sexta-feira, 28 de abril de 2017
POESIA ESPIRAL - Homenagem à Castro Alves
Arabescos de arcos compartidos que nos
redesenhem portas
Por onde entramos dentro de espaços
livres e redescobertos
A cada diálogo da matéria, a cada
pressuposto tecido
Pela conveniência histórica de ser quem
somos em um mundo
Que em realidade nos posta a vida como
se a vida fosse isso e tal...
Volutas jônicas, pensamentos orientais,
orégano e pimenta,
A servir – quem sabe – a alguma
sociedade que acrescenta
Em que nos atordoamos imaginando algo
que não se imagina
Posto esse verbo a conjugar abala a
própria conjuração!
De nos imantarmos que nos seja dado o
resguardo atávico
De todos os processos civilizatórios, a
que não temos a certeza
Nem a propriedade intelectiva de afirmar
qual seja ou não
Aquele adequado a uma questão histórica,
posto imensa
A mesma questão de que cada pátria
exerce pelo seu povo!
Castro Alves nos ensina em sua poética a
espiral dantesca
Em seu Navio Negreiro a que chegou a
dimensão do holocausto
Quanto de sabermos que o nosso país,
sendo negro, não possui
A dimensão catastrófica do que fazem em
solo africano.
Citar poesias únicas seria quase
imantarmos da mesma poética
A necessidade que temos de praticar da
arte a arte da liberdade
Posto sabermos que todo o grilhão da
injustiça possui a voz
De uma confortável opinião daqueles que
impetram o desrespeito.
É dessa a questão tão digna de
assemelharmo-nos em responder,
Qual tanto não seja o que diríamos aos
outros que não nos acolhem
Na sua empáfia misteriosa de não saberem
sequer da própria história,
Qual não diria do que temos por dentro
de entranhas do descontentar.
Resta que saibamos que os mesmos
grilhões que muitos já querem
Ser impostos às classes mais
rigorosamente empobrecidas
Sequer sabem que do ferro em que
pretensamente aqueles forjam
No ferro vendem o ouro ao qual surpreendem ao pecar demais.
Por isso que nos juntemos todos à hora
da refeição noturna
A lembrarmo-nos de um dia grandioso de
luta alvissareira
E daqueles que participaram do dia de
hoje, abraçando a justa
Saibamos que é dessa luta que participam
homens e mulheres
Que são realmente homens e mulheres, e
baste: por mais seremos!
quarta-feira, 26 de abril de 2017
PADRÕES DE ESTIGMA
Não
importa quem sejamos, talvez isso realmente não importe, mas importa quando
somos enfermos mentais... Se tomamos a medicação como um remédio que nos salve
de surtos ou crises graves, ou mesmo para nos mantermos estáveis, estamos sempre
com um pé recuado – na defensiva – prontos a recebermos preconceitos de toda a
ordem. Tudo bem que não sejamos aceitos como pessoas normais, mas filtrarem
criteriosamente o que fazemos de nossas vidas, como nos comportamos, o que
escrevemos, ou mesmo quem somos, parte da premissa – sob a égide do preconceito
– que estamos errando em algum ponto, talvez do próprio existir no ser
coletivo. Nada disso é diferente quando dependa de algum sistema ou ordem
política, nem de motivos outros que não seja o simples e atávico estigma
histórico que faz de pessoas que alcancem alguma fama, seja qual for, quando
boa, contrapõe-se a doença para que nos aviltem, e quando má, para que se
reitere o mesmo ato nefasto. O trabalho ou a recuperação que um enfermo dessa ordem tem a superar é
em poucas palavras uma tarefa titânica, a longo prazo... Não há amparos legais
para quem sofre de preconceito por possuir doença mental, mas justamente aquilo
que se refira à sua quebra enquanto cidadão, por vezes necessária, mas nem
sempre compulsória, o que vem a significar semanticamente quase o mesmo.
Não
há qualquer partido político, agremiação, religião ou nada que se assemelhe com
a quebra desse padrão ou que favoreça o diálogo mais amplo na questão da
enfermidade psíquica, qual não seja um amparo casuístico, reformador, ou
paternalista a respeito das condições do indivíduo e sua relação com o entorno,
que sempre é pontuada para ser entre o mesmo grupo, em que a socialização com
os demais seres sociais ditos normais não parece vir de ocorrer nas sociedades
ditas com os padrões civilizatórios atuais.
Quando se volta
a atenção ao problema nota-se sempre a situação paradoxal onde nos encontramos
face a face com a barbárie criada em torno de nossos próprios selfies, quando
estes se espelham em um condicionamento gerado por ortodoxias baseadas em
ignorâncias monolíticas dos fatores que são a razão da convivência harmônica em
sociedade, onde certos mundos “fictícios” são criados pelo modo em que muitos
apelam para a força bruta para lidar com assuntos tão amplos quanto a
convivência que se deve desejar, humana e solidária, independente de emblemáticas
questões que envolvem algo tão delicado como o sofrimento psíquico.
CARECEMOS DA IGUALDADE
Começarmos
a escrever por algo que tenha a ver com o magnetismo pode ser algo de campos
elétricos, das personalidades que se atraem, dos polos da Terra, ou mesmo da
imantada razão que nos leva a escrever, principalmente se sabemos que verte a
luz de algum lugar, pela outra razão que por vezes desconhecemos, e que começa
na dúvida. Os trabalhos que se refiram a algo concreto como uma linha de
montagem, por exemplo, veem na manufatura algo de um futuro de robôs, como são
muitas as máquinas que aram para grandes colheitas, e os pesticidas revestem os
alimentos, e os robôs não precisam comer... Uma apropriação talvez indevida,
pois o capital para comprar esses insumos hão de ser muito altos, e resta saber
se podemos continuar a fazer de outros países proprietários do solo pátrio
brasileiro nas questões cruciais e estratégias de como a produção pode afetar
cada vez mais o andamento dos braços laborais no sistema em que vivemos, onde a
lei de mercado é por si o código que afasta a igualdade que deve ser latente e
fundamental entre os povos. O que imanta não apenas de solidariedade – esta
palavra que contraria a competição inglória – os trabalhadores, como evita que
os mesmos atuem no cenário social ocultando seus conhecimentos para que outros
não ascendam socialmente nos cargos e carreiras conveniados com as empresas.
