Distantes éramos quase todos naquele
bairro quase aldeia. Que muitos passavam, em uma segunda de quase feira, pois
começava o comércio, como em outros mundos, como em outros mares... E era do
mar a pequena aldeia, existia uma alma que transmutava, em que as pessoas o
costeavam como embarcações algo solitárias de um, dois ou mais, pequenos grupos
feito embarcações algo temerosas ou não, algo de se aproximar mais da praia –
quando de tempo mais quente –, ou na mesma audácia da curiosidade plena, ao
inverno. No mesmo inverno atirado, as ventanias, a dança das palmas, os
restaurantes pequenos, as estruturas maiores, os dias das construções e as
noites dos sonos dos poetas, rotos daquelas boemias que já não eram como antes,
em tempos da cultura dos povos... Mesmo que se reservasse o direito de
contestar a vida como ela está, mas na verdade as novas gerações se chegavam ao
fato: mais obesas, mais carentes, mais em substitutas da tecnologia, esta como
agregada afetiva às condições do mundo, não apenas em grandes metrópoles, mas
igualmente na aldeia qualquer que passava a ser global, não fora pelas gerações
mais antigas que ainda mantinham um modal de diálogo nas ruas e nas casas.
Dir-se-ia a um homem das letras, que passasse a contemplá-las como algo que não
tecesse crítica, mas seria tarefa quase impossível se aquele não cuidasse com toda
a atenção de sua própria consciência enquanto ser vivente no planeta Terra do
terceiro milênio, já postas outras atenções relativas. A relação de um homem
com o seu entorno era a mesma, conquanto certas relatividades da transformação
da matéria, de outros seres entre si, independentemente da ingerência humana,
por si mesma, porquanto esta que afeta, no dito ser, mesmo nos vegetais, os
humanos e seus alimentares e posições em suas esferas da existência.
Isso de palavras algo cruas que
retro alimentassem seriam de validade extrema, posto da crítica necessária
seríamos mais do que aquilo que pensavam outros na mesma posição de outrem
enquanto observadores tele maníacos de outros países, quiçá manias boas em
algum sentido, quiçá outras, de uma psicose consentida e estimulada na velha
acepção em que loucura e alienação são irmãs gêmeas. Falando-se isto de
estruturas de ingresso, haja vista que um ser humano ainda pode ser
independente sem conhecer a grosso modo a tecnologia como meio, posto o livro
poder igualmente ser ainda a maior referência da espécie culta. E, à medida em
que nos tornamos mais conhecedores do mundo, principalmente da filosofia
religiosa ou não, da história e outras matérias humanas tece-se, dentro de uma
tecnocracia imposta economicamente como um erro crasso de investimento a curto
prazo, uma população operária mais “treinada tecnicamente”, mas ausente de
consciência da própria situação onde é colocada, seus revezes sociais, e outras
estruturas verticais. Não obteremos mais a validade de uma letra se dentro
desta não se colocar uma coerência agigantada, posto de entreter-se já possuem dentro
do sistema o apelo ótico-funcional como pedra fundamental do império que
assombra qualquer país, o império citado sem país, um status, uma lógica
acelerada. Enquanto não vivenciarmos cada vez mais os espaços urbanos estaremos
em uma urbanidade de farsa, trancados em nossos displays com suas lesões de
tendões amortecidos pela medida quase imensurável do que é ou não ilusão: de
quem a fabrica e de quem a consome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário