segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

PRESENTE DE NATAL

            Saíra aquela tarde mais cedo do que o combinado, às quatro e meia, vestia eu uma camiseta que ganhara de aniversário, modelo polo e um jeans casual. Estava já farto com um cabelo que me sobrava, algo nas pontas um pouco grisalho, a aparentar mais na barba de duas semanas. Antes de sair, aparei tudo, olhei-me no espelho e os 48 me pareceram mais tardios... Amália me prometera encontrar comigo perto de uma escada de acesso ao mar. Propriamente ao lado de uma canoa azul e amarela, que estava presa em um cavalete, naquela pequena praia de baía.
            Aproximei-me e disse-lhe:
            - Parece que faz tanto tempo, e eu lhe encontro quase todos os dias. Serão estas pedras que nos tornam parte de algo que talvez não saibamos?
            - Tom, eu não sei muito o que quer dizer com isso, parece que você está me tomando com uma certa liberdade... Trato de lhe dizer que deve se comportar melhor.
            - Parece que me falas como um autômato. Será que é sempre assim que vamos nos entender, nessa já difícil e restrita existência de não sermos quem queremos, Amália?
            Pode ser que a nós nos parecesse algo confusa a existência. Parecia que uma burla eterna nos esperava, uma vida em que todos procuravam suas vantagens, uma corrida com botões já magnetizados pela previsibilidade de sempre termos que admirar as atitudes dos outros, sem a contestação simples e necessária, sem o debate entre os desiguais, que deveria fazer parte não apenas de concessões de retrocesso, mas a partir do que se pensasse de algo, de modo sincero, a ver que nem tudo são flores no terreno da egolatria. Esse grande ídolo de enormes tetas secas onde pensamos que esprememos nosso sucesso, em uma sociedade já enormemente fracassada de retóricas pungentes que caem no desnível do descaso. Espelhamento das relações de quem estaria acordado, ou mais consciente do que realmente se passa? Talvez sim, há o que se pensar... Tentei de novo:
            - Amália, o que se passa na novela das oito? Não precisa ter visto, eu mesmo não vi o que queria na TV fechada, e vim a descobrir uma equação importante em Marx.
            - Não devias falar nesse poeta da filosofia, isso é um caminho para te pores mal um dia. Só não quero que confunda o fato de estar contigo aqui e achares que podes algo comigo em outro lugar. Seu perfil não condiz...
            - Com o que deva de ser realidade? Será muito pensar que dialogo sozinho quando estou contigo, ou o que na verdade pensas que um homem como eu acredita ser alguém na presença de uma mulher em que tem esperança que não seja como todos?
            Tentava eu, e as palavras pendiam para a evasão, a fuga simples, e me tornava cada vez mais cônscio da verdadeira dimensão do cárcere espiritual de nós e nosso planeta. Pensava nos presidentes das nações, seu modo de aceitar, e pensaria que fosse realmente melhor a que fossem Brahmanes. Não haveria outro modo. Como pensar que o grande administrador possível em Roma e Judéia fosse Jesus, o Cristo, ele seria o melhor Rei. Mas na verdade falar nisso agora a uma mulher que admirava e achava bela, pela austeridade nos meus sentimentos com ela, nesse “padrão”, não seria válido, mesmo porque pensávamos em ser indiferentes com tudo, os que pensassem, pois não seria assim de qualquer forma. O circuito era desumano, seríamos robots das redes sociais, seríamos pontos que creem ser donos do grande mentor abstrato da própria rede, seja lá web ou outro tipo de conexão? Não haveria possibilidade de não estarmos plugados em nossos traseiros por um subjugador nada sereno das possibilidades de prazer, visto na década de oitenta as redes terem começado a impor o cárcere florido da eletrônica? Não, seria pensar com uma possibilidade cretina das sujeiras que muitos tem se permitido alcançar. Nada, por Deus que estivesse errado, se uma nação existisse na não necessidade nada atávica em pretender algo de mundo novo com o filtro minucioso da dominação tecnológica... Quem seria eu a contestar modalidades ou fetiches no novo modal causal da comunicação? Seu modal de êxtase, sua sintaxe algo ergonômica e hipertrofiada nas letras? Tivesse eu mais tempo tentaria de outro modo, mas os segundos inexoráveis de um encontro nunca nos dão uma chance maior na sinceridade de nossas atitudes reflexas por ingênua antecipação congenial:
            - Amália, eu posso olhar em seus olhos, vê-los ao menos?