Conforme alguns
anos atrás, mais propriamente no Governo LULA, vimos a infraestrutura do país
crescer muito através da construção civil. A inserção social no mercado de
trabalho era grande, havia ritmo de trabalho, pujança econômica e investimentos
nas empresas nacionais. O povo que dignificava a si mesmo era dignificado por
suas lideranças, esse mesmo povo que agora volta a apoiar seu líder maior, como
a única plataforma em que possamos sair da crise institucional e econômica nas
eleições de 2018. Não contava antes da administração petista com tantas escolas
de formação continuada, com vistas a preparar tecnicamente os profissionais de
uma série de ofícios, dando continuidade a um crescimento de igualdade de
oportunidades por aqueles que nunca tiveram acesso a objetos como uma boa TV ou
uma máquina de lavar roupas, por exemplo. Entre outras conquistas
indescritivelmente amigáveis a um processo de socialização não apenas do trabalho,
mas de camaradagem muito mais acentuada na igualdade cidadã entre as gentes.
Sem sombra de dúvidas isso é um fato: O fato.
Continuamente,
grupos escusos como agências de inteligência internacionais, estruturas
corporativas de redes sociais, grupos entreguistas e o apoio intransigente da
mídia local apenas “coisificaram” suas táticas de ação, e vieram a derrubar o
Governo da Presidenta Dilma Rousseff com certa facilidade, mostrando ao mundo
sua própria e agora já estagnada estrutura estratégica dentro de um modal que
podemos agora dissecar com mais calma, para não incorrermos nos erros que
devemos evitar de cometer. Mas na verdade, os conservadores e as elites do país
mostraram seu discurso, sua atuação, onde estavam seus pontos, com quais
agências de inteligência estrangeira mantiveram o controle sobre nossos
“representantes” e como ainda pretendem agir para manietar cada vez mais nossa
nação com suas garras de aço fascistas. Temos que investigar agora com muito
mais tranquilidade as veias desse processo e suas salivas gastas em fracas e
obsoletas argumentações, se quisermos saber em síntese os meios em que podemos
agir e representar o país como defensores patriotas daquele mantendo, sem nos
desorganizarmos, a prática agora necessária. TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI!
Levar certa palavra de ordem é justamente lutar para legalizar a justiça, no
intento de reformarmos a política dentro de uma ordem institucional
juridicamente confiável, acreditando em que o voto de bom comportamento nas
intervenções necessárias ao bom andamento da democracia parta do Sistema
Judiciário, pois é a partir deste, e do encastelamento da República de Curitiba
que talvez haja a pretensão de dar golpes e mais golpes, onde um país da
dimensão continental como o nosso passa a ter que alardear a todas as
instituições de nomeada jurídica do mundo o que pode se passar com uma crise sem
precedentes das democracias mais frágeis, levando-nos a desfechos não dos mais
aceitáveis para o andamento do progresso efetivo de nossas nações, estados e cidades.
A separação
entre rótulos que criamos em tempos anteriores de teor ideológico passa a ter a
profundidade de um diálogo majorado – em substituição – ao que chamávamos antes
o que veio ou vinha de cartilhas enferrujadas pela nova acepção que a indústria
da informação e do entretenimento “cultural” possuem, além de porventura
estarem profundamente entrelaçadas no que chamaremos de espaço tecnológico, ou
“tecnocracia” de vanguarda. Resta sabermos que muito dessa indústria é a
aparelhagem pela aparelhagem, e a ilusão campeia nos olhos daqueles que
resguardaram seus “novos mundos”, trocando a sua própria e monolítica
ignorância pela pequena e efêmera vitória. Em que, depois de vermos com uma
lente de aumento o Hólos, a totalidade, saberemos de uma razão tão irrisória e
cartesiana como a linearidade de suas frases curtas. Ou dos registros de
imagens, ou as brincadeiras de “pesquisar”.
Ao darmos mais
atenção às inteligentes propostas que temos no país, poderemos acompanhar que
dele – ou que a partir desse fato – podemos crescer de dentro para fora, de
modo mais orgânico e não de modo fragmentário, pegando receitinhas aqui e
acolá, de britânicos, franceses ou americanos, pois a ideia de que apenas
cresceremos enquanto profissionais depois de nossas incursões aos países mais
ricos, é justamente a deslealdade da extrema competição de uma sociedade de
mercado que assume que apenas os mais ricos possuem conhecimento real ou
experiência, ou que um juiz pode mandar em um processo ilegal de tomada de
poder. Esse status quo nos faz espelharmo-nos em que não possuímos inteligência
interna, ignorando o fato de que na era LULA-Dilma, o Brasil ombreava de igual
para igual com todas as maiores potências do planeta: não queiram dizer o
contrário, pois os registros da diplomacia mundial reiteram cada vez mais a
verdade, e o importante é sabermos que sendo nacionalistas temos que convir com
isso que a vontade popular se faça, a partir da democracia e poder do voto,
apenas essa é a questão da justiça e igualdade que deve reger uma nação
soberana. De fato!
MATERIALISMO E ILUSÃO
A
matéria nos é dada, porém em termos... Por um exemplo sólido seria vermos em um
livro algo que equacione, ao menos que tentemos ver esse estranho objeto para
muitos algo que se aproxime da produção mais artesanal, em que as editoras
ainda não se aproximaram da tecnologia concludente das mídias digitais. Talvez
não cheguemos a tanto, mas alguns tornam endêmica a verdadeira mania de
contrapor-se a meios antigos com o surgimento caleidoscópico da mídia nova, da
face nova, de uma necessidade não propriamente vital de estarmos conectados
todo o tempo. O conhecimento é de uma pausa importante quanto de estabelecermos
nossos critérios pessoais a uma crítica que vem a galope no modelo atual
econômico que alicerça por vezes falsos insights com o saber especulativo,
caótico, informacional. Uma espécie de vazão cíclica e retro alimentadora, como
um coito quase ininterrupto e frequente, um orgasmo de estímulos e respostas a
que muitos se submetem, e que no entanto não constroem o timing para a compreensão de um único parágrafo. Esse amálgama
líquido e efêmero cria uma sólida matéria que constrói níveis de incompreensão
estimulando a ignorância, dando-se maior abertura a que se forme um tipo de
estrutura hierárquica onde há os esclarecidos e os que vivem na sombra:
obviamente na visão das cavernas em que a ignorância assume esse viés
contemporâneo de burguesia que emerge dos games e outros pressupostos na atual
e real hierarquia da informática, onde quem realmente ganha são os que fabricam
os displays e inventam com suas
robustas equipes os softwares de sistema que muitos são por vezes obrigados a
adotar, nesse gigantismo tecnológico... Vivemos um futurismo que remonta a
Marinetti e outros fascistas da história antes moderna e agora contemporânea. Pois
nem tudo o que “pesquisamos” no computador tem mais validade do que a antiga
biblioteca onde muitos de nossos antigos e bem traduzidos livros não estão mais
disponíveis no sistema informacional, que mantém altos níveis de filtros, como
no exemplo de mediações da wikipedia. Não que seja fundamentalmente uma crítica
que não mereça qualquer crédito, mas justamente algo que nos faça refletir que
a inteligência de uma sociedade qualquer não se pode medir com movimentos
autômatos, mas justamente com as habilidades desenvolvidas pelas mãos em
consonância com o comando cerebral e espiritual – anímico. Pois a digitação nos
transforma em pequenas garras, porquanto um jogo de cartas não deva pertencer
apenas aos mais idosos, e que os escutemos quando falam, pois apreenderemos de
nossa própria raiz cultural.
