saberemos mais lidar com as estruturas de nossa identidade nacional.

sábado, 22 de abril de 2017

ENCONTRO COM UM FEITO

Encontrar-se com algo de afeto seria melhor a pedida
Do que fazermos de um acontecimento algo feito
Como a se julgar pela encomenda, qual não fora
O que jamais nos reveste daquilo que entendemos, engano.

Não há jurisprudência cavalar como dose de vacina
A que se torna a um gado que evanesce de perfume
Quando de nós nos perguntamos o suficiente de tal
A que nos propomos que não somos o tal suficiente...

Encontramos com um feito, um acontecer solene
De parecença misteriosa, posto nem sequer sabemos
De que é a ausente matéria em questão que nos dista
A que percebemos apenas o seu vestígio e prova alguma.

No vestígio de uma questão como que patibular
Qual emenda que nos encerre um soneto esquecido
Quanto de não merecermos tanto a ser de nós tolhido
Um progresso que se avizinha sempre por abaixo da linha.

Do progresso de um fruto que se ressente de ser colhido
Afora de sua própria estação, no que saibamos de muito
O que não nos façam esquecer do que já está no olvido
De todo um leque de fogos fátuos e propostas afins!

A vida que temos à frente de uma calmaria pungente
É o mar que não se ressente de saber que a poesia do vate
Recrudesce no vil, quanto não de se ressentir de mais
Ao que cresce o bem, quando o mal se ondeia demais...

Não saberemos nem quando falar na girante plataforma
Em que colocamos os pés sobre folhas de cetim em chamas
E não nos queimamos já que o vento tece a cenografia
De mais um ato em que o jogo de luzes simula o fogo!

A virar-se uma centopeia de apenas um pé fincado no estribo
Enquanto que é um cavalo dado a que não se olha nada
Mal sabendo-se tratarmos de sermos homens quando sabe
Aquele que encontra por fim os restantes pés do inseto.

E o moto perpétuo gira com uma manivela de madeiro
Sensível e bela em seu formato de espada de barqueiro
Quando sabemos de nosso século mais esquecido a outros
Que não pretendemos citar quanto de uma fêmea à janela...

Vai-se um tempo largo, é impossível a poesia fenecer
Quando pensemos que a camaradagem traz em seu dorso
Uma flanela de limpar carros e uma moeda embrulhada no topo
De uma promessa ímpar em que redescobrimos finalmente o jogo.

À vista de uma coroa de louros dantesca, que nos valem poetas
Que foram tantos e que por sinal a moda quiçá acabe pegando
Pelas entranhas não permitidas da loucura controlada e sana
Neste mesmo jogo em que a anti arte aposta todas as cartas!

Seguir encontrando feitos pelas vitrines lotadas da vida
É como sabermos que de tanta vida se nos nubla o tempo e razão
Quanto de uma dimensão sonante em que a moeda da flanela
Veste a roupa qual único botão que a deixa fixa em nosso corpo.

Assim valemos tanto quanto não pesamos o nosso viés na balança
Em corpos que somos reais e trafegamos sempre em torno de nós
Que não são os do mar nem os da corda, posto sejamos outros
Que a menos que nos provem o contrário somos sempre os mesmos.

A mesma coisa em que nos encontramos com um outro realizar
É algo que na surdina de nossa eternidade se encontra com o vento
Que sopra no velame desconstruído de impulsos eletrônicos
Sem que a grande parte dos viventes se deem ao menos conta do fato.

Daremos contas exatas de um recado, quando soubermos a veia
Que se traduz nas entranhas do que nos é oferecido enquanto chip
Que aliás é uma mui curta palavra que nos diz quase nada do ser
Quanto a ser algo maior do que tudo o que sequer uma geração imagina.

Posto o encontro já desencontrado, que a mulher passou ao poeta
Apenas um olhar em que aquele tece como um resto de pão
Extremamente irônico quanto de um amor maravilhoso e claro
Na noite escura da sensaboria e da desilusão.

Mas que não se vaticine a poesia dessa forma, que esperamos tanto
Na prosa que não se encaixa, visto a forma da técnica ser uma
Quanto o amor ainda possível ao olhar lindo de uma mulher
Sem sabermos se o olhar é de uma linda ou de uma enjeitada...

Posto que a beleza vem do caráter, e não adianta sermos desiguais
Na riqueza e na pobreza, já que os casamentos são ricos e pobres
Mas tem na sua riqueza a postura do companheirismo que, ainda,
Se possa ver no semblante quase desigual do casal que se ama.

E se houver alguma espécie de Bastilha a sorver nosso contentamento,
Que seja de uma grade azul como o tempo, em que esperamos fortes
A pena abrandar como algo em que se situa por vezes a existência
E sabermos valorizar com extremo cuidado o exemplo da liberdade...

Essa é uma questão em que recorremos ao céu a ver que a Estrela
Não subjuga a Lua, e desta pode se tornar amiga sincera
Quando toma a ciência de que o Céu é companheiro experto
E abriga de monta a profundidade única de todo o Universo!

A JULGAR PELA APARÊNCIA

Não de estar julgado, que não é julgar o que nos parece tanto
A ver, que de um suposto ser sabemos que não nos entorpece
Um sentimento de Paz que por vezes não surja no mundo
Quando carecemos de perdão não deflagrado pelo bom senso.