            - Acabei de receber um recado no Apps. Posso ver, ao menos?
            - Faça como quiser, tenho que ir, amanhã nos encontramos para nos cumprimentarmos, como sempre, até.
            Os olhos dela, fixos, sabiam que esse recado era esperado por ela por mais tempo do que os nossos dias, alguns sim, outros não. Não haveria mais tempo, e eu vislumbrei aquele cabelo e o vi, em uma alienação proposital, se transformando em um tipo de cerda plástica em que todo o corpo balançava como uma boneca que traísse em si mesma algo que nunca a alcançaria nos novos tempos uma companhia consciente de tal, que não funcionasse apenas sob o véu de Maya presente tão fortemente nas sociedades contemporâneas. Esse lençol virado lona que nos impedia de tocar-nos, essa rede feito plêiade que envolve um grupo ou uma miríade deles e nos torna obcecados pela ideia de aceitabilidade, que eu me tornara apenas um investigador da alma, apenas isso... Tornado isso, partia de mim mesmo para as alturas e encontrava no voo de um morcego um parâmetro indiscutivelmente mais verdadeiro, e posto que falasse, posto que gostassem. Pensei em Balarama, sua parafernália, sua tez de ouro, que fizesse companhia a Krsna, o menino negro, em seus Passatempos. Não haveria outro modal, a circunspecção que me abraçava passava por aí, e eu queria apenas da mulher um toque, um carinho, nada que fosse a pegada esperada, conforme o jargão do milênio surgido, com toda a força imanente de Kali Yuga. Essa Era tornava-se o esperado em todas as circunstâncias do planeta, a contar que a fixação bíblica já tornava o fim algo próximo, mas não, estaríamos apenas no começo da era das desavenças e da hipocrisia, a dura, a de ferro que nos espera em cada segundo dos nossos crassos erros passados... Quanto à última questão: a hipocrisia, era esta revelada de modo a tentarmos blindar nossas existências com o jogo de quem nos coloca, qual marionetes, no jogo, a jogar o que não precisamos, pois não precisamos participar desse colóquio amoroso com o destino que nos é imposto.
            Na síntese do processo em que me encontrava, tentava buscar ao máximo um encontro com a minha espiritualidade, e chegava sempre à conclusão de que um outro colóquio seria muito importante: o diálogo. Pois que este continua, como as páginas de um bom livro de papel. Como quando recebemos um presente em forma de livro e seguimos protegendo da chuva aquele tesouro que no novo século teimam em fazer valer obra do regresso, mas que a validade do papel é tão imensa e maravilhosa quando de seu surgimento no Oriente antigo! No entanto, o papel não fazia sentido no midcult que se tornara o novo aspecto do Ocidente, com as jugulares sistêmicas retraídas pela questão do nível geopolítico marcante dos mundos orientais. A sim, o midcult, a atração pequeno burguesa pelo novo, pela coisificação e polarização entre o ser e o objeto, o ser e o nada, como já dizia um filósofo. A contestação pura e simples, de uma simplicidade tão evidente se faz necessária. O laurel a dar esteio a linhas de consciência é o nível de vivência particular e o estudo recorrente, por caminhos independentes, que permitirá ao pensador melhor desempenho de suas ideias. Não podemos continuar empenhados em querermos dizer algo através de meios em que as portas não se comuniquem, não apenas conceitualmente, como no processo algo travado dos nossos meios internos de concebermos certas frações apenas, comportando o nosso dizer com o próprio conceito atávico e “novo” do atual recurso behaviorista. Esses recursos que coisificam o homem, treinando-o a ser uma máquina feliz, próspera e bem comportada, seja na coisificação religiosa com ganhos no seu viés de interesses particulares, ou no próprio processo particular de oligopólios divididos em terceiros e quartos e quintos aspectos fracionários, caracterizando monopólios e ganhos fragmentados mas unidos por fábricas de dominação ideológica ou técnica de pulverizadora do homem, este enquanto ser social, manufator e fabril de suas próprias e necessárias liberdades e tempos para si.