Não
propriamente falemos de virtudes, mas do que é ou não. Um homem virtuoso pode
dialogar com um suposto não virtuoso, e o diálogo pode pontuar-se como uma anti
resultante de algo esperado, posto quando esperamos o resultado do que vimos em
um filme ou novela... Pode ser algo totalmente diverso enquanto compreensão do
que vemos, ou justamente a noção clara e muito importante de que perdemos
muitas vezes certas palavras na projeção de nossas estimativas, nossos preceitos,
nossos preconceitos. O diálogo passa a ser uma ação. Não importa tanto a imagem
do que vemos, pois está na hora de passarmos a limpo o fato de que uma imagem
digital não obedece os mesmos critérios da espacial. Não há triunfo fora da
dialética espacial, da mesma, temporal, da perceptiva, da alternativa, do
trabalho artesanal na construção de novos processos produtivos: a reeducação
dos meios pessoais e seus recursos humanos. Pode parecer loucura, mas se
quisermos apreender os meios da computação devemos sempre começar com o
hardware, a não ser que a experiência mostre resultados concretos e mais
abrangentes no uso correto e limpo enquanto nada ilusório da tecnologia
informacional. Propriamente não no sentido das informações, mas do escopo
produtivo e da democratização do ensino sobre os computadores nos setores
sociais mais carentes, o que viria a dar uma alavancada sem precedentes nos
rumos de países que necessitam cada vez mais desse pressuposto. Fala-se em
melhorar o nível de vida de uma população, e que não seja discreto, que seja
alto, grande, na idas e vindas, grandes idas, grandes vindas. Não pensarmos que
não temos nada a ensinar e que guardamos as informações que não queremos
compartir, acharmos que possuímos o know
how, o conhecimento, o saber como... Esse saber como é o que é.
Estabelecermos escolas genuínas é buscar melhores dias e, diga-se, a escola e
concretamente o saber como tudo que podemos em um país. Escolas nas cidades e
no campo. Quiçá escolas com economia solidária, cooperativadas, com práticas de
artesanato, de cultivo orgânico, em que a produção gere o caminho de
apropriação popular dos processos produtivos de uma sociedade, seja quando
montamos um brinquedo de madeira, ou pintamos com lápis de cor. Ou como quando
sentimos que poderíamos montar ambulatórios nas favelas, igualmente levando as
escolas para os morros, ou que seja pensar grande demais sobre, mas que as que
já estão firmadas sejam preservadas a todo o custo. Esse diálogo temos que ter
com aqueles que acham que o mundo já está pronto em suas “evoluções”
sistêmicas, e que apenas os países do primeiro mundo possuem a chave para a
ciência e seu desenvolvimento das vanguardas.
Resta
que saibamos que o que para muitos é uma incógnita, para outros que conhecem a
equação, aquela já signifique. O meio computacional não é um fim em si mesmo,
justamente porque a mensagem pode ser tão extensa quanto um livro que se pode
ler sabendo que há fontes alternativas ao processo de expansão do caos ordenado
do controle da informatização enquanto ferramenta de ilusão. Estudarmos essas
questões por vezes um pouco mais complexas só fará sentido se ao mesmo tempo
soubermos traçar a percepção continuada da Natureza: seus veios sua terra, seus
ramos. No voo do pássaro há conhecimento, longe de não afirmar que há bem mais
– em força – do que o lançamento de uma nave no espaço, pois fabricarmos um
pássaro é humanamente impossível.
A VIDA EM UM ÁTOMO
Pudéramos saber mais do infinito da
miudeza do mundo,
Talvez nas suas relações a que chamamos
de partes isoladas
Mas que na verdade convergem em uma
vibração única e ímpar...
Um certo de motor que nos redime ao
conhecermos, que é vento
Nas ruas, de um vento metáfora que o
seja mais do que apenas
O suor de um vulto caminhando pelo
asfalto com suas dúvidas...
Queiram mais, companheiros, queiram
muito, que muito não é
O pouco que por vezes nos tiram ao
querer, mas o que é tudo
É sabermos que nos ensaios da poesia
somos tanto de não dizer!
Nada que remonte certos psicográficos
ensaios, pois a carne
Nos ensina que somos sólidos posto
quando não queremos sofrer
Das causas em que façam do erro seu
maior trunfo em não nos dar.
O mundo é libertação, é deste mundo que
ainda pomos a sonhar
Na vida em que temos esta ainda sempre,
e que nos faz caminhar
Sobre pedras úmidas do orvalho sereno
sobre a dureza de lágrima.
Somos igualmente nossos sentimentos, e
não podemos ser mais
Do que na totalidade pudéramos ser
melhores enquanto o trabalho
De um versa na sua vida o que temos de
sagrado de suas mãos!
Posto um trabalho ser sagrado, essa é a
intenção do mundo,
E o que seja espiritual somos sempre na
vereda de uma luz
Que não entontece por fraquejar, e nos
seduz na Verdade!
E a arte desponta em nossos versos de um
domínio aberto e público
Na semântica em se dizer com letras as
letras que queremos ler
Quando pensam que estamos todos
apascentados em um grande pasto!
Rezemos por tempos melhores, a reza que
vem da reza que prega
Uma atitude solidária nas raízes, pois
só regaremos no fundo delas
Se as camadas da cúpula estiverem
entendendo para que vivemos.
E se não compreendem as camadas lá do
regimental poder de vetos
E escrachos, não saberemos se eles não
capitulam por acharem vil
A mera voz do povo, que todos sabem aqui
e ali que é a voz de Deus!
Este tem a razão em seus átomos, posto a
vida que temos é nossa,
Não é motivo de ceifa em arado mal
resolvido, já que a terra é revolta
Nos seus cunhos, e isso nos deixa
preocupados com uma liderança de barro.
O líder é o átomo, o líder é a formiga,
pois enquanto não soubermos
O respeito que um povo indígena tece por
seus seres
Não saberemos nos portar perante o Deus
da vida!
Torna-se vital o retorno a algumas
origens, o talhe antropológico
Para que compreendamos a relação dos
homens consigo mesmos,
E sabemos da compreensão de um lado, ao
inseto, do outro ao átomo.
Que saibamos de uma grande figueira que
torna-se sempre o patrimônio
E quando pensam que o idealismos louco é
bobagem, é porque não sabem
Que podemos ser lúcidos o suficiente
para argumentar até mesmo assim...