Da vida resguardamos o ato, um desejo que estejamos no prumo
A seres outros consonantes com uma primavera de escumas
Em que outras ondas venham a compartir de suas belezas...

Saberemos sempre que compartir conquistas e vitórias é belo
No sentido do conceito e da razão, mesmo que todo o mundo
Haja por ressentimentos de ignorar que o mesmo é social.

As coisas não são a frente de nosso conhecimento quando postas
Em uma questão de suas aparências algo desconexas do conhecer
Quando este conhecer não fenece suas pétalas de rosa incandescente!

Muitos não sabem de onde vêm as tempestades e os ventos marinhos
Quando apenas sabemos outros que as ilhas que nos vestem os trajes
Não cabem na aparência algo que remonte a vazão de nosso ideal.

Seria utópico dizer que o futuro é um cordão ensartado por Krsna,
Ou que de outros pareceres não nos valha a questão isolada de um
Quando sabemos que esse mesmo homem não claudica certezas...

Uma fé que nos mova a frente do abissal infortúnio das lutas
Quando temos por diante um mundo que não nos dite outras questões
Que nos apresentam diante dos olhos a vertente de um mundo aparente.

Se uma equação posta dificuldade se nos guarda a fronte de luzes
Que estas sejam aquelas que não dispomos quanto de não sabermos
Nem quem somos, de onde viemos e para onde vamos no caminho.

Se a vida desponta de um livro sagrado que não nos comprometam
Os dias que não esperamos sempre no nosso rogar ao melhor,
Que suplantemos reticentes cordões, ao que vejamos a Verdade!

De uma sílaba algo convexa de outros ressentimentos vãos de arreios
Que não passemos a desfilar nossos entendimentos em esquina
Imprópria pelo destino que não recolhemos de nossos semblantes.

Busquemos a consonância da Paz, de uma que não seja a visão parcial
Posto quando a queiramos, que seja de uma dimensão de colossos
Ao tamanho da mesma fé que por vezes negamos por ausência ou dolo.

Vestir uma roupa que não sabemos qual seja, em todos os modais,
Se passa ser um figurino onde nossas atuações não sejam apenas o teatro
Em que não passemos na virtude de nossas linhas a voz que cabe em intenção.

Não que seja aparentar algo de monta, mas que na superfície de cristal
Saibamos que um varal de cordel nos conta a história de todo um povo
Que sabemos que sabe do que seja melhor para si e para seus iguais!

quinta-feira, 20 de abril de 2017

A DISCIPLINA MAIS HORIZONTAL PERMITE A FUSÃO DE PENSAMENTOS MAIS TRADICIONAIS COM O AREJAMENTO DE NOVAS IDEIAS.

O PODER É UMA FORMA MANIFESTA DA HIERARQUIA, E ESTA A CONDIÇÃO DA SUBSERVIÊNCIA.

MELHOR SERIA NÃO ESTARMOS COM A CONVICÇÃO DE QUE PERDEMOS MUITO, POSTO SEJA SIMPLES DERRUBARMOS AS PEÇAS EM PROTESTO E REINICIARMOS A PARTIDA, NOVAMENTE COM OITO PEÕES EM DUAS TORRES...

A NOSSA BANDEIRA FIQUE HASTEADA A UM TERÇO DO MASTRO, ATÉ QUE, EM 2018, POSSAMOS VÊ-LA PLENAMENTE NA VONTADE POPULAR.

SE UM RIO SEGUE UM CURSO X, NÃO QUEIRAMOS QUE SEJA Y OU Z, A MENOS QUE LIBERTEMOS NOSSAS ÁGUAS E OS OUTROS RIOS QUE INVEJAM A PUREZA RARA DAS MELHORES ÁGUAS DO PLANETA, EM UMA NAÇÃO COMO O BRASIL.

TODO O PRECEDENTE HISTÓRICO É UMA RAIZ QUE DEIXAMOS DE VER NA TERRA, MAS QUE SABEMOS FAZER PARTE DA SEIVA QUE ALIMENTA AS FOLHAS.

UMA VÍRGULA QUE SE REGISTRE ENCONTRA UM RIVAL, POIS ESTE GOSTARIA QUE A FRASE FOSSE MAIS CURTA EM UM PONTO FINAL, A FIM DE ESTANCAR A FILOSOFIA...

O DESEJO ARREFECIDO QUE NOS CAUSA O SONO PODE SER REMEDIADO POR UMA NOITE EM QUE NOS CONCEDEMOS UM GOLE DE CAFÉ PARA FICARMOS MAIS MEIA HORA ACORDADOS.

SE UM ROTEIRO DE UM FILME FOSSE ALGO COMO A LUZ DAS ESTRELAS ESTÁ SEM PODERMOS TOCÁ-LA, ENQUANTO QUE A LUZ DE UMA LANTERNA SE VÊ EM TODOS OS CANTOS, DEVERÍAMOS ACHÁ-LO MAIS ENCANTADOR SE FOSSE POÉTICO EM RELAÇÃO ÀS LANTERNAS.

ESTAMOS DORMINDO JÁ, ESTAMOS NOS DESPEDINDO DA NOITE, E O QUE PARA MUITOS É INÍCIO DO SONO, PARA OUTROS É INÍCIO DAS HORAS...

NA PASSAGEM DE UMA ONDA, QUE SEJA, PASSA-SE A VIDA MULTILATERAL DOS ÁTOMOS EM SEUS TEMPOS INFINITOS QUE COMPÕEM A OSCILAÇÃO QUE ESCAPA AO NOSSO OLHAR LINEAR.