            Talha-se o tempo e adiciona-se a competição de serem aceitos os carentes para redes em que um ícone de mãozinha pode vir a ser ou fazer a diferença para que continuem no mínimo de bom humor, no aparente revelador nicho da existência humana, onde o ser fabril vira agente fabricado de seus próprios afetos. Conceitualmente, afora isso aparentemente não se revelará maiores possibilidades de que esse ser seja aceito, justamente em que seu perfil pode ser visto por um virtual patrão ou parceiro de negócios para saber se será aceito ou não no nomeado ou recém criado e aparentemente idôneo grupo social em que pleiteia aceitabilidade. Uma investigação se modulariza pelas informações que esse indivíduo expõe nas redes sociais, e o que antes significava vida privada se torna uma grande vitrine coletiva, impedindo o ser coletivo de se organizar melhor sem ter que enfrentar contendores por vezes muito mais sérios, como setores sociais da extrema direita, por um exemplo cabal, que manietam a identidade cultural, religiosa, étnica e política de cunho progressista e reformador a bem do povo de uma nação, e não em defesa das matrizes que fabricam esses meios que se impõem com seus modais de fora para dentro e para dentro de seus centros localizados estrategicamente nas entranhas dos serviços secretos de informações e suas agências espalhadas por todos os cantos, com a facilidade de extração com cliques de botões.
            São fatos que ocorrem, e é a modalidade da sintaxe que passa a vigorar, no entanto com seu próprio fracasso, onde as contradições já esperadas pelos sistemas que apoiam essa dominação carecem de esclarecimentos cabais para que se remontem as peças em variados jogos onde as luzes ou pontos focais por vezes trabalham aleatoriamente, em um modo causal depois de starts e direcionamentos começados a partir do combate aos pensamentos mais verdadeiros e fac-símiles originados da tomada de consciência dentro dos padrões que visível e paulatinamente dispensam a ética e passam a agir dentro do maquiavelismo padrão, aí sim, sem moderações a partir do bem e do mal: passam a agir em nome do bem, passam a agir em nome do mal, o mal pelo bem, o bem pelo mal, convencionados e apartados, perdendo por aí abertamente no Tao ignorado, dentro do retorno a um cartesianismo que sempre será gerado pelas dualidades das linguagens de máquina dos sistemas computacionais. Esse modal cartesiano peca pela imbecilidade de tentar construir um padrão universal, haja vista a polarização bíblica começar a se acentuar entre o Velho e o Novo Testamento, entre outras sacralizações, na grande mescla que leva ao homem carregar o fardo de si mesmo, como acontece com Cristo, mas sem a salvação.
            O leme do barco deve ser aprumado. Não há salvação fora do Comunismo Espiritual... Pelo menos a predisposição de vermos os necessitados como seres que precisem de nossa atenção. O leme deve ser aprumado para que vejamos que os insetos tem sua ciência infinita, que os pássaros tem o mesmo direito que os humanos na Terra, que os nossos filhos não sejam educados a passar os outros para trás, que a competição é desumana fora do esporte, mas que o esporte é necessário para que possamos lutar contra a competição entre fortes contra fracos, dessa desumanidade referida. Que tenhamos a coragem de mostrar aqueles que pecam contra a justiça social aos olhos de Deus e dos povos, pois o homem recebe um corpo aparentemente mais evoluído não para destruir o seu próprio planeta, mas para ser mais justo com o seu próximo, seja ele homem, animal, planta, inseto, ou seja, todos os seres vivos, pois estes vieram com uma alma – atma –, a luz que imanta de cada ser. É tempo de mudarmos o rumo, pois se não vier essa mudança a caminho da paz necessária e urgente, e da não violência com outros seres, haverá problema grande na mesma geração que vos fala, de meio século, para diante e para trás, e os que virão, de outros, para trás e para muitos e muitos anos de sofrimento aqui onde residimos. Ainda temos um tempo para refletirmos... O mundo não acabou, pois acabamos pagando esse mico a falta de maiores luzes com relação ao próprio mundo que não nos pertence – nem um lote de terra. Saibamos que o que nos pertence é a mesma inteligência que não poderemos nunca desprezar quando aponta seu archote para que mudemos a situação de algo para melhor: uma aldeia, uma cidade, um país e um continente; o que seja, para melhorar nossa condição e daqueles que nos envolvem na vida que pulsa, seja formiga, grão que nos alimente, pássaro que voe ou não. Quem sabe um cão, que nos vê na estrada, e tece um abraço quando nos apoia quando queremos que bem se alimente naquele dia. A empreitada é de todos! E, para isso tudo, a luta sempre continua, pois a alienação não é faculdade de inerência.