Há espaço ainda suficiente a todos, e
sempre haverá, mas a questão vital
É sabermos que apenas dentro de uma
democracia participativa teremos tal
Quanto saibamos que a justiça exata que
faz um átomo existir é espelho...
O espaço temos que recriá-lo, abrir
fronteiras, seguir os passos do mundo,
Resgatar os povos indígenas de sua
opressão de não terem as terras,
Não permitir jamais que outros se
apossem da Amazônia mais e mais legal.
Se tivermos a coragem de despontar o que
chamam de novo mundo
Em uma crítica ao sistema da robótica
que fecha frentes nos oligopólios
Em que a aproximação tecnológica nos
permita o know how, seremos.
Se não nos permitirmos estudar ciência e
preservar as raízes históricas
Que muitos fazem por perecer em nossas
origens e existências
Não saberemos mais lidar com as
estruturas de nossa identidade nacional.
sábado, 22 de abril de 2017
ENCONTRO COM UM FEITO
Encontrar-se com algo de afeto seria
melhor a pedida
Do que fazermos de um acontecimento algo
feito
Como a se julgar pela encomenda, qual
não fora
O que jamais nos reveste daquilo que
entendemos, engano.
Não há jurisprudência cavalar como dose
de vacina
A que se torna a um gado que evanesce de
perfume
Quando de nós nos perguntamos o
suficiente de tal
A que nos propomos que não somos o tal
suficiente...
Encontramos com um feito, um acontecer
solene
De parecença misteriosa, posto nem
sequer sabemos
De que é a ausente matéria em questão
que nos dista
A que percebemos apenas o seu vestígio e
prova alguma.
No vestígio de uma questão como que
patibular
Qual emenda que nos encerre um soneto
esquecido
Quanto de não merecermos tanto a ser de
nós tolhido
Um progresso que se avizinha sempre por
abaixo da linha.
Do progresso de um fruto que se ressente
de ser colhido
Afora de sua própria estação, no que
saibamos de muito
O que não nos façam esquecer do que já
está no olvido
De todo um leque de fogos fátuos e
propostas afins!
A vida que temos à frente de uma
calmaria pungente
É o mar que não se ressente de saber que
a poesia do vate
Recrudesce no vil, quanto não de se ressentir
de mais
Ao que cresce o bem, quando o mal se
ondeia demais...
Não saberemos nem quando falar na
girante plataforma
Em que colocamos os pés sobre folhas de
cetim em chamas
E não nos queimamos já que o vento tece
a cenografia
De mais um ato em que o jogo de luzes
simula o fogo!
A virar-se uma centopeia de apenas um pé
fincado no estribo
Enquanto que é um cavalo dado a que não
se olha nada
Mal sabendo-se tratarmos de sermos
homens quando sabe
Aquele que encontra por fim os restantes
pés do inseto.
E o moto perpétuo gira com uma manivela
de madeiro
Sensível e bela em seu formato de espada
de barqueiro
Quando sabemos de nosso século mais
esquecido a outros
Que não pretendemos citar quanto de uma
fêmea à janela...
Vai-se um tempo largo, é impossível a
poesia fenecer
Quando pensemos que a camaradagem traz
em seu dorso
Uma flanela de limpar carros e uma moeda
embrulhada no topo
De uma promessa ímpar em que
redescobrimos finalmente o jogo.
À vista de uma coroa de louros dantesca,
que nos valem poetas
Que foram tantos e que por sinal a moda
quiçá acabe pegando
Pelas entranhas não permitidas da
loucura controlada e sana
Neste mesmo jogo em que a anti arte
aposta todas as cartas!
Seguir encontrando feitos pelas vitrines
lotadas da vida
É como sabermos que de tanta vida se nos
nubla o tempo e razão
Quanto de uma dimensão sonante em que a
moeda da flanela
Veste a roupa qual único botão que a
deixa fixa em nosso corpo.
Assim valemos tanto quanto não pesamos o
nosso viés na balança
Em corpos que somos reais e trafegamos
sempre em torno de nós
Que não são os do mar nem os da corda,
posto sejamos outros
Que a menos que nos provem o contrário
somos sempre os mesmos.
A mesma coisa em que nos encontramos com
um outro realizar
É algo que na surdina de nossa
eternidade se encontra com o vento
Que sopra no velame desconstruído de
impulsos eletrônicos
Sem que a grande parte dos viventes se
deem ao menos conta do fato.
Daremos contas exatas de um recado,
quando soubermos a veia
Que se traduz nas entranhas do que nos é
oferecido enquanto chip
Que aliás é uma mui curta palavra que
nos diz quase nada do ser
Quanto a ser algo maior do que tudo o
que sequer uma geração imagina.
Posto o encontro já desencontrado, que a
mulher passou ao poeta
Apenas um olhar em que aquele tece como
um resto de pão
Extremamente irônico quanto de um amor
maravilhoso e claro
Na noite escura da sensaboria e da
desilusão.
Mas que não se vaticine a poesia dessa
forma, que esperamos tanto
Na prosa que não se encaixa, visto a
forma da técnica ser uma
Quanto o amor ainda possível ao olhar
lindo de uma mulher
Sem sabermos se o olhar é de uma linda
ou de uma enjeitada...
Posto que a beleza vem do caráter, e não
adianta sermos desiguais
Na riqueza e na pobreza, já que os
casamentos são ricos e pobres
Mas tem na sua riqueza a postura do
companheirismo que, ainda,
Se possa ver no semblante quase desigual
do casal que se ama.
E se houver alguma espécie de Bastilha a
sorver nosso contentamento,
Que seja de uma grade azul como o tempo,
em que esperamos fortes
A pena abrandar como algo em que se
situa por vezes a existência
E sabermos valorizar com extremo cuidado
o exemplo da liberdade...
Essa é uma questão em que recorremos ao
céu a ver que a Estrela
Não subjuga a Lua, e desta pode se
tornar amiga sincera
Quando toma a ciência de que o Céu é
companheiro experto
E abriga de monta a profundidade única
de todo o Universo!
A JULGAR PELA APARÊNCIA
Não de estar julgado, que não é julgar o
que nos parece tanto
A ver, que de um suposto ser sabemos que
não nos entorpece
Um sentimento de Paz que por vezes não
surja no mundo
Quando carecemos de perdão não
deflagrado pelo bom senso.
Da vida resguardamos o ato, um desejo
que estejamos no prumo
A seres outros consonantes com uma
primavera de escumas
Em que outras ondas venham a compartir
de suas belezas...
Saberemos sempre que compartir
conquistas e vitórias é belo
No sentido do conceito e da razão, mesmo
que todo o mundo
Haja por ressentimentos de ignorar que o
mesmo é social.
As coisas não são a frente de nosso
conhecimento quando postas
Em uma questão de suas aparências algo
desconexas do conhecer
Quando este conhecer não fenece suas
pétalas de rosa incandescente!