HÁ TRIBOS, HÁ CLÃS, NÃO MAIS MÁFIAS, POIS SE ESTAMOS COM ESTAS MUITO PRESENTES, CRIAM-SE QUAIS VÍBORAS, UMAS DENTRO DAS OUTRAS!

TORNA-SE QUASE IMPOSSÍVEL DIZERMOS A UMA MULHER QUE A QUEREMOS, QUE A DESEJAMOS, QUANDO ESTAMOS DEVERAS ACORDADOS NA FACE DA REALIDADE ONDE ESTAMOS.

ESTAMOS DORMINDO, MAS DE UM SONO PROFUNDO, EM QUE PEQUENOS CACOETES FEITO SONHOS REVERBERAM NAS TELAS DOS GADGETS.

SEDE É O QUE TEMOS POR MUITAS COISAS, E SUA REFRAÇÃO É REDESCOBRIRMOS PURAMENTE A ÁGUA, COMO MANTENEDORA DA VIDA.

AQUELE QUE SINTONIZA A ALMA SUPREMA DENTRO DE SI NADA TEME, POIS DESCONHECE AS DIFICULDADES.

KURUKSETRA FOI UMA BATALHA INCOMUM E DERRADEIRA: APENAS AS VESTES FORAM TROCADAS, QUANDO KRSNA DIZ A ARJUNA PARA NÃO TEMER, POIS A VITÓRIA SERIA - COMO FOI REALMENTE - DOS PANDHUS.

A MAIOR FAÇANHA DE UM GENERAL É USAR DO ESTRATAGEMA DO INIMIGO, TRAZENDO-OS PARA SI, QUANDO SABE QUE OS SEUS SUBORDINADOS ESTÃO EM LEVANTE CONTRA ELE.

VISHNU É EXEMPLO DE UM MODO DA BONDADE, É FUNÇÃO E SERVIÇO, É EXPANSÃO PLENÁRIA DE DEUS E EXISTE, TENHAMOS ESSA CERTEZA, POIS SENÃO TEREMOS QUE MEDITAR NO NÃO SER TODOS OS DIAS E VOLTARMOS A SER O LIXO QUE SOMOS O TEMPO TODO.

O LAUREL QUE NÃO SE DÊ, ATÉ AÍ TUDO BEM, MAS A HIPOCRISIA DADA DE GRAÇA, ÀS FAVAS SEM CONTAGEM, SOBRA A DESAVENÇA, E AÍ A KALI YUGA IMPERA, BROTHERS, SEM CAUSA, SEM MOTIVO, MAIS TRABALHO, MAIS COAÇÃO, E A CRIMINALIDADE PASSA A CAMPEAR EM UM PAÍS EM QUE UM DEPUTADO FEDERAL, EM SUA MAIORIA, É IGUALMENTE CRIMINOSO.

A POESIA DE UM CANAL COM EXPRESSÃO PROPRIAMENTE OCULTA, FAZ DE UM POETA UM CRUZ E SOUZA SEM LÁPIDE, EM QUE OS MESMOS NEGROS SABEM, OU AINDA NÃO POSSUEM A CORAGEM SUFICIENTE PARA ACEITAR O FATO.

COMO DIZIA UM POETA, UM PARTIDO PODE SER UM CORAÇÃO PARTIDO, OS INIMIGOS PODEM ESTAR NO PODER, E A IDEOLOGIA, QUEM SABE, SE A TIVÉSSEMOS PARA VIVER EM TODA A CARESTIA QUE NEM QUALQUER DAQUELA CONSTRÓI OU CONSTRUIU REALMENTE PARA MELHOR.

SÓ OS LOUCOS TEM UMA CORAGEM IMENSA, SABEM SONHAR SEM LATITUDES ENCOBERTAS, MANEJAM NAVIOS COM VIRTUOSIDADE, SONHAM, SOFREM, NÃO TEM MEDO DE VIVER POIS SABEM QUE, MESMO COM CERTAS LIBERDADES CERCEADAS, POSSUEM A VERDADEIRA AUTENTICIDADE COMO CONDUTA.

QUANDO A DEMÊNCIA DO COMPORTAMENTO IGUAL E CONFORME NÃO DEIXA ESPAÇO PARA O SONHO, O IDEALISMO DE UM LOUCO PASSA A SER REFERÊNCIA E VANGUARDA!!

QUE VALHA O DELÍRIO, POIS SEM ESTE NÃO HAVERIA SHAKESPEARE E NEM A ARTE MAIS AUTÊNTICA DAQUELES QUE NÃO FORAM ACEITOS EM SEUS TEMPOS.

UM FILHO ADULTO PODE CHEGAR A SEUS PAIS E DIZER QUE A PRÓPRIA EXPERIÊNCIA EM UM MODAL PODE TER SIDO BEM MAIOR, EM QUESTÃO DE ÉPOCAS, EM QUESTÃO DE HISTÓRIA, EM QUESTÃO DE MOVIMENTOS.

O GOOGLE MAPS ANALISA ATÉ MESMO SE O POINT É TRANQUILO, E ISSO PODE SER BOM QUANTO NÃO SEJA APENAS UMA CILADA DO ANUNCIANTE.