domingo, 11 de dezembro de 2016

A MODELAGEM NO PANORAMA GEOMÉTRICO

            Dizia Cèzanne, em seus tratados da pintura, do surgimento cubista no século passado, que as formas mais primitivas da geometria poderiam traduzir toda a Natureza, justamente modelando as transições com os cinzas coloridos, que mais não seriam do que a mistura de cores complementares. Figura imponente de genialidade, mostrava ao mundo o surgimento de um canal de expressão de importância vital, que seria mais tarde redescoberto por meios que hoje já estão utilizando em uma geometria com suporte nos sistemas de computação gráfica, sem que lhes dessem o crédito de uma antena gigantesca que previa o surgimento da tridimensionalidade, no rebatimento da história da pintura que hoje passa ao largo das escolas que não se aprofundam por esses esteios culturais da humanidade de vital importância para se compreender o mundo.
            As entidades geométricas de hoje, em um bom software de computação gráfica, permitem modelagens precisas a partir de formas primitivas como um cubo, uma esfera, um cone, um plano e etc. Dessa textura que por vezes inexiste na Natureza, se vê um game, por exemplo, como algo que treina, mas que voltemos sempre à superfície da pintura, pois o fazer passa pela integralidade dos processos, e há ainda gerações que passaram pelo processo artesanal da produção, e o industrialismo remonta usual e necessário, como no comércio a manipulação humana dos alimentos traz à tona um mecanicismo que não suplantará os tempos, já que existe o ser laboral como um gatilho tão antigo que remonta a nossa história desde o primeiro processo das ferramentas, em um espelhamento cabal de termos que traduzir a informática como uma ferramenta avançada, não mais do que isso, pois por além é mito com um estereótipo de uma fronteira ilusória. Justamente a fronteira do que somos e do que passamos a ser, em que o meio que utilizamos não possui jamais bateria perene, em virtudes de circunstâncias climáticas que impedem a passagem de correntes de energia que dão o suporte a qualquer tipo de escala de produção. Seja industrial, de serviços, no aparente mundo inquebrantável da informática em que, paralelamente ás informações e seus grupos de perfil quase aparente pela conveniência algo reflexa de neocostumes, passamos a inibir a fluência e necessidade da forma inequívoca do pensar, recorrente enquanto esteio, e não apanágio.
            O meio este de que falamos possui uma raiz, um endereço chamado ID, de cada máquina. Suas senhas se mostram meros artifícios para aqueles que sabem ingressar em sistemas, possivelmente graças a arquiteturas plasmadas por grandes corporações, que passam a ingressar como querem, vender informações, trabalhar com dados, enviar para matrizes seus protocolos e blindar quase inocentemente uma vitrine em que se vê, como nas ruas os sistemas de controle e segurança, que podem vir a agregar muito mais complexidade, posto sistemas situados em uma espacialidade versus bidimensionalidade de acesso à qualquer pista ou informação. Ainda não chegamos ao tempo de vermos um espaço tridimensional real a partir do espaço de uma rua, por exemplo, mas o rebatimento de espaços recriados em simulações orientadas não ao treino, mas à questão investigativa, nos casos de improvisação e serviços de manipulação virtual pode ser considerado uma tendência de sistemas de inteligência algo raros, mas certamente em processos de estudo. Essa é uma plataforma de meio em que nos encontramos hoje, nos países que supomos mais “inteligentes”. A sintaxe vira um papel ao