Muitos não sabem de onde vêm as tempestades
e os ventos marinhos
Quando apenas sabemos outros que as
ilhas que nos vestem os trajes
Não cabem na aparência algo que remonte
a vazão de nosso ideal.
Seria utópico dizer que o futuro é um
cordão ensartado por Krsna,
Ou que de outros pareceres não nos valha
a questão isolada de um
Quando sabemos que esse mesmo homem não
claudica certezas...
Uma fé que nos mova a frente do abissal
infortúnio das lutas
Quando temos por diante um mundo que não
nos dite outras questões
Que nos apresentam diante dos olhos a
vertente de um mundo aparente.
Se uma equação posta dificuldade se nos
guarda a fronte de luzes
Que estas sejam aquelas que não dispomos
quanto de não sabermos
Nem quem somos, de onde viemos e para
onde vamos no caminho.
Se a vida desponta de um livro sagrado
que não nos comprometam
Os dias que não esperamos sempre no
nosso rogar ao melhor,
Que suplantemos reticentes cordões, ao
que vejamos a Verdade!
De uma sílaba algo convexa de outros
ressentimentos vãos de arreios
Que não passemos a desfilar nossos
entendimentos em esquina
Imprópria pelo destino que não
recolhemos de nossos semblantes.
Busquemos a consonância da Paz, de uma
que não seja a visão parcial
Posto quando a queiramos, que seja de
uma dimensão de colossos
Ao tamanho da mesma fé que por vezes
negamos por ausência ou dolo.
Vestir uma roupa que não sabemos qual
seja, em todos os modais,
Se passa ser um figurino onde nossas
atuações não sejam apenas o teatro
Em que não passemos na virtude de nossas
linhas a voz que cabe em intenção.
Não que seja aparentar algo de monta,
mas que na superfície de cristal
Saibamos que um varal de cordel nos
conta a história de todo um povo
Que sabemos que sabe do que seja melhor
para si e para seus iguais!
quinta-feira, 20 de abril de 2017
O LAUREL QUE NÃO SE DÊ, ATÉ AÍ TUDO BEM, MAS A HIPOCRISIA DADA DE GRAÇA, ÀS FAVAS SEM CONTAGEM, SOBRA A DESAVENÇA, E AÍ A KALI YUGA IMPERA, BROTHERS, SEM CAUSA, SEM MOTIVO, MAIS TRABALHO, MAIS COAÇÃO, E A CRIMINALIDADE PASSA A CAMPEAR EM UM PAÍS EM QUE UM DEPUTADO FEDERAL, EM SUA MAIORIA, É IGUALMENTE CRIMINOSO.
quarta-feira, 19 de abril de 2017
DIÁLOGO EM UM LUGAR
Disséramos
um ao outro que não nos encontraríamos mais, mas Adele queria um minuto de
conversa, apenas, mesmo que haveria uma motivação em nos encontrarmos, apesar
de tudo. Segui, passei a padaria, havia um café, ou outra padaria, o que dá no
mesmo, e o café era bem tirado. Encontrei-a na praça em frente e eu igualmente
gostava daquele lugar. Acenei com o braço e ela ficou me esperando, peguei dois
cafés para levar e me sentei ao seu lado. Os pombos e alguns outros seres nos
teciam companhia...
-
Jonatha, eu não esperava que você tivesse o "altruísmo" em descartar-me daquele
jeito no face, como você me bloqueou, eu realmente não imaginava, e agora essa
ideia de me ligar no telefone, como se este fosse agora de seu domínio. –
Falou-me ela, olhando para os lados, com um semblante angustiado, como quem
procura uma defesa qualquer, como quem acha que foi desprezada, pensava eu.
-
Sinto-me só, linda. Ao mesmo tempo quero estar, pois assim creio-me estar
acompanhado em uma fase de introspecção que me encontro.
-
Sei, mas no face...
-
Percebe, o face?... Não quero estar acompanhado desse estranho protocolo de
visitações.
-
Mas veja, Jonatha, os tempos são outros e você tem que sair da casa dos enta, já pronunciados, no mínimo para se
virar melhor com a modernidade. Podemos nos comunicar...!
-
Sinto lhe dizer, Adele, mas nossos encontros são quase sempre virtuais...
-
Um minuto...
Ambos
não desligáramos nossos celulares. Cantavam estes em sons reconhecidos, que o
dela tocara, e ela passou a dedilhar o aparelho atenta, pois certamente o que
tinha a falar comigo era um caso de posse, uma amizade algo passível de ser
outra coisa. Era redundância tentar convencer uma engrenagem a parar através de
uma minúscula rodinha. Não havia como: eu estava errado. Sabíamos ambos quiçá
de outras verdades, mas estas seriam tão efêmeras, pois todos ou quase todos os
lugares já estavam inundados da inovação e de um desprendimento tal que tolhia
qualquer ato reflexo de rebeldia, neste caso, aparentemente sem causa. Em uma
verdade aparente, as vitrines estavam dentro da rede, e por fora não nos
olhávamos para dentro. Éramos outros que circunvagávamos em regiões distantes,
quando muitos – felizmente – redescobriam os livros, os excertos literários, o
aprofundamento filosófico, ou mesmo o desenho em se desenhar para redescobrir o
mundo, assim pensava eu nos hábitos que adquirira e que não obstante verificava
em muitos outros que já surgiam no panorama global. Olhei para ela, pedi que
desligasse o aparelho, no que consentiu:
-
Meu caro, sei que pensas muito sobre tudo isso, mas depois que passei a morar
com o meu pai enfermo, sinto a companhia deste trocinho que recusas dessa forma, e que na verdade me faz pensar
menos. Eu não sou artista e nunca fui, enfrento o turno na firma e cumpro meus
horários. Não sou social, se me entendes...
-
Sei. Na verdade procuro... Bem, na minha solidão...
-
Basta de falar que estás sozinho, isso é condição sua, pessoal, e nada posso
fazer! Você é menos social que eu e faz apologia de ser auto-suficiente, lhe
falta na verdade uma falsa vergonha que não possuis, uma face melhor de se
encontrar consigo mesmo, ou está obsessivo com algo, transtornado, louco ou sei
mais o que.
