Sólida
a solidão que assombra uma alma que não prediz mais do que o tudo
Em
que estamos na alfombra de uma outra vida que por vezes não a queremos
Mas
que entorna na mesma vida o olhar consonante das esperanças...
De
se vergar um ramo, saibamos que o ramo assume sua posição em meio ao céu
Na
mesma ordem em que o sol brilha sempre nos lados em que as terras estão.
Da
poesia que reverbere a alma outra que segue caminhante pelas plagas do ocaso
Quando
se apercebe de vultos que se nos passam com toda uma parafernália
Que
pinta outros tons de semânticas dissonantes na música em que empanzinamos.
Há
do que o alimento, no alimentar se possa, a que comamos do pão de Cristo
Quando
nos apercebamos que é o mesmo pão que falta na mesa das tragédias...
Seria
dizer muito o dizer algo que não remanesce no olhar de um homem
Quando
desfia as pétalas de um prazer inexistente no sexo que transuda
O
mesmo olhar que trai a verve de sua poesia na promessa vã da experiência?
Não
nos apercebamos muito, mas o tempo eterno faz soçobrar algum prazer
Enquanto
ergue profeticamente a esteira de uma tecnologia que soçobra nos dias.
Se
não houvesse saída, saibam que a poesia verte do mesmo sangue do poeta
Quando
embebe de sua pena o líquido sagrado que apenas valoriza algum ato
No
porvir de significados outros que não o sejam aqueles de platôs vazios!
No
dizer-se há algo de sofrimento, algo que coaduna com os povos de fora,
Algo
que não remonta nosso outro sofrer que existe na vida dos que pulsam...
Há
fato no planeta, o planeta possui fardos, mas certamente são os que impingem
O
próprio sofrer daqueles que não pediram por nada que o fosse de injusto,
Posto
a injustiça que assola desde um país a uma Presidenta revela o amargo.
Desses
sabores passageiros na história que não se conta, na Verdade do mundo,
Na
Verdade das nações, na vida que não olvida que há e a temos na coragem...
Posto
a mesma coragem ser relativizada no esquecimento de erros passados
Quando
a própria esquerda que se revelou na dissenção partidária assumiu
A
trajetória da intolerância pela questão do poder em deposição por via armada.
Saibam
que na verdade a própria burguesia nada esclarecida se debruça
Sobre
cartuchos estudantis de demandas outras que não sejam abdicar do povo
Quando
este não demonstra interesse, a que não vê nenhum romantismo
Em
achar que estar partícipe é participar de um movimento enviesado do conflito.
Há
que se remir a história, posto a palavra companheiro tem seu óbice no lacre
Desde
quando se começou a teórica prática das concessões, até a postura
Em
que nos erros queremos consertar uma realidade já imposta e dura
Mas
que em outros erros repetidos e crassos pode levar à um trágico desfecho.
Seguir
agora é observar e estudar o mesmo movimento em que se lamenta
Na
imposição de forças, mas que na realidade é falta de aprumar os conceitos
E
verificar na história como surgiu a base partidária em que a chamada luta
Tenha
que passar irrevogavelmente nas fileiras de uma pretensa resistência...
O
que se resiste é de resistir anônimo por vezes, resistir a que não poluam mais,
Resistir
a que parem de queimar florestas, a que abdiquemos do ridículo face,
Pois
nos instrumentalizarmos com a mesma paródia da farsa imposta pelo sistema
É
o mesmo verbo que jamais conheceremos, já que não apreendemos o latim.
Pesquem
o merecimento de algo mais inusitado, pois os tambores que encaminham
A
presença que nos querem na rua para um protesto já anacrônico
Não
tocam o samba de Cartola que gostaríamos que a juventude conhecesse
Na
sua perceptiva vertente de acharem que o golpe está verdadeiramente
questionado.
Posto
questionem mais e melhor, que estudem sem se embriagar das ilusões,
Que
sejam mais disciplinados que muitos bravos militares que servem o país,
Enfrentando
rotinas duras por um treinamento em que muitos não querem
A
ver que agora a pressão não cabe mais sem cair no ostracismo de um self de ego.
Saibam
da vida de muitos, saibam que não teremos mais condições de mudar nada
Que
não seja a única questão que cabe a um cidadão em sua participação
Quando
demanda de sua consciência poder expor o erro crasso da previsibilidade
Em
que a história, mesmo dentro das carapuças cabais, não deve ser repetida
jamais!
Ao
longo da própria história, pensemos que nossa reação em irmos nos expressar
Deva
pensar que merece a mais ampla consideração a respeito o fato de que um dito
Possa
merecer uma piada qualquer, que a arte poderia ser o berço de resistência,
Sabermos
que dentro do celular não está propriamente todo o caminho...
Posto
que saibam que o manifestar está oculto pelas lentes, não superlativemos
Algo
que soa de uma ocasião propícia, mas que devemos pensar seriamente
Que
se estamos enfrentando nossos próprios conflitos de informação
Saibam
que quem as detém tecem os teatros conosco virados marionetes.
Não
se trata de sabermos quem ganha, se estamos em um tipo de contenda,
Quantos
golpes um negro, um homossexual, ou o que é pior, um enfermo mental
Já
sofreram nas sociedades de estigmas e intolerâncias étnicas, já que a crise
Nunca
foi econômica, mas ética, moral, espiritual, material e institucional.
Na
razão direta a econômica derruba um governo latino-americano
Quando
ao menor surgimento de uma política arejada para o seu povo
Usarão
sempre a ferramenta do intraduzível economês anti verbo popular
Para
que nos manipulem nas notícias e que, pobres, migremos ao global...
Nas
historietas novelescas sabemos que parece que vemos bem a TV,
E
aí somos povo, não somos intelectuais ou parte da burguesia,
Posto
sermos a tradução cultural de toda uma veia da nação
E
se, anteriormente, qualquer partido tenha se acovardado em enfrentar
Não
deveria ter ampliado de tal forma as concessões, posto vítima
De
circunstâncias golpistas pela mesma cultura padronizada
Em
que aqueles que já se habituaram a ver a cultura da globo
Por
vezes migram para a outra emissora gigante e seus heróis bíblicos:
Os
detalhes que sempre negarão um questionamento cultural amplo
Posto
serem esses os gigantescos blocos do vício da civilização brasileira.
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