avesso, e o uso deste carimbo pode se tornar um fracasso total, frente ao simples recrudescer de uma chuva, esta um dado não carimbado, algo que não temos nenhuma inflexão, e estaremos desconexos justamente por estarmos tão “plugados” a certos meios de trabalho, que deveriam estar presentes sem segredo nas mãos de uma sociedade, e a serviço desta, indubitavelmente! Quanto ao endereço de cada máquina, nunca haverá integração suficiente para administrar toda uma parafernália em que os consumos ininterruptos criam espaços de novas e novas galáxias, em que o céu é o espaço magnético, as ondas chegam por satélites e a ciência cerebral – para um exemplo concreto da ciência – ainda engatinha em seus mapas procedurais e funcionais.
Todo um sistema da economia, planificado a partir dos eixos que coordenam esse neoliberalismo sem “fronteiras”, revela o chumbo dos muros, a contenção, a diáspora, a espionagem sem limites, um tipo de voz crua a invadir nossos recônditos segredos, justamente quando não temos a noção do que é ter um limite na expressão de nossas ideias. Trata-se, para se fazer uma relação com o outro parágrafo, da palavra neo: algo novo; liberal: livre, libertário, que consente. Apenas um rótulo. Encapsulando as frentes dos países que querem verdadeiramente se tornar independentes, quando sinceramente pensam em manter a hegemonia de suas matas, a circunscrição pacífica de suas fronteiras. O neoliberalismo veio antes de Marx, originou seus estudos, erigiu seu grande tratado. Inquestionavelmente, Marx soube modelar a história das riquezas, dissecando profundamente as estruturas produtivas e mostrou ao mundo que em termos do setor econômico passa a criar a última grande obra de referência sobre a matéria, como se através de um simples cubo, seus seis lados, oito vértices e doze arestas, se fosse o panorama econômico de um planeta, mostrasse a Natureza de cada lado, de cada vértice e de cada aresta, em que cinco lados podem estar sobre a face apoiada na superfície, esta sob o peso da opressão do objeto que se tornara a relação que pode ser espelhada propriamente na matemática geométrica e que, ao se revezar e permitir que o cubo se torne o seu próprio dono. Os objetos podem assumir sua própria natureza material, e modelarem-se conforme a experiência de sua própria superfície. A velha questão da simplicidade de uma forma primitiva para poder designar qualquer relação entre seus elementos, que fossem apenas um plano-face, uma linha-aresta, um ponto-vértice. A simples questão de que o neoliberalismo, enquanto ferramenta de dominação injusta e desumana, deve ser considerado eticamente passado. As leis da independência das nações devem se lembrar desse fato, ou seja, como se constrói um país, e não como sucatear seus serviços essenciais, como de fato ocorre no Brasil.
Da importância de dizer apenas, esse é nosso domínio, é da natureza humana pensar, como é da natureza inequívoca do planeta reagir, apesar dos desmandos do homem em relação a ele serem mais do que impróprios, na verdade insanos... Contarmos com uma compreensão crítica do que vemos por adiante em nossos pequenos espaços, nossos pequenos mundos quiçá nos permita que vejamos a vastidão de nossa aldeia, pois quem sabe sejamos mais quixotescos do que queiram nos ver. Quem sabe Shakespeare nos ensine, quem sabe Fernando Pessoa saiba um pouco, Camões e tantos outros. Não necessariamente devamos entrar em processos muito complexos, pois o barco navega na calmaria, e é nessas horas de termos definido uma boa modelagem que paramos e – quem sabe – fumamos um cigarro pensando na vida...

