Não teceríamos uma crítica rara,
posto rara não ser a crítica, mas a ausência de seu aprofundamento, por vezes.
O pensamento, feito quase um retalho em algumas contradições inerentes à
própria percepção dos fatos, por suposições algo fragmentárias, pode igualmente
abordar em seus recortes a construção por contiguidade da relação filosófica da
humanidade. Assim, de dizer, como em uma proposição que permanece secundária em
termos de posição, a sabermos que as posições de uma ideia muitas vezes não
encontram necessariamente seus pressupostos lógicos, quanto mais queremos sair
ao encontro de palavras que possam constituir alguns alicerces de nossas existências.
Resta sabermos ou pelo menos contarmos com o fato de que muitas são as palavras
que traduzem nossos cotidianos, e por vezes sem conta abraçamos posturas que
reiteram verdades equivocadas, posto a história tenha sido filtrada em seus
aspectos concretos dentro de risíveis parcialidades. Um fato de relevo passa visceralmente
ligado à educação pré escolar, ou seja, como as crianças vivenciam um conforto
no mais das vezes paradoxal antes do ingresso às cadeiras escolares, em um
processo de adaptação em vetores de uma questão a outra, em um diálogo por
vezes inexistente entre os educadores pais e os educadores professores. Faltam
palavras, falta-se o diálogo, na imanente forma de que os processos produtivos
na sociedade e a competição algo desmesurada e injusta em termos proporcionais
às sociedades talha as trocas nem sempre amistosas na relação fundamental entre
esses dois grupos sociais, que acabam por mesclar atitudes isentas de
coerência. Essas mesclas que traduzem a realidade, em que os professores são
pais, em que os pais são pobres, em que outras escolas possuem benefícios
distintos, em uma espécie de desmerecimento progressivo das instituições
públicas do ensino neste país.
Na verdade, seria bom apostarmos em
uma educação esmerada como um todo, em que as oportunidades e o acesso às novas
tecnologias agreguem um conhecimento, mas que se dê igualmente a oportunidade
universal para que os professores compartam o seu conhecimento de forma livre e
igualmente paritária em termos de aprofundamentos das matérias, mesmo que para
isso, em muitos lugares mais toscos, haja a importância mesma do improviso e de
seus recursos humanos. O simples improviso de educar com a diversidade
necessária da cultura de cada lugar, uma região, um estado, cidade, bairro,
aldeia. De qualquer modo, cremos que o mundo e seus rincões esparsos estejam
globalizados. Isso talvez seja um fato de relevo, mas a questão é sabermos que
lugares estão assim de tal modo tão globalizados e de que modo a questão do
planeta, assaz relevante, por sua conta, influi realmente, se há mais
veracidade na eletrônica ou em uma batata, e quais são as suas reações
piramidais, a pontuação, suas integrações e relações com todo o processo
produtivo de um alimento. Isso versa a um conteúdo que poderia soar mais
familiar, literalmente, posto questão importante a ser abraçada na compreensão
de um núcleo familiar, enquanto – independente de posição social – parte importante
de todo esse processo. Uma fala qualquer que pesponta de um ser cidadão, e esse
é apenas um espelho tácito de um desejo de que pensemos sempre a respeito do
ABC das relações sociais e suas prerrogativas para que possamos construir a
história de modo transparente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário