terça-feira, 10 de maio de 2016

A PAUSA DE UMA MOEDA

            Quinhentos e cinquenta e cinco trilhões de derivativos. Esse será o preço da crise, a saber que estes são produto da especulação financeira de seus ativos, seus derivados, como o câmbio e os títulos. Apenas isso, basta sabermos isso... Não tenhamos que compreender muito de economia, mas está se criando uma crise internacional sem precedentes, e nos querem coadjuvantes dessa imensa rede em que os países emergentes tenham que submissamente sentir o ônus, cedendo suas riquezas por bagatelas, na expropriação capitalista ao extremo, em que pequenos produtores estão falindo, ou se deixando produzir a mando dos imensos monopólios. A moeda tenta ter sua pausa, respirar dentro de nossas conquistas monetárias, mas o dólar pede passagens: a todos os países mapeados em suas riquezas, não apenas do ouro negro, mas do ferro e manganês e etc. Está se formando algo meio hilário, e não há necessidade de ser a esquerda ou a direita para se analisar a veracidade de alguns fatos, estes que recrudescem a ponto de uma corrida aos imensos paraísos relaxantes serem moeda de troca, apenas isto. Mas que porventura uma pausa de moeda se faz necessária, pois o real ainda consubstancia seu valor e sua independência. Quem sabe falar sobre seja especulação algo do pensamento, mas que se saiba, o Brasil não tem valores em dólares, pois nem todos querem nos vender pela bagatela da palavra entreguismo: mensagem à CIA ou qualquer outro, que obviamente está dentro do país a ver como conseguem meter a sua garra de águia sobre os costados dos trabalhadores brasileiros e das suas riquezas já conquistadas por Governo Popular Democrático. Resta saber aos olhos de quem nos quer arrastar praticamente cúmplices à ALCA se nossa relação em BRICS possa estar ameaçada: aos olhos dos imperialistas! A carta possa estar sendo enviada a um homem como Obama em seus predicados de libertação, mas infelizmente este homem é obrigado a atender interesses tão prodigiosamente poderosos que acaba por ter que fenecer em seu ideal de mais igualdade no mundo, se essa é a sua questão pessoal mais íntima... Os BRICS simplesmente significam mais do que sequer cogitamos, pois temos a Rússia como nação que livrou o mundo da ameaça Nazista, a Índia como um país espiritualmente avançado, a China como a segunda potência econômica do planeta, a África do Sul como símbolo da igualdade entre negros e brancos conquistada a duras penas, e o Brasil, bem, o Brasil como um país de muitos brasis e cultura complexa dentro de uma variedade ímpar.
            Dentro de nosso atual processo histórico temos que constatar igualmente que temos países irmanados em nosso continente, e pensarmos que somos quintais de outros, por mais que os holofotes de certos lacaios iluminem a si mesmos no Congresso, a Verdade dá conta de aparecer, até em um Nokia de 2010, ou em uma calculadora que mostra quantos somos e quantos éramos, quantos seriam e quantos seremos, a União e a soma, o quadrado da produção pelo cubo do ganho mais justo... Sabermos de certas geometrias, pois enquanto defendem o plano neoliberal carrasco e ilimitado, há outros, patriotas, que se preocupam com sua nação, a defesa das arestas, a conformação do progresso e a ampliação dos espaços, não apenas solidários como democráticos, e as cores que consagram e que não sejam motivos de contendas, pois atestam por esse fato uma imaturidade tosca do propósito a que viemos como humanos para consolidar sociedades fraternas. A respeito dessa questão, não adianta apenas uma extensa população ficar à margem do processo de uma melhor distribuição de renda ou programas sociais abrangentes se alguns poucos nababos querem um retrocesso, uma espoliação das fábricas brasileiras pela vinda de grandes grupos internacionais e a tentativa de fazerem ruir direitos trabalhistas conquistados em nossa história desde as origens mesmas de nossa República. A gostarem de jogar se abraça o pressuposto de quem usa os dados... Literalmente, por si, pois na verdade jogar com dados de outros organismos e frentes plutocráticas, ensaios de movimentos de peças, no mínimo é para quem gosta de jogos de estratégia na humílima tela de um micro computador, para quem a vida é mais confortável se for apenas a questão de um mero seis entregar um amigo para uma derrocada mental, ou os que cooptam para obter informações através da administração de um sorriso. Seria pouco dizer daqueles que se utilizam da vulnerabilidade afetiva de muitos para auferirem valor no que obtém de suas presas, num tornado de semântica de selva para que nos situemos que nos tornamos animais dentro de seus instintos na ordem da sobrevivência e não nos que nos trazem de belo ou afetivamente positivos em suas naturezas em que se permitem existir apenas, como bichos e não como feras. Usar de uma lógica natural no sentido predatório é pressentirmos que os reis apenas observem os peões se debatendo nos tabuleiros de suas circunscrições, sabendo-se que esses mesmo reis são inimputáveis, quando de outros e mais inimputáveis países, que demandam do esforço de nossas economias algo que não poderemos cumprir, a que se avizinhe reminiscências do FMI, saldado pelo Governo Luís Inácio Lula da Silva, e que se avizinha justamente um retorno a esse compromisso de dívidas, a esse vínculo abjeto que o próximo presidente dos EUA provavelmente vai querem impor aos países da América que já se libertaram desse grilhão, ou estão nessa senda de se tornar independentes cultural e economicamente. Não é apenas a questão do grilhão, mas o sincronismo paradoxal em que muitos profissionais liberais de natureza algo cultos desejam ver o país imerso sob o tacão de um império econômica e culturalmente fadado ao fracasso e decadência. Aceitam o fato de quem possui mais armamentos de guerra possa manter outros países sujeitos às suas propostas nada limpas, e que seus conterrâneos pátrios sejam mais e mais explorados por esses estamentos quase invisíveis de poder que segregam o mundo mais pobre ou os emergentes.
            Há que pausar a moeda, não há que se abrir mão por questão de um grupo de aventureiros... Se era de economia, pelo menos tentemos saber por onde anda a equação de uma veia que respira, onde anda a equação de um menino na favela, ou mesmo o que faz a brutalidade dos homens terem ódio da gravidez de uma mulher que esteja na miséria, se as qualidades de nossas vidas não dependem de como somos, mas única e exclusivamente do que temos na matéria, a saber de quem depõe contra o crescimento e melhoria de vida do povo ignora que podemos vir a ser um dia um país rico, mas sempre temos que para isso ter o sacrifício e a luta permanente em se pretender as garantias de um povo que trabalha e sua a camisa para subsistir, apenas. Se é do pão apenas o alimento que o faz trabalhar, repartam as condições para que seja dado ao Governo o alimento da consciência exemplar de alguém que falava que não é só do pão que vive o homem.

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