Não
havia convencimento de qualquer lado. No fundo, ambos achávamos que o mundo
estava insano, e que seríamos quase um espelhamento disso. Olhei firme para ela
e disse:
-
Adele, engraçado, eu não sei se acontece com você, mas me sinto mais inteiro quiçá
do que grande parte de uma gente que não conheço muito, talvez pela minha ainda
inexperiência existencial apesar dos meu cinquenta e quatro anos. Somos
adultos, obviamente, mas não vejo nos filmes a palavra final. Gosto das
religiões, e mais ainda daquelas que superlativam o que nos cerca, como a
Natureza. Sei que moramos em uma selva de pedra, esta cidade é imensa e o
trânsito está caótico. Sei igualmente estar errado em uma postura muito crítica
em relação à tecnologia pois, apesar de tudo, conheço o funcionamento da
computação até bem demais, pois sou de uma geração que acompanhou a fase do
início dela em nossas vidas. O que quero dizer de mais inteiro é que agora,
depois de tantos acertos, tantos erros, sinto melhor o meu corpo, sinto que é
animado por algo, uma alma. Por isso não fixo muito meu olhar sobre as teles,
visto que gosto de ler minhas literaturas e à noite me debruço sobre a transcendência
espiritual, que passou a ser a minha razão de viver. A ponto de encontrar o
maior prazer que jamais tive nessa questão, pessoal. Ou seja, em poucas
palavras, a vida sexual não me atrai mais do que a vida espiritual. Não digo
que nisso encontre algum dilema, pois realmente há o dilema.. Trazer alguém à
tona como fiz comigo mesmo não é muito fácil, e realmente porto uma ausência
continuada a que não seja o serviço a Krsna, a chamada bhakti yoga, o serviço
transcendental a Deus, que é o Todo Atrativo, que passa para mim a se chamar
Krsna, o mesmo de todos. Essa é a minha motivação em existir, não cumpro
regulamentos espirituais, pois existir para mim é todo o meu serviço a Ele,
esse Ser Supremo. Afora isso, Adele, estou crítico com relação à ilusão, Maya,
esse encantamento que a matéria oferece em seus modais mais variados, desde um
filme até um gesto que supomos sincero, mas que se reveste por vezes de um
esforço continuado para nos envolver em algo não necessário. Pode passar a me
ver como um homem sincero, mas veja também que sou um devoto, ou pelo menos
tento criar meu caminho desse modo, pois navegar no oceano material sempre é um
pouco complexo no mundo em que estamos, na Era de Ferro. Mas não se ressintas,
que eu seja é o importante, e não me considero superior nem a uma formiga, pois
essa atma, esse espírito também está no processo...
Adele
me olhou com carinho. Seu olhar me parecia perdoar-me, pois sabia que alguém
lhe falava, ou ao menos tentava, as palavras que gostasse. Esse perdoar era a
fagulha do encantamento de dois, um encontro de duas circunstâncias, dois
caminhos, era a partir daí o próprio encontro, pois do que houvera falado, eu
talvez tivesse obtido a resposta, quiçá de um período apenas. Bastava ser
sincero. Bastava que nos falássemos de amor, pois, de um amor gigante, que
supera, que constrói. O mundo era lindo. Se eu sentia meu corpo, ela também
sentiria o seu. Daríamos ao tempo o seu próprio tempo... Assim construímos uma
senda profunda, um sentimento pelo Criador unidos por palavras, por um diálogo,
por querermos viver com mais autonomia diante de tudo. A amizade perdurou e
perdura até hoje.
terça-feira, 18 de abril de 2017
CARECEMOS DA IGUALDADE
Começarmos
a escrever por algo que tenha a ver com o magnetismo pode ser algo de campos
elétricos, das personalidades que se atraem, dos polos da Terra, ou mesmo da
imantada razão que nos leva a escrever, principalmente se sabemos que verte a
luz de algum lugar, pela outra razão que por vezes desconhecemos, e que começa
na dúvida. Os trabalhos que se refiram a algo concreto como uma linha de
montagem, por exemplo, veem na manufatura algo de um futuro de robôs, como são
muitas as máquinas que aram para grandes colheitas, e os pesticidas revestem os
alimentos, e os robôs não precisam comer... Uma apropriação talvez indevida,
pois o capital para comprar esses insumos hão de ser muito altos, e resta saber
se podemos continuar a fazer de outros países proprietários do solo pátrio
brasileiro nas questões cruciais e estratégias de como a produção pode afetar
cada vez mais o andamento dos braços laborais no sistema em que vivemos, onde a
lei de mercado é por si o código que afasta a igualdade que deve ser latente e
fundamental entre os povos. O que imanta não apenas de solidariedade – esta
palavra que contraria a competição inglória – os trabalhadores, como evita que
os mesmos atuem no cenário social ocultando seus conhecimentos para que outros
não ascendam socialmente nos cargos e carreiras conveniados com as empresas.
Conforme alguns
anos atrás, mais propriamente no Governo LULA, vimos a infraestrutura do país
crescer muito através da construção civil. A inserção social no mercado de
trabalho era grande, havia ritmo de trabalho, pujança econômica e investimentos
nas empresas nacionais. O povo que dignificava a si mesmo era dignificado por
suas lideranças, esse mesmo povo que agora volta a apoiar seu líder maior, como
a única plataforma em que possamos sair da crise institucional e econômica nas
eleições de 2018. Não contava antes da administração petista com tantas escolas
de formação continuada, com vistas a preparar tecnicamente os profissionais de
uma série de ofícios, dando continuidade a um crescimento de igualdade de
oportunidades por aqueles que nunca tiveram acesso a objetos como uma boa TV ou
uma máquina de lavar roupas, por exemplo. Entre outras conquistas
indescritivelmente amigáveis a um processo de socialização não apenas do trabalho,
mas de camaradagem muito mais acentuada na igualdade cidadã entre as gentes.
Sem sombra de dúvidas isso é um fato: O fato.
Continuamente,
grupos escusos como agências de inteligência internacionais, estruturas
corporativas de redes sociais, grupos entreguistas e o apoio intransigente da
mídia local apenas “coisificaram” suas táticas de ação, e vieram a derrubar o
Governo da Presidenta Dilma Rousseff com certa facilidade, mostrando ao mundo
sua própria e agora já estagnada estrutura estratégica dentro de um modal que
podemos agora dissecar com mais calma, para não incorrermos nos erros que
devemos evitar de cometer. Mas na verdade, os conservadores e as elites do país
mostraram seu discurso, sua atuação, onde estavam seus pontos, com quais
agências de inteligência estrangeira mantiveram o controle sobre nossos
“representantes” e como ainda pretendem agir para manietar cada vez mais nossa
nação com suas garras de aço fascistas. Temos que investigar agora com muito
mais tranquilidade as veias desse processo e suas salivas gastas em fracas e
obsoletas argumentações, se quisermos saber em síntese os meios em que podemos
agir e representar o país como defensores patriotas daquele mantendo, sem nos
desorganizarmos, a prática agora necessária. TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI!
