Por escalas, subentende-se uma
mensuração, determinada por comparações entre si, e convenções humanas... Seus
números são um tipo de cerne, posto conquista civilizatória, e que perdoem a
ignorância de muitos de nós, a não saber de origens exatas. Mas que a terra não
se meça tanto, que a coleta não media muito, talvez, a não ser em seus cestos,
no antropológico artesanato de palha, que vinha de outra coleta e de outro
processo civilizatório, o fazer: a manufatura. Resta, para simplificar, que saibamos
de certas ordens e processos e convenções. E que remontam muito tempo, quiçá desde
o osso ferramenta mesma esta, com a arte e as comunicações rupestres. O tempo
igualmente, o tempo escala, a medida do tempo e seus milênios e séculos, suas
construções e seus descasos, em que o mesmo tempo não signifique muitos
daqueles, mas que este é irmão do ser sapiens porquanto a íntima relação com
atos reflexos, com as atividades, lógica e o uso dos números sempre na história
das civilizações que criaram a referência mesma, esta. Quem diria se compreendêssemos
uma literatura do tempo em que este não existisse, onde cada parágrafo fosse
como o Jogo de Amarelinha, de Cortázar: grande escritor argentino. Pois sim, ou
o tempo relativo de um filme, que lida muitas vezes com arquétipos que não se
sabe exatamente quais são, pois o trabalho de Jung talvez precisasse de mais um
pouco daquele. Os arquétipos que talvez em sua superfície denotam comportamentos,
estes sim numerados e quiçá listados, como referências, ou mesmo patologias.
São recursos que servem à medicina como um todo, mas igualmente na acepção de
como fazer uso de uma força de trabalho, em um exemplo notório, em que as
referências tornam-se novos arquétipos, ou modos de enxergar o mundo de forma a
que nos distanciamos um pouco do humanismo para darmos lugar ao fator
produtivo. O que gera a riqueza pode ser ou ter sido convencionado em fatos ou
doutrinas, mas a motricidade muda quando o fator humano se decalca de um
processo apenas fabril e encontra em novas tecnologias em um fator de poder, no
viés em que permite que a comunicação se amplie, tornando factível a mesma
tecnologia que transforma ou muda, e sua revolução tecnológica. A capacidade do
diálogo se amplia, mas por vezes nos fecha em estarmos meio plugados a uma
motricidade de valor que nem sempre abraça a realidade: o ser concreto. Essa
mesma motricidade que impulsiona o ser social, abraça inquestionavelmente a
capacidade de diálogo por mensagens, o que gera quiçá algo de linguagem e
apropriação de informações sem precedentes, com uma transparência tão
assustadora que o que é do próximo possa ser colocado em exposição sem
critérios de privacidade, esta em que a lei deveria prever com mais rigor, ao
triste encontro de sabermos finalmente que nem tudo o que falamos nós, como
seres de comunicação, temos já a ciência de que pode ser tolhido por vezes em
leis dissonantes e paralelas, tornando a coação algo natural, e a liberdade sã
algo relativo.
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