A TÍTULO DE REVERSÃO DO STATUS CU, O PRÓPRIO STATUS DEVERIA REVER QUE MUITOS TEM A PREFERÊNCIA GIGANTESCA E APENAS POR ESSE MODAL, QUE NÃO É TUDO, GENTE, NÃO SERÁ NUNCA O PÍNCARO DE PRAZER EM UMA SOCIEDADE QUE PODE SE MODIFICAR E SE TORNAR MENOS ANIMALESCAMENTE SEXISTA.

O MESMO PANACA QUE TECE COMENTÁRIO SOBRE A VIOLÊNCIA COMO MECANISMO DE DEFESA, INFELIZMENTE É MAIS UMA POBRE CRIATURA DE ESPÍRITO CONTAMINADO PELA IGNORÂNCIA, APESAR DE PODER SER ACADEMICAMENTE "EVOLUÍDO".

POR DEUS QUE JÁ NÃO ESTAMOS MAIS PODENDO DIZER A UMA MULHER NA RUA, EM UM PARQUE, QUE PODEMOS FALAR DE AMOR, SEM QUE ISSO SE REGISTRE EM ALGUM SELF ABSURDO.

A APROPRIAÇÃO INDEVIDA DO RESPEITO QUE TEREMOS PELO HOMEM, PELA MULHER, TORNA-SE LUGAR COMUM, E ESSE TIPO DE LUCRO É A APROPRIAÇÃO SISTEMÁTICA DE NOSSO AFETO QUASE POSSÍVEL, QUIÇÁ A VERDADE NOS MOSTRE ISTO, COMO MOSTROU AGORA...

RESTA SABERMOS SE HÁ "ISMOS" EM QUE A APROPRIAÇÃO DO HOMEM PELA NATUREZA SEJA DISTINTA, OU APENAS PEGA A MODA DE NÃO JOGARMOS UMA BITUCA NA CALÇADA PARA FAZERMOS NOSSA PARTE, ENQUANTO DEFECAMOS SEM CONTROLE SOBRE NOSSAS ÁGUAS, RICOS OU POBRES.

UM CÓDIGO FLORESTAL RESIDE NA IMENSA CONFORMAÇÃO DE RAÍZES ENTRELAÇADAS COM O HÚMUS RECRIADO A PARTIR DO ZERO EM QUE A RAÇA HUMANA TORNA O DEVASTAR ABSOLUTO.

BUSQUEMOS POR DEUS A CONFORMIDADE EXISTENCIAL, SEM O SUBTERFÚGIO DE QUERERMOS MELHORAR A VIDA DE OUTROS ACHANDO QUE PARA NÓS MELHOR SERIA O QUE ACHAMOS, POR VEZES EM CARTILHAS QUE O TEMPO DEVASTOU DEPOIS DAS LIMITADAS HISTÓRIAS A RESPEITO E SUAS TENTATIVAS.

NOSSO RUMO É CURTO COMO UM PASSO, QUANDO PENSAMOS SEM PENSAR MUITO, DEPOIS DE MUITO VIVENCIAR O PENSAMENTO DE OUTROS.

POR VEZES NOS CAI O CHÃO, MAS O SENTIMOS DESABAR NO ELEVADOR QUE NOS ELEVA PARA BAIXO OU PARA CIMA, DE ACORDO COM A INTENÇÃO DE NOSSO ITINERÁRIO...