Levar certa palavra de ordem é justamente lutar para legalizar a justiça, no
intento de reformarmos a política dentro de uma ordem institucional
juridicamente confiável, acreditando em que o voto de bom comportamento nas
intervenções necessárias ao bom andamento da democracia parta do Sistema
Judiciário, pois é a partir deste, e do encastelamento da República de Curitiba
que talvez haja a pretensão de dar golpes e mais golpes, onde um país da
dimensão continental como o nosso passa a ter que alardear a todas as
instituições de nomeada jurídica do mundo o que pode se passar com uma crise sem
precedentes das democracias mais frágeis, levando-nos a desfechos não dos mais
aceitáveis para o andamento do progresso efetivo de nossas nações, estados e cidades.
A separação
entre rótulos que criamos em tempos anteriores de teor ideológico passa a ter a
profundidade de um diálogo majorado – em substituição – ao que chamávamos antes
o que veio ou vinha de cartilhas enferrujadas pela nova acepção que a indústria
da informação e do entretenimento “cultural” possuem, além de porventura
estarem profundamente entrelaçadas no que chamaremos de espaço tecnológico, ou
“tecnocracia” de vanguarda. Resta sabermos que muito dessa indústria é a
aparelhagem pela aparelhagem, e a ilusão campeia nos olhos daqueles que
resguardaram seus “novos mundos”, trocando a sua própria e monolítica
ignorância pela pequena e efêmera vitória. Em que, depois de vermos com uma
lente de aumento o Hólos, a totalidade, saberemos de uma razão tão irrisória e
cartesiana como a linearidade de sua frases curtas. Ou dos registros de
imagens, ou as brincadeiras de “pesquisar”.
Ao darmos mais
atenção às inteligentes propostas que temos no país, poderemos acompanhar que
dele – ou que a partir desse fato – podemos crescer de dentro para fora, de
modo mais orgânico e não de modo fragmentário, pegando receitinhas aqui e
acolá, de britânicos, franceses ou americanos, pois a ideia de que apenas
cresceremos enquanto profissionais depois de nossas incursões aos países mais
ricos, é justamente a deslealdade da extrema competição de uma sociedade de
mercado que assume que apenas os mais ricos possuem conhecimento real ou
experiência, ou que um juiz pode mandar em um processo ilegal de tomada de
poder. Esse status quo nos faz espelharmo-nos em que não possuímos inteligência
interna, ignorando o fato de que na era LULA-Dilma, o Brasil ombreava de igual
para igual com todas as maiores potências do planeta: não queiram dizer o
contrário, pois os registros da diplomacia mundial reiteram cada vez mais a
verdade, e o importante é sabermos que sendo nacionalistas temos que convir com
isso que a vontade popular se faça, a partir da democracia e poder do voto,
apena essa é a questão da justiça e igualdade que deve reger uma nação
soberana. De fato!
FOLHAS DE UM PAPEL
Quem
sabe algumas folhas encontradas em um banco na orla da praia revelasse mais do
que aqueles garranchos em um tipo de literatura a se decifrar. E se fosse um
aprofundamento filosófico: quiçá um tesouro encontrado em meio de caminhos, a
quem houvera a própria felicidade do ato, do encontro. Que tipo de filosofia
podia haver na mundana face de alguém anônimo? Seria um poeta ou um filósofo?
Seria algo mais do que um apanhado de pensamentos? Se fosse um apanhado quem
sabe saberia mais da própria filosofia, ali, no banco, um acesso, quem sabe, a
uma luz, dessas que não necessariamente encontramos nos postes. Talvez aquele
pequenos “quase” documentos revelassem
uma vida de motivações intelectivas no sentido de buscarmos, a se falar
no genérico da questão, o diálogo – que por vezes não encontramos na
perspectiva que esperamos da sociedade – espelhado na intenção pétrea de uma
boa vontade em buscar contribuir com algo positivo para um melhor andamento
existencial e pragmático nesse sistema em que vivemos de homens, mulheres,
filhos, mães, parceiros, e tudo o que tenha por direito em vivermos nesses
mesmos direitos em que já estamos carecas de saber que são sem tempo de
conquistas no seio das sociedades do mundo. Essas tentativas insólitas porém
efetivamente reais de tentarem tolher ao conhecimento palavras ou textos de
quem não fez alguma espécie de preparação acadêmica, apenas veste de um rumor
de que por vezes a efetividade mais concreta passa por aqueles que por
experiência de vida podem saber igualmente muito: de um conhecimento quiçá mais
palpável, por vezes, pontuado por um diálogo que temos por insistir que o
façamos cada vez mais e melhor, pois há homens ou mulheres que são pivôs, que
estão no mundo para mudar para melhor questões muitas vezes estruturais no dia
a dia do cotidiano. Justo, pois não se limpa uma baía se não houver
reestruturação de todo um saneamento, como não se conclui mandatos tampando
buracos, no orçamento de uma prefeitura se houve promessas diretamente
vinculadas aos resultados eletivos.
Pois
bem, no maço de papéis encontrados que façamos uma metáfora, em que o papel
escrito se transmutasse simbolicamente em períodos concatenados, assertivas
lógicas, esteio filosófico e vontade política para mudanças, pois na verdade,
mesmo que não queiramos, estamos inundados de má política, ou da mesma
política, de manobras de cunho político, de agora uma ausência ideológica, do
fisiologismo, tudo isso ao vivo e a cores diuturnamente para quem se informa.
De quem vem o dinheiro? Que capital é esse que gera os poderes insanos, se não
a própria forma, se os auxílios que pagam deputados são mais em valores do que
se paga a guarda militar dos capixabas? É esse o país que queremos, que gera
mortes por questões de uma justa paralização, no sentido de sabermos que o caos
gerado neste país e no resto do mundo é justamente a concentração excessiva das
riquezas nas mãos de poucos? É todo um povo que sai de suas órbitas, não apenas
os saqueadores de super-mercados, mas igualmente os ladrões do Congresso
Nacional que saqueiam nosso ética de quem nem imaginava quando foi às ruas como
que ficaríamos nessa crise sem par: em nosso coração da América, em nosso
Brasil.
As
folhas seriam amassadas, talvez por muitos que estiveram nas ruas protestando e
não queiram ver que as coisas estão mais difíceis de gerenciar nos lugares mais
periféricos de nosso país, e aqueles trabalhadores que estão se submetendo a
variadas pressões veem que a falta de sua própria capacidade de pensar, tolhida
pelo esforço do trabalho, não se revela pelo cansaço, pela exaustão em
prosseguir lutando por melhores dias, tendo a esperança tolhida em seus
mananciais exauridos por um tipo de seca em que passam a não encontrar sequer
um exemplo de administrador, em qualquer esfera governamental, haja vista essa
situação pós golpe estar solidamente em alicerces tíbios de um procedimento
ético cada vez mais raro. Essa ausência da ética, dos Direitos já consagrados,
da venalidade em rasgarem uma constituição lapidada em 88 a duro processo de mudança
em nossa incipiente democracia pós ditadura, nos ameaça em que voltemos a um
tipo de idade média ao estilo da casa grande, em que o sectarismo passa a
voltar a afetar as populações vulneráveis, não lhe dando condições nem
oportunidades de escape desse triste status quo.