sábado, 10 de dezembro de 2016

DE SE TRATAR DA PAUSA

            Encaminhamos tardiamente a um modo de pensar algo que nos remete a uma plataforma em que não saberemos mais nada se não dermos pausas no crescimento colunar de nossas ideias. Não é de dizer nada, que propriamente neurologicamente quiçá possamos estar mais por detrás, mas justamente é o insight permanente que nos torna um pouco dogs de rua... Os cães o sabem, como o sabe a poesia de detrás dos montes, de um muro que respira, de outra rua e outras ruas. Um gato sobe soberano pelo alpendre, sustém o seu movimento por dentro de uma alcatifa, retrai a cilada e prossegue, subindo pelas paredes! Algo meio louco se passa. A coluna jônica de seus capitéis não revela tanto, mas o fato de estarmos a meio dela mostra o aqueduto subterrâneo que leva o esgotamento para nossas águas. Se sabemos, enquanto crianças, de tantas as informações, mesmos adultos ignoramos a necessidade de pausas enquanto vírgulas a estarem presentes em nossos predicados. A ação, caros amigos, ocorre em um tempo em que devemos insurgir a nossa plácida consciência a que permaneçamos serenos enquanto ações ocorrem, na miríade de sermos capitães de nossos atos, enquanto e porquanto na embarcação de nossas desditas. A água-marinha manda assim, mesmo a partir de tempos em que fora uma joia, dada por um cavaleiro à sua dama, em legítimo e consignado, mesmo em derrotas, a um legítimo casamento. Mas que não, procede que não sejamos algo mais de isso assim? A fala é curta, pois que se curta a fala.
            Quem não compreende o voo do pássaro não pode contar muito quando este assombra uma estrela. Não pode prescindir que, enquanto vê o pássaro noturno se perder por entre o mar de um céu morno, sabe que na manhã que não viu uma borboleta solitária pousou na planta que não existiria enquanto surgimento da aurora. Porque não sejamos essas informações que, como diz um livro sagrado, quando da sacralidade de podermos vê-lo na página do vento, partem em direção ao conhecimento em que nada nos atalha a percepção mais espiritual da situação verbalizada, pois, até então?! O que faria um observador noturno se a imagem camarada aparecesse em seu binóculo de lentes inquietas na algibeira, de se enxergar apenas uma semântica que poderia parecer creditada ao perscrutador, mas que não passaria de uma palavra de apelo ao gentil: ao camarada. Seria o surgimento de uma comuna, ou propriamente uma tocha que se traduz na luz da solidariedade que dela necessita para continuar acesa?
            A quantos mundos viveremos, ou em quais estaremos para continuar conversas que outros sabem que interpõem na caldeira de seus próprios fracassos? Nada, companheiros, se diz isso mesmo: companheiros, de jornada, de janelas abertas, de grades encostadas, esperando visitas, de um homem que carrega latas e lhe dá uma de presente de natal. Nada é mais camarada do que a generosidade de um símbolo concreto de um ato, e perdoem se nessa curta caminhada do saber algo se diz que não se deve, pois outros viram e pretenderam mudar o status, disto de não saberem como, pois que não se saiba, que saber não é um ato. Que se saiba depois de agir, como um cavalheiro que pousa o seu olhar na ignomínia e escarnece de seu próprio descaso, já que estamos falando de crianças a tira colo de seus próprios padrões acessíveis ao mais próximos e distantes de si mesmos... Seríamos fatalistas ao ponto de acreditar que um escritor reside na memória de outros, como se a fatalidade de suas penas ainda assim não lhe incluísse na cidadania plena de leis e outras leis, como tantas são estas? Creiam-me, tudo na interpretação roga que se pense antes na paz, pois esta palavra é a sursis do poeta. E quem verdadeiramente tece a poesia neste século sabe que a secularidade anda rara no mundo, e o que se pensa ser a energia cerebral não passa de introito para socialmente adoecermos mais e mais: espiritual e materialmente. O que fazemos de um passado é justamente o que queremos de um futuro, mas esquecemos que o tempo que vivemos agora abarca os erros de um tempo e projeta a sua repetição majorada no que dispõem alguns querendo, na temática ruidosa, antipacífica e antidemocrática de um modal gerenciado por foguetes e seus olhos amestrados. Podemos estar quedados a níveis de compreensão, mas pensarmos no que é de energia, como diria o Gita, pensemos melhor em modais tais como o da Bondade, o da Paixão e o da Ignorância, este último francamente exacerbado nos tempos da atualidade. Passamos a ter que conviver com esse fato, e o seu viés é transcendermos não na ausência de ação, mas na ação em consciência de Krsna. Que seja, a consciência em si... Porventura descobrirmos o véu de uma pequena e insignificante luz nos monstros sociais em que muitos se tornam, sabendo-nos condizentes, pois enquanto estamos cônscios dessa Natureza Material, o espírito se espelha onde quer que coloquemos o nosso olhar. Este olhar de magnitude máxima, não que o tenhamos sempre – ao olhar – mas que se revele na superfície do mundo apenas a consagração de uma paz que atravesse até mesmo a renitência da maldade. Justamente porque por vezes nos parece lindo sermos tiranos, perdemos a ternura, claudicamos os nossos movimentos, pescamos certos augúrios, e que no entanto devemos saber que são etapas de um conhecimento que vem escalar, na ida e volta, no intervalo ou pausa necessários, mais ida, posto o tempo que temos dela necessite, quando essa ida, por um exemplo mais cabal, é querermos alimento, educação e saúde para todos, no término da primeira ida, pois sem isso nunca seremos e nem iremos para nenhum lugar. A que simplesmente pensemos nisso como um parâmetro societário, pois isso seria algo de uma etapa tão bela que a Nação brasileira sorriria como um todo, porquanto sem mais pausas, pois um momento de reflexão para começar a construir é de todos um sentimento que aflora desde em um pássaro à flora, de um guri que sorri a ver a flor, ou de um velho que vê em segurança e em um país livre toda a sua progenitura!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