quarta-feira, 19 de abril de 2017

DIÁLOGO EM UM LUGAR

            Disséramos um ao outro que não nos encontraríamos mais, mas Adele queria um minuto de conversa, apenas, mesmo que haveria uma motivação em nos encontrarmos, apesar de tudo. Segui, passei a padaria, havia um café, ou outra padaria, o que dá no mesmo, e o café era bem tirado. Encontrei-a na praça em frente e eu igualmente gostava daquele lugar. Acenei com o braço e ela ficou me esperando, peguei dois cafés para levar e me sentei ao seu lado. Os pombos e alguns outros seres nos teciam companhia...
            - Jonatha, eu não esperava que você tivesse o "altruísmo" em descartar-me daquele jeito no face, como você me bloqueou, eu realmente não imaginava, e agora essa ideia de me ligar no telefone, como se este fosse agora de seu domínio. – Falou-me ela, olhando para os lados, com um semblante angustiado, como quem procura uma defesa qualquer, como quem acha que foi desprezada, pensava eu.
            - Sinto-me só, linda. Ao mesmo tempo quero estar, pois assim creio-me estar acompanhado em uma fase de introspecção que me encontro.
            - Sei, mas no face...
            - Percebe, o face?... Não quero estar acompanhado desse estranho protocolo de visitações.
            - Mas veja, Jonatha, os tempos são outros e você tem que sair da casa dos enta, já pronunciados, no mínimo para se virar melhor com a modernidade. Podemos nos comunicar...!
            - Sinto lhe dizer, Adele, mas nossos encontros são quase sempre virtuais...
            - Um minuto...
            Ambos não desligáramos nossos celulares. Cantavam estes em sons reconhecidos, que o dela tocara, e ela passou a dedilhar o aparelho atenta, pois certamente o que tinha a falar comigo era um caso de posse, uma amizade algo passível de ser outra coisa. Era redundância tentar convencer uma engrenagem a parar através de uma minúscula rodinha. Não havia como: eu estava errado. Sabíamos ambos quiçá de outras verdades, mas estas seriam tão efêmeras, pois todos ou quase todos os lugares já estavam inundados da inovação e de um desprendimento tal que tolhia qualquer ato reflexo de rebeldia, neste caso, aparentemente sem causa. Em uma verdade aparente, as vitrines estavam dentro da rede, e por fora não nos olhávamos para dentro. Éramos outros que circunvagávamos em regiões distantes, quando muitos – felizmente – redescobriam os livros, os excertos literários, o aprofundamento filosófico, ou mesmo o desenho em se desenhar para redescobrir o mundo, assim pensava eu nos hábitos que adquirira e que não obstante verificava em muitos outros que já surgiam no panorama global. Olhei para ela, pedi que desligasse o aparelho, no que consentiu:
            - Meu caro, sei que pensas muito sobre tudo isso, mas depois que passei a morar com o meu pai enfermo, sinto a companhia deste trocinho que recusas dessa forma, e que na verdade me faz pensar menos. Eu não sou artista e nunca fui, enfrento o turno na firma e cumpro meus horários. Não sou social, se me entendes...
            - Sei. Na verdade procuro... Bem, na minha solidão...
            - Basta de falar que estás sozinho, isso é condição sua, pessoal, e nada posso fazer! Você é menos social que eu e faz apologia de ser auto-suficiente, lhe falta na verdade uma falsa vergonha que não possuis, uma face melhor de se encontrar consigo mesmo, ou está obsessivo com algo, transtornado, louco ou sei mais o que.
            Não havia convencimento de qualquer lado. No fundo, ambos achávamos que o mundo estava insano, e que seríamos quase um espelhamento disso. Olhei firme para ela e disse:
            - Adele, engraçado, eu não sei se acontece com você, mas me sinto mais inteiro quiçá do que grande parte de uma gente que não conheço muito, talvez pela minha ainda inexperiência existencial apesar dos meu cinquenta e quatro anos. Somos adultos, obviamente, mas não vejo nos filmes a palavra final. Gosto das religiões, e mais ainda daquelas que superlativam o que nos cerca, como a Natureza. Sei que moramos em uma selva de pedra, esta cidade é imensa e o trânsito está caótico. Sei igualmente estar errado em uma postura muito crítica em relação à tecnologia pois, apesar de tudo, conheço o funcionamento da computação até bem demais, pois sou de uma geração que acompanhou a fase do início dela em nossas vidas. O que quero dizer de mais inteiro é que agora, depois de tantos acertos, tantos erros, sinto melhor o meu corpo, sinto que é animado por algo, uma alma. Por isso não fixo muito meu olhar sobre as teles, visto que gosto de ler minhas literaturas e à noite me debruço sobre a transcendência espiritual, que passou a ser a minha razão de viver. A ponto de encontrar o maior prazer que jamais tive nessa questão, pessoal. Ou seja, em poucas palavras, a vida sexual não me atrai mais do que a vida espiritual. Não digo que nisso encontre algum dilema, pois realmente há o dilema.. Trazer alguém à tona como fiz comigo mesmo não é muito fácil, e realmente porto uma ausência continuada a que não seja o serviço a Krsna, a chamada bhakti yoga, o serviço transcendental a Deus, que é o Todo Atrativo, que passa para mim a se chamar Krsna, o mesmo de todos. Essa é a minha motivação em existir, não cumpro regulamentos espirituais, pois existir para mim é todo o meu serviço a Ele, esse Ser Supremo. Afora isso, Adele, estou crítico com relação à ilusão, Maya, esse encantamento que a matéria oferece em seus modais mais variados, desde um filme até um gesto que supomos sincero, mas que se reveste por vezes de um esforço continuado para nos envolver em algo não necessário. Pode passar a me ver como um homem sincero, mas veja também que sou um devoto, ou pelo menos tento criar meu caminho desse modo, pois navegar no oceano material sempre é um pouco complexo no mundo em que estamos, na Era de Ferro. Mas não se ressintas, que eu seja é o importante, e não me considero superior nem a uma formiga, pois essa atma, esse espírito também está no processo...
            Adele me olhou com carinho. Seu olhar me parecia perdoar-me, pois sabia que alguém lhe falava, ou ao menos tentava, as palavras que gostasse. Esse perdoar era a fagulha do encantamento de dois, um encontro de duas circunstâncias, dois caminhos, era a partir daí o próprio encontro, pois do que houvera falado, eu talvez tivesse obtido a resposta, quiçá de um período apenas. Bastava ser sincero. Bastava que nos falássemos de amor, pois, de um amor gigante, que supera, que constrói. O mundo era lindo. Se eu sentia meu corpo, ela também sentiria o seu. Daríamos ao tempo o seu próprio tempo... Assim construímos uma senda profunda, um sentimento pelo Criador unidos por palavras, por um diálogo, por querermos viver com mais autonomia diante de tudo. A amizade perdurou e perdura até hoje.

