Rede
que não pesca a uva do trigal
Em
entremeios que a ferrugem não ataque,
Pois
aos olhos das sementes aflora uma primavera
Previsível
no que há do senhor da uva.
Pois
que o calor do inverno não apaga a letra
Nem
o significado do que vem antes, posto a voz
Ser
mais forte do que um ano que não se passa.
Da
vindima se colhe outra semântica da alma,
Ao
que verse um outro termo assaz proficiente
Em
uma outra ilha que é de todo o continente!
Do
nada há que se tirar a dúvida assoberbada
Da
intransigência do que não é ao futuro do não será,
Já
que ao mesmo existencialismo regresso
Estacionaram
suas jugulares ávidas nos seios das doutrinas.
A
regra é a regra, anteparo da Lei, algo de propor,
De
um imenso projetar, em que transpor um rio
Devia
vir na primeira página de um holocausto ferido
Por
outro que insistem ser, mas é o oposto: passado!
O
leitor que sabe que as palavras saem duramente,
A
sabermos que a civilização possui sua ordem
Bem
na altura em que estiveram as inocentes,
Pois
quem resolveu com as guerras no contemporâneo
De
um hoje recalcitrado pelos ventos do niño
Saibam
que o mesmo niño cresce a cada manhã
A
prerrogar que o que nunca fora dito
Não
pode ser loucura nem ao menos literatura,
Posto
vir de uma grande fibra não ótica, em que a rede
Se
evanesce nas forças do tempo consentirem a lucidez!
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