EDUCAR UM PAÍS É COMO EXPLICAR A UM ALUNO CARENTE COMO FOI FABRICADO O LÁPIS QUE DEVE SE TORNAR MAIS DO QUE UMA FERRAMENTA, MAS SEU COMPANHEIRO DILETO.

HOUVESSE UM TEMPO EM QUE FOSSEMOS MAIS JOVENS COM A MEMÓRIA DE TEMPOS MAIS ANTIGOS... COMO NEM SEMPRE SOMOS VELHOS, QUE A JUVENTUDE LEIA E PESQUISE MUITO SOBRE A HISTÓRIA, SEUS HOMENS, SUAS MULHERES E SEUS ACONTECIMENTOS...

UM BOM PROFESSOR NÃO NEGA SEU ENSINAMENTO, POIS NÃO DEPENDE QUE DIGAM SE ELE É GRADUADO OU NÃO, E PODE SER PERSONIFICADO POR UMA PESSOA OU QUALQUER MEMBRO DA NATUREZA, CABE AO HOMEM FAZER VALER ESSA PERCEPÇÃO JÁ NÃO MUITO PRESENTE NAS "VIRTUDES" DIGITAIS.

TENTAR MUDAR O MUNDO PARA MELHOR NÃO É UM SONHO VÃO, MAS UM DEVER, UMA LIÇÃO DE CASA, DIUTURNA E NECESSÁRIA...

A CONVENIÊNCIA NÃO É NA MAIOR PARTE DOS CASOS UM MODO DIPLOMÁTICO DE AÇÃO, QUANDO COLOCADA APENAS À DISPOSIÇÃO DO EGOÍSMO.

A SABER QUE ALGUNS ARQUITETOS DEVIAM RENUNCIAR AO CONSTRUIR PARA TENTAR CONVENCER, ATRAVÉS DE BONS PROJETOS URBANÍSTICOS, QUE TODA A VIDA URBANA PEDE PASSAGEM A SÓLIDOS PLANOS DIRETORES.

AS ILHAS MAIORES DEVEM TER SEUS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO DESCENTRALIZADOS EM MÉDIAS UNIDADES DE TRATAMENTO DAS SUAS ÁGUAS, NA TOTALIDADE DE UMA REDE QUE NÃO DEPENDA DO FLUXO MAJORADO.

NADA DO QUE É SÓLIDO SE DESMANCHA NO AR, A NÃO SER QUE A TERRA COMO PLANETA DÊ ESPAÇO A QUE NOSSOS RESÍDUOS SE TRANSFORMEM EM ALIMENTO, SIMPLESMENTE CONSAGRANDO O LIXO ORGÂNICO A UMA AGRICULTURA IGUALMENTE ORGÂNICA, POIS OS CÂNCERES ANDAM SEMPRE À ESPREITA COM SUAS NÃO CURAS IMPETRADAS PELO EQUÍVOCO DA CIÊNCIA.

VALERÁ A PENA ESTARMOS PLUGADOS AD ETERNUM, SEM AS CLAVES QUE NÃO NOS IMPEÇAM DE CRESCER ENQUANTO CIDADÃOS DE UM MUNDO QUE, MESMO AINDA EM PROCESSO DE CONSTRUÇÃO INSANA, NA VERDADE NÃO SOUBE GESTAR AS SUAS PRÓPRIAS SOLUÇÕES..?