terça-feira, 18 de abril de 2017

CARECEMOS DA IGUALDADE

            Começarmos a escrever por algo que tenha a ver com o magnetismo pode ser algo de campos elétricos, das personalidades que se atraem, dos polos da Terra, ou mesmo da imantada razão que nos leva a escrever, principalmente se sabemos que verte a luz de algum lugar, pela outra razão que por vezes desconhecemos, e que começa na dúvida. Os trabalhos que se refiram a algo concreto como uma linha de montagem, por exemplo, veem na manufatura algo de um futuro de robôs, como são muitas as máquinas que aram para grandes colheitas, e os pesticidas revestem os alimentos, e os robôs não precisam comer... Uma apropriação talvez indevida, pois o capital para comprar esses insumos hão de ser muito altos, e resta saber se podemos continuar a fazer de outros países proprietários do solo pátrio brasileiro nas questões cruciais e estratégias de como a produção pode afetar cada vez mais o andamento dos braços laborais no sistema em que vivemos, onde a lei de mercado é por si o código que afasta a igualdade que deve ser latente e fundamental entre os povos. O que imanta não apenas de solidariedade – esta palavra que contraria a competição inglória – os trabalhadores, como evita que os mesmos atuem no cenário social ocultando seus conhecimentos para que outros não ascendam socialmente nos cargos e carreiras conveniados com as empresas.
Conforme alguns anos atrás, mais propriamente no Governo LULA, vimos a infraestrutura do país crescer muito através da construção civil. A inserção social no mercado de trabalho era grande, havia ritmo de trabalho, pujança econômica e investimentos nas empresas nacionais. O povo que dignificava a si mesmo era dignificado por suas lideranças, esse mesmo povo que agora volta a apoiar seu líder maior, como a única plataforma em que possamos sair da crise institucional e econômica nas eleições de 2018. Não contava antes da administração petista com tantas escolas de formação continuada, com vistas a preparar tecnicamente os profissionais de uma série de ofícios, dando continuidade a um crescimento de igualdade de oportunidades por aqueles que nunca tiveram acesso a objetos como uma boa TV ou uma máquina de lavar roupas, por exemplo. Entre outras conquistas indescritivelmente amigáveis a um processo de socialização não apenas do trabalho, mas de camaradagem muito mais acentuada na igualdade cidadã entre as gentes. Sem sombra de dúvidas isso é um fato: O fato.
Continuamente, grupos escusos como agências de inteligência internacionais, estruturas corporativas de redes sociais, grupos entreguistas e o apoio intransigente da mídia local apenas “coisificaram” suas táticas de ação, e vieram a derrubar o Governo da Presidenta Dilma Rousseff com certa facilidade, mostrando ao mundo sua própria e agora já estagnada estrutura estratégica dentro de um modal que podemos agora dissecar com mais calma, para não incorrermos nos erros que devemos evitar de cometer. Mas na verdade, os conservadores e as elites do país mostraram seu discurso, sua atuação, onde estavam seus pontos, com quais agências de inteligência estrangeira mantiveram o controle sobre nossos “representantes” e como ainda pretendem agir para manietar cada vez mais nossa nação com suas garras de aço fascistas. Temos que investigar agora com muito mais tranquilidade as veias desse processo e suas salivas gastas em fracas e obsoletas argumentações, se quisermos saber em síntese os meios em que podemos agir e representar o país como defensores patriotas daquele mantendo, sem nos desorganizarmos, a prática agora necessária. TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI! Levar certa palavra de ordem é justamente lutar para legalizar a justiça, no intento de reformarmos a política dentro de uma ordem institucional juridicamente confiável, acreditando em que o voto de bom comportamento nas intervenções necessárias ao bom andamento da democracia parta do Sistema Judiciário, pois é a partir deste, e do encastelamento da República de Curitiba que talvez haja a pretensão de dar golpes e mais golpes, onde um país da dimensão continental como o nosso passa a ter que alardear a todas as instituições de nomeada jurídica do mundo o que pode se passar com uma crise sem precedentes das democracias mais frágeis, levando-nos a desfechos não dos mais aceitáveis para o andamento do progresso efetivo de nossas nações, estados e cidades.
A separação entre rótulos que criamos em tempos anteriores de teor ideológico passa a ter a profundidade de um diálogo majorado – em substituição – ao que chamávamos antes o que veio ou vinha de cartilhas enferrujadas pela nova acepção que a indústria da informação e do entretenimento “cultural” possuem, além de porventura estarem profundamente entrelaçadas no que chamaremos de espaço tecnológico, ou “tecnocracia” de vanguarda. Resta sabermos que muito dessa indústria é a aparelhagem pela aparelhagem, e a ilusão campeia nos olhos daqueles que resguardaram seus “novos mundos”, trocando a sua própria e monolítica ignorância pela pequena e efêmera vitória. Em que, depois de vermos com uma lente de aumento o Hólos, a totalidade, saberemos de uma razão tão irrisória e cartesiana como a linearidade de sua frases curtas. Ou dos registros de imagens, ou as brincadeiras de “pesquisar”.

Ao darmos mais atenção às inteligentes propostas que temos no país, poderemos acompanhar que dele – ou que a partir desse fato – podemos crescer de dentro para fora, de modo mais orgânico e não de modo fragmentário, pegando receitinhas aqui e acolá, de britânicos, franceses ou americanos, pois a ideia de que apenas cresceremos enquanto profissionais depois de nossas incursões aos países mais ricos, é justamente a deslealdade da extrema competição de uma sociedade de mercado que assume que apenas os mais ricos possuem conhecimento real ou experiência, ou que um juiz pode mandar em um processo ilegal de tomada de poder. Esse status quo nos faz espelharmo-nos em que não possuímos inteligência interna, ignorando o fato de que na era LULA-Dilma, o Brasil ombreava de igual para igual com todas as maiores potências do planeta: não queiram dizer o contrário, pois os registros da diplomacia mundial reiteram cada vez mais a verdade, e o importante é sabermos que sendo nacionalistas temos que convir com isso que a vontade popular se faça, a partir da democracia e poder do voto, apena essa é a questão da justiça e igualdade que deve reger uma nação soberana. De fato!

