As embalagens são algo que reveste
da cor, mesmo que ausente, o pressuposto da indústria. Por vezes mais cara que
o próprio conteúdo. Quem dera não fosse bem assim, mas sente-se a diversidade na
selva dos produtos. Torna-se meio algo factual, meio que se encerra em questões
de preços em competições quase desiguais, e vemos que algumas delas não mostram
muito charme, mas a tradição pioneira de uma fábrica que passa a não conter
tanto interesse em caprichar muito nesses rótulos. Como um doce, ou outros
produtos que se vende em feiras, em um mercado alternado. A questão mercadológica
passa necessariamente nos termos atuais e contextos da tecnologia irreversível
no modal do tempo e sua aplicação, ao processo de estímulos e respostas, como
se fora algo de muita ciência, assaz complexo, mas não, é a história do
positivo e negativo, input e output, uma linearidade de degraus duplos, um que
sobe ao que desce e vice e versa. Como se houvera um consentimento tácito de
controle, em que os recursos se bastam àqueles que mais os possuem, com taxas
igualmente incidentes e que no entanto não se abatem com o crescer do consumo.
Permanecem como incidência estatal, o que onera em intervenção, a que
mecanismos reguladores continuam como fatores sine qua non do que se chama livre mercado. O imposto sobre
produtos industriais paradoxalmente não se apoiam em uma proporcionalidade
equivalente e lógica, quando continua onerando a escala que verte e a que
reverte. Verte sobre um ombro e reverte em um cofre de banco... Tornasse em si
risível essa acepção crua, mas que seja perdoada qualquer análise, posto seja
assim como um relógio em que se dá uma corda continuamente a mais a que
trabalhe a quem o dá corda. Funciona desse modo, e é irretorquível. A mesma
transparência da embalagem enquanto visível não ocorre com detalhes enquanto
semântica das prerrogativas econômicas. Estranho que possa parecer, mas as
doutrinas mais factíveis não são ensinadas com a maestria da simplicidade, em
que Leo Huberman talvez fosse interessante a um preâmbulo nas escolas, o que
tornaria a história da troca de uma moeda por algo além da embalagem, tornando
transparentes processos mais de história, mais de civilização. Como os livros
auxiliam, e que retornássemos a algo de profundidade, mais cabal, a que
compreendamos o teor da mercadoria, e que as crianças saibam que estão tomando
um chocolate, não apenas Nescau ou Toddinho. Que seja compreendida a troca, ao
menos, e a acumulação mercantil. Essa embalagem toda que nos reveste como um
tecido imaginário, e que pontuemos que a imaginação possa ser um ícone
cultural, mas a referência histórica leva um país a seguir adiante, não
importando quais suas conformações, pois há de dimensões continentais certas
dificuldades regionais em que a própria história de processos das nossas
civilizações talvez não alcancem a dimensão do que é comprar ou vender, do
comércio entre consumidores e fabricantes, entre Estados da Federação e entre nações
e hemisférios. Resta sabermos quem nos faz o que, em relação a que consumimos,
qual é a equação que leva um grão qualquer de alimento para as nossas mesas, e
por que tudo é um parâmetro tornado complexo ao nível de imensas populações não
terem condições de compreenderem o simples modal do atravessamento de
transportes, e do auferir de lucros desmedidos: as safras queimadas no
ostracismo, e o recrudescimento da ignorância pontuada pela tecnologia em seus
segredos inextrincáveis perante o problema já crônico da alimentação do
planeta.
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