TUDO QUE É DAS NATUREZAS REFLEXAS SE TRADUZEM NAS EMBALAGENS QUE UMA BOA INVESTIGAÇÃO ENCONTRA COM CADA HISTÓRIA NOS VESTÍGIOS DE MINUTOS OU DE SÉCULOS...

NO QUE DISTE ESTARMOS CERTOS, MAS QUE O MUNDO OLHA PARA AQUELE MAR QUE NÃO NAVEGA MAIS OS BANHISTAS, E OUTROS QUE CONCRETAMENTE DE UM FUTURO DO ESPELHO AO PRESENTE DAS MÃOS DOS ADMINISTRADORES DO DESCASO.

EM UM LAPSO DE TEMPO REDESCOBRIMOS QUE HÁ AS HORAS EM QUE SAÍMOS PARA FUMAR UM CIGARRO NA COMPANHIA GIGANTESCA DE NOSSAS DÚVIDAS E CERTEZAS...

UM GRAPHIS PODE SER UM TÍTULO DE UMA HISTÓRIA, OU A RETICÊNCIA CÔNCAVO, CONVEXA E INFINITAMENTE SUPERIOR DO QUE A SUPERFÍCIE, COMO A NATUREZA MATERIAL.

NOSSA PERSONA GERADA

A um mando quase profético criamos mitos de um ser que ruge
Nos dias em que a noite não se encontra mais com o sol em seu dia
Mas que possui uma estranha qualidade de um passado quase querubim.

O dia é dia de ver algo, e que o poeta gira a távola no lado de Artur,
Que se bendigam Morganas, mas Guinevere mostra ao fado do cavaleiro
Que foram tantas e tantas como tantos são os outros arquétipos da persona.

A tomada de uma letra inequívoca coloca a perfeição de outra lenta em xeque
Quando sabemos que das poesias ignoradas, mais vale a expressão do artista
Do que o não ser próprio de um sistema que se expande mais na contra mão.

A sabermos que o mesmo átomo consolador de uma derrota não aplacada
É aquilo que não devemos por qual lutar, pois é de batalhas que se vive,
E não será pela senda de um milagre que lutaremos quando inexiste de fato.

Lutamos por um vida compartida, não por sequências de fatos outros
Que não nos permitem viver sinceramente, a não ser – quando se sabe –
Que coletivamente saberemos melhor quando da consciência de cada um...

Personas geradas, não há como estender algum plano de insurgir um caldal
Quando o que nos reserva o fato é apenas compreendermos como funciona
O a mais bê da suposta via em tornados reticentes de nos encontrarmos vida!

Assim diremos muito quando não sabemos tanto a qual persona nos ligamos,
Se a própria liberdade dos encontros nos encapsula no que antes não sabíamos
E que agora vertentes de palavras surgem para agendar coitos de cavalos...

A que se dissesse não, mas não haverá modo de parar a mão que escreve
Quando muitos que não mudam sua chave mostram que não obscurecem mais
Do que aquilo que em bruto se chama maldade, ou ética covarde de guerra.

Do macio das estrelas passamos por um critério de dúvidas quando necessário,
Vemos nas serpentinas cruzes que são criadas no caminho do Salvador
O que nos inibe em que Ele o seja realmente, e não apenas pegadas históricas...

Seremos genomas das mesmas frases, ou veias em que corremos a abraçar ossos
Na plêiade de substitutos indeléveis, na vida de semânticas que não traduzem,
Nas ideias de um pobre homem que se digna a praticar apenas de sua arte!

Vertentes nos sobrem e não nos faltem, posto estarmos à espera de nossa nau
Em casas que nos revelam algum temperamento assaz raro, não que se espere
No tanto que seja demais, o demais de um tanto que nos sobre no quase agora...

Versos que não enclausuram, pois a poesia vai pelos nichos, carrega seres,
Entende a humanidade, reflete, restaura, modela e não se exaure jamais
Das questões prementes do homem, da vida libertária de uma ideia.

A veia que não se repita nunca, da veia que existe sólida, flexível, carne, duto,
A que não repita o serenar pétreo de seu modal em uma dialética sem rumo
Mas que nos envolve na vereda de prata em que os índios nos deram a bússola!

Dessas outras personas que não gestam apenas, que são, que ficam