FOLHAS DE UM PAPEL

            Quem sabe algumas folhas encontradas em um banco na orla da praia revelasse mais do que aqueles garranchos em um tipo de literatura a se decifrar. E se fosse um aprofundamento filosófico: quiçá um tesouro encontrado em meio de caminhos, a quem houvera a própria felicidade do ato, do encontro. Que tipo de filosofia podia haver na mundana face de alguém anônimo? Seria um poeta ou um filósofo? Seria algo mais do que um apanhado de pensamentos? Se fosse um apanhado quem sabe saberia mais da própria filosofia, ali, no banco, um acesso, quem sabe, a uma luz, dessas que não necessariamente encontramos nos postes. Talvez aquele pequenos “quase” documentos revelassem  uma vida de motivações intelectivas no sentido de buscarmos, a se falar no genérico da questão, o diálogo – que por vezes não encontramos na perspectiva que esperamos da sociedade – espelhado na intenção pétrea de uma boa vontade em buscar contribuir com algo positivo para um melhor andamento existencial e pragmático nesse sistema em que vivemos de homens, mulheres, filhos, mães, parceiros, e tudo o que tenha por direito em vivermos nesses mesmos direitos em que já estamos carecas de saber que são sem tempo de conquistas no seio das sociedades do mundo. Essas tentativas insólitas porém efetivamente reais de tentarem tolher ao conhecimento palavras ou textos de quem não fez alguma espécie de preparação acadêmica, apenas veste de um rumor de que por vezes a efetividade mais concreta passa por aqueles que por experiência de vida podem saber igualmente muito: de um conhecimento quiçá mais palpável, por vezes, pontuado por um diálogo que temos por insistir que o façamos cada vez mais e melhor, pois há homens ou mulheres que são pivôs, que estão no mundo para mudar para melhor questões muitas vezes estruturais no dia a dia do cotidiano. Justo, pois não se limpa uma baía se não houver reestruturação de todo um saneamento, como não se conclui mandatos tampando buracos, no orçamento de uma prefeitura se houve promessas diretamente vinculadas aos resultados eletivos.
            Pois bem, no maço de papéis encontrados que façamos uma metáfora, em que o papel escrito se transmutasse simbolicamente em períodos concatenados, assertivas lógicas, esteio filosófico e vontade política para mudanças, pois na verdade, mesmo que não queiramos, estamos inundados de má política, ou da mesma política, de manobras de cunho político, de agora uma ausência ideológica, do fisiologismo, tudo isso ao vivo e a cores diuturnamente para quem se informa. De quem vem o dinheiro? Que capital é esse que gera os poderes insanos, se não a própria forma, se os auxílios que pagam deputados são mais em valores do que se paga a guarda militar dos capixabas? É esse o país que queremos, que gera mortes por questões de uma justa paralização, no sentido de sabermos que o caos gerado neste país e no resto do mundo é justamente a concentração excessiva das riquezas nas mãos de poucos? É todo um povo que sai de suas órbitas, não apenas os saqueadores de super-mercados, mas igualmente os ladrões do Congresso Nacional que saqueiam nosso ética de quem nem imaginava quando foi às ruas como que ficaríamos nessa crise sem par: em nosso coração da América, em nosso Brasil.
            As folhas seriam amassadas, talvez por muitos que estiveram nas ruas protestando e não queiram ver que as coisas estão mais difíceis de gerenciar nos lugares mais periféricos de nosso país, e aqueles trabalhadores que estão se submetendo a variadas pressões veem que a falta de sua própria capacidade de pensar, tolhida pelo esforço do trabalho, não se revela pelo cansaço, pela exaustão em prosseguir lutando por melhores dias, tendo a esperança tolhida em seus mananciais exauridos por um tipo de seca em que passam a não encontrar sequer um exemplo de administrador, em qualquer esfera governamental, haja vista essa situação pós golpe estar solidamente em alicerces tíbios de um procedimento ético cada vez mais raro. Essa ausência da ética, dos Direitos já consagrados, da venalidade em rasgarem uma constituição lapidada em 88 a duro processo de mudança em nossa incipiente democracia pós ditadura, nos ameaça em que voltemos a um tipo de idade média ao estilo da casa grande, em que o sectarismo passa a voltar a afetar as populações vulneráveis, não lhe dando condições nem oportunidades de escape desse triste status quo.
            Passa-se a ser vital a democratização das opiniões, diálogos e debates, sem a necessária condição de sofrermos a imposição de hierarquias fechadas porquanto seres cidadãos que temos que cumprir o nosso dever de unir o país em fecundas propostas, em que porventura que não se aventure muito aquele que não compreende muito, mesmo fazendo parte de uma sólida vida acadêmica, um parágrafo mais complexo. Resta que o leia com mais cuidado sem necessariamente fazer dele uma leitura de seus vocábulos que lhe deem aparentemente chaves de como se deva enquadrar a leitura que passou a não compreender em seu sentido lato, em uma espécie de uso investigativo ao viés, quando não possui a abrangência de saber que uma palavra significa muito em diversos contextos, e que não será uma reunião de vocábulos reunidos através de um fraco treinamento acadêmico que traçará algum perfil. Justamente o ato de traçar perfis não condiz com o plano estratégico de sermos patriotas na língua pátria brasileira. Não adianta depositarmos muita fé em gadgets que aparentemente nos auxiliam na obtenção de informações, em uma linearidade de leitura que mais parece uma aferição de uma conta de luz, do que presencialmente conhecermos, olhar o olhar, com humanismo, que não somos um apanhado de informações, porém seres humanos que podem ser úteis – repito – na União de todo um país, em se tratando principalmente nas bases de trabalhadores, o pequeno grande detalhe de que são a parte honesta da sociedade. Essa é uma questão tão ampla que abre todas as frentes de uma compreensão a respeito da seara fértil de um trabalho solidário em momentos como o que vivemos em nosso país, em que as forças que aglutinem pequenos archotes de duas ou mais pessoas torna-se viral nas ruas, no gesto, na semântica de um livro de papel, na importância clássica de usarmos os gadgets para o essencial, de não perdermos tempo com um crescimento exacerbado de egos que nos obscureçam dimensões factuais, e certamente a presença indiscutível da boa literatura, boa poesia, boa letra, boa filosofia...
            Os papéis em garranchos encontrados no banco foram recolhidos pela varredora das ruas, mas não jogou-os no lixo, pois havia esquecido em seus apontamentos da pausa de um cigarro, e guardou-os silenciosa e ternamente no seu bolso, pois haveria de escrever muito mais em seu computador conquistado a duras penas, escrevendo para muitos que dela participam, que sabem dos pássaros marinhos que a acompanham, e sabem que um varredor sincero não é invisível aos olhos. É um trabalho que torna a companhia das ruas algo a ser desfrutado com a riqueza de uma longa amizade pela vida em sociedade!

