terça-feira, 27 de setembro de 2016

O ABC DA HUMANIDADE

            Não teceríamos uma crítica rara, posto rara não ser a crítica, mas a ausência de seu aprofundamento, por vezes. O pensamento, feito quase um retalho em algumas contradições inerentes à própria percepção dos fatos, por suposições algo fragmentárias, pode igualmente abordar em seus recortes a construção por contiguidade da relação filosófica da humanidade. Assim, de dizer, como em uma proposição que permanece secundária em termos de posição, a sabermos que as posições de uma ideia muitas vezes não encontram necessariamente seus pressupostos lógicos, quanto mais queremos sair ao encontro de palavras que possam constituir alguns alicerces de nossas existências. Resta sabermos ou pelo menos contarmos com o fato de que muitas são as palavras que traduzem nossos cotidianos, e por vezes sem conta abraçamos posturas que reiteram verdades equivocadas, posto a história tenha sido filtrada em seus aspectos concretos dentro de risíveis parcialidades. Um fato de relevo passa visceralmente ligado à educação pré escolar, ou seja, como as crianças vivenciam um conforto no mais das vezes paradoxal antes do ingresso às cadeiras escolares, em um processo de adaptação em vetores de uma questão a outra, em um diálogo por vezes inexistente entre os educadores pais e os educadores professores. Faltam palavras, falta-se o diálogo, na imanente forma de que os processos produtivos na sociedade e a competição algo desmesurada e injusta em termos proporcionais às sociedades talha as trocas nem sempre amistosas na relação fundamental entre esses dois grupos sociais, que acabam por mesclar atitudes isentas de coerência. Essas mesclas que traduzem a realidade, em que os professores são pais, em que os pais são pobres, em que outras escolas possuem benefícios distintos, em uma espécie de desmerecimento progressivo das instituições públicas do ensino neste país.
            Na verdade, seria bom apostarmos em uma educação esmerada como um todo, em que as oportunidades e o acesso às novas tecnologias agreguem um conhecimento, mas que se dê igualmente a oportunidade universal para que os professores compartam o seu conhecimento de forma livre e igualmente paritária em termos de aprofundamentos das matérias, mesmo que para isso, em muitos lugares mais toscos, haja a importância mesma do improviso e de seus recursos humanos. O simples improviso de educar com a diversidade necessária da cultura de cada lugar, uma região, um estado, cidade, bairro, aldeia. De qualquer modo, cremos que o mundo e seus rincões esparsos estejam globalizados. Isso talvez seja um fato de relevo, mas a questão é sabermos que lugares estão assim de tal modo tão globalizados e de que modo a questão do planeta, assaz relevante, por sua conta, influi realmente, se há mais veracidade na eletrônica ou em uma batata, e quais são as suas reações piramidais, a pontuação, suas integrações e relações com todo o processo produtivo de um alimento. Isso versa a um conteúdo que poderia soar mais familiar, literalmente, posto questão importante a ser abraçada na compreensão de um núcleo familiar, enquanto – independente de posição social – parte importante de todo esse processo. Uma fala qualquer que pesponta de um ser cidadão, e esse é apenas um espelho tácito de um desejo de que pensemos sempre a respeito do ABC das relações sociais e suas prerrogativas para que possamos construir a história de modo transparente.

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