terça-feira, 24 de maio de 2016

POESIA DOS VERSOS DE CRISTAL

Ao ódio não aplacado de uma turba sedimentada no fracasso
Saibamos que o lote da ignorância passa na crítica ausente
Qual não seja a ofensa como modal de palavras sem estudo...

Na onda tênue de uma solenidade de cristal esquecemos
O cartel que não navega que não seja o nada de não estarmos!

No capitel de nossas colunas não encontremos mais o que não seja
Ao menos que seja algo de cultural que não se pronuncia...

Ao que nos diríamos quiçá: seja chegado o momento mais sóbrio
Em que não encontramos a razão qual não fora um propósito, apenas...

Que o sentimento só recrudesce em um monstro que nos abraça
Dentro de um orçamento espúrio de seu gesto em que o próprio rosto,
Que não viria de uma incerteza, mas da neblina que se ataca em mim.

O que se vira é algo como quase no que se verte do animal,
Quando nos sentimos gente que não abraçamos sequer quem porventura
Saberíamos ser algo aproximado quem sabe de alguém, o seja um real.

Assim seria muito a esclarecer que um homem possa estar em equívoco,
Mas que não supõe projetos quais não sejam aqueles de proposta ímpar
Em evanescer o preconceito sobre o laurel transudado da covardia.

Por isso encontramos a traição versada hoje como moeda de troca,
Em que vale alguém vivo a mais, que seja, mais uma mercancia.

Ainda que se valha uma questão do desencontro em circunstância tal,
O encontro não passará a ser algo a mais do que um gesto hipócrita
Em que engolimos por vezes sem regurgitar a espinha de um peixe.

Nessa mesma onda em que encontramos algo a valer de ser mais alguém,
Sabemos que o olhar daquele que trai reverbera a luz de uma fronte
Em que a ignorância do monólito satisfaz-se com sua fotossíntese.

A saber, que não sabemos mais tanto de uma vespa inquieta que nos voa
A alicerçar de rugas efemeramente preocupadas, quando em redondilhas
Nos cruza o processo de não sabermos mais onde a encontrar...

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