Passa-se
a ser vital a democratização das opiniões, diálogos e debates, sem a necessária
condição de sofrermos a imposição de hierarquias fechadas porquanto seres
cidadãos que temos que cumprir o nosso dever de unir o país em fecundas
propostas, em que porventura que não se aventure muito aquele que não
compreende muito, mesmo fazendo parte de uma sólida vida acadêmica, um
parágrafo mais complexo. Resta que o leia com mais cuidado sem necessariamente
fazer dele uma leitura de seus vocábulos que lhe deem aparentemente chaves de
como se deva enquadrar a leitura que passou a não compreender em seu sentido
lato, em uma espécie de uso investigativo ao viés, quando não possui a
abrangência de saber que uma palavra significa muito em diversos contextos, e
que não será uma reunião de vocábulos reunidos através de um fraco treinamento
acadêmico que traçará algum perfil. Justamente o ato de traçar perfis não
condiz com o plano estratégico de sermos patriotas na língua pátria brasileira.
Não adianta depositarmos muita fé em gadgets que aparentemente nos auxiliam na
obtenção de informações, em uma linearidade de leitura que mais parece uma
aferição de uma conta de luz, do que presencialmente conhecermos, olhar o
olhar, com humanismo, que não somos um apanhado de informações, porém seres
humanos que podem ser úteis – repito – na União de todo um país, em se tratando
principalmente nas bases de trabalhadores, o pequeno grande detalhe de que são
a parte honesta da sociedade. Essa é uma questão tão ampla que abre todas as
frentes de uma compreensão a respeito da seara fértil de um trabalho solidário
em momentos como o que vivemos em nosso país, em que as forças que aglutinem
pequenos archotes de duas ou mais pessoas torna-se viral nas ruas, no gesto, na
semântica de um livro de papel, na importância clássica de usarmos os gadgets
para o essencial, de não perdermos tempo com um crescimento exacerbado de egos
que nos obscureçam dimensões factuais, e certamente a presença indiscutível da
boa literatura, boa poesia, boa letra, boa filosofia...
Os
papéis em garranchos encontrados no banco foram recolhidos pela varredora das
ruas, mas não jogou-os no lixo, pois havia esquecido em seus apontamentos da
pausa de um cigarro, e guardou-os silenciosa e ternamente no seu bolso, pois
haveria de escrever muito mais em seu computador conquistado a duras penas,
escrevendo para muitos que dela participam, que sabem dos pássaros marinhos que
a acompanham, e sabem que um varredor sincero não é invisível aos olhos. É um
trabalho que torna a companhia das ruas algo a ser desfrutado com a riqueza de
uma longa amizade pela vida em sociedade!
O MUNDO EM UM TIJOLO
Sabe-se
que não é fácil, quando passamos por uma rua, nos atermos na realidade obreira
dos tijolos. A importância supra de um tijolo. É como a mão que o assenta na
linha das fieiras, no prumo, no que constrói aqui, no recorte das janelas que
vertem o cenário futuro e na consciência que a arquitetura só é possível com o
operário. A sociedade devia respeitar tanto o cidadão que ergue uma casa, como
aquele que habita a mesma sem reparar por vezes em como é imensa a construção,
e como fabricar um tijolo revela a grandeza da terra que temos sob nossos
pés... Essa é uma modalidade de fé esquecida, relegada, como tantos são os
trabalhadores do mundo ignorados em sua grandeza em que estejam nas ruas, nos
caminhos, arando, escrevendo – quiçá –, defendendo seguros nos seus propósitos.
Saberemos mais quando estivermos aptos a compreender a importância de plasmar
nossas vidas com o conhecimento que por vezes nos falta, ou apenas a
sensibilidade de sabermos que aquele que quer o trabalho o sabe, por
determinação e valor. E por sentimento e honra.
Se
fossemos considerar apenas o tijolo, o mundo que o cerca tem a dignidade do
trabalho que plasma um lar e em seu curso a finalidade de um processo que cria
ao ser humano as condições de ter sua moradia. Não se esqueçam do Governo
Popular de qualquer país, pois o que foi feito para o povo este não esquece
jamais. Digamos que o trabalhador ergue três fieiras, e que a família da casa
de sua vida encontrou a obra em andamento, e ergueu na prática do tijolo suas
esperanças, e conheceu os peões, e conheceu as peças... Surgem as horas do
recebimento das chaves, e daí em diante movem-se por vezes com uma felicidade
que não tem similar em qualquer panorama que não seja a história de uma
aplicação de um bom Governo. Há que se saber disso, e talvez tenham que ao
menos tentar sentir a empatia com a construção de uma sociedade mais justa
socialmente, e que isso passe a residir na cabeça daqueles que não dependem ou
dependeram desse benefício, pois não passaram nunca por qualquer carestia ou
dificuldades. Pois aqueles que percebem o mundo como algo maravilhoso em sua
totalidade, em que brilham estrelas maiores do conhecimento possível e livre
devem saber que a justiça com dignidade social é a única coisa que permite essa
indivisível liberdade. Só existe a libertação de um ser humano, seja de que
paradigma for, se este estiver no modo da bondade, ou seja, querer o melhor
para aquele que está necessitado, e entrar em um processo de tentar mudar o seu
modo de atuação no mundo, arrependendo-se do egoísmo que leva de roldão todo o
progresso social, que conseguimos historicamente por vezes com tantas
dificuldades e, agora, como que paradoxalmente, nos obrigam a aprender apenas a
inversão dessa realidade conquistada. A vida pode ser contada mesmo quando
somos muito jovens, e é no caráter da juventude que deixamos aflorar nos ideais
de nosso peito, mesmo quando mais maduros. Recontar enquanto flor nascente e
eterna, que as estrelas que deixamos de usar em nossas vestes apenas estão nos
céus esperando a hora de retornar...
É
a história de um tijolo ao menos, solitário! Com a esperança que refulge a cada
segundo, pois quando a barbárie está exposta querendo se impor, é daí que
podemos observar com mais clareza que muitos e muitos tijolos já cobertos com
suas telhas estão em outros ou em muitos lugares dentro e fora de nós mesmos. É
nessa condição existencial que devemos tomar a consciência do quanto já foi
construído, e que as instituições do regresso não sabem ao certo quais são os
tijolos que devem contestar: seria maravilhosamente correto dizer que aqueles
mesmos pedaços de barro cozido em sua mescla maravilhosa de técnica e trabalho
fazem parte da grande massa do povo brasileiro.
domingo, 16 de abril de 2017
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