O MUNDO EM UM TIJOLO

            Sabe-se que não é fácil, quando passamos por uma rua, nos atermos na realidade obreira dos tijolos. A importância supra de um tijolo. É como a mão que o assenta na linha das fieiras, no prumo, no que constrói aqui, no recorte das janelas que vertem o cenário futuro e na consciência que a arquitetura só é possível com o operário. A sociedade devia respeitar tanto o cidadão que ergue uma casa, como aquele que habita a mesma sem reparar por vezes em como é imensa a construção, e como fabricar um tijolo revela a grandeza da terra que temos sob nossos pés... Essa é uma modalidade de fé esquecida, relegada, como tantos são os trabalhadores do mundo ignorados em sua grandeza em que estejam nas ruas, nos caminhos, arando, escrevendo – quiçá –, defendendo seguros nos seus propósitos. Saberemos mais quando estivermos aptos a compreender a importância de plasmar nossas vidas com o conhecimento que por vezes nos falta, ou apenas a sensibilidade de sabermos que aquele que quer o trabalho o sabe, por determinação e valor. E por sentimento e honra.
            Se fossemos considerar apenas o tijolo, o mundo que o cerca tem a dignidade do trabalho que plasma um lar e em seu curso a finalidade de um processo que cria ao ser humano as condições de ter sua moradia. Não se esqueçam do Governo Popular de qualquer país, pois o que foi feito para o povo este não esquece jamais. Digamos que o trabalhador ergue três fieiras, e que a família da casa de sua vida encontrou a obra em andamento, e ergueu na prática do tijolo suas esperanças, e conheceu os peões, e conheceu as peças... Surgem as horas do recebimento das chaves, e daí em diante movem-se por vezes com uma felicidade que não tem similar em qualquer panorama que não seja a história de uma aplicação de um bom Governo. Há que se saber disso, e talvez tenham que ao menos tentar sentir a empatia com a construção de uma sociedade mais justa socialmente, e que isso passe a residir na cabeça daqueles que não dependem ou dependeram desse benefício, pois não passaram nunca por qualquer carestia ou dificuldades. Pois aqueles que percebem o mundo como algo maravilhoso em sua totalidade, em que brilham estrelas maiores do conhecimento possível e livre devem saber que a justiça com dignidade social é a única coisa que permite essa indivisível liberdade. Só existe a libertação de um ser humano, seja de que paradigma for, se este estiver no modo da bondade, ou seja, querer o melhor para aquele que está necessitado, e entrar em um processo de tentar mudar o seu modo de atuação no mundo, arrependendo-se do egoísmo que leva de roldão todo o progresso social, que conseguimos historicamente por vezes com tantas dificuldades e, agora, como que paradoxalmente, nos obrigam a aprender apenas a inversão dessa realidade conquistada. A vida pode ser contada mesmo quando somos muito jovens, e é no caráter da juventude que deixamos aflorar nos ideais de nosso peito, mesmo quando mais maduros. Recontar enquanto flor nascente e eterna, que as estrelas que deixamos de usar em nossas vestes apenas estão nos céus esperando a hora de retornar...
            É a história de um tijolo ao menos, solitário! Com a esperança que refulge a cada segundo, pois quando a barbárie está exposta querendo se impor, é daí que podemos observar com mais clareza que muitos e muitos tijolos já cobertos com suas telhas estão em outros ou em muitos lugares dentro e fora de nós mesmos. É nessa condição existencial que devemos tomar a consciência do quanto já foi construído, e que as instituições do regresso não sabem ao certo quais são os tijolos que devem contestar: seria maravilhosamente correto dizer que aqueles mesmos pedaços de barro cozido em sua mescla maravilhosa de técnica e trabalho fazem parte da grande massa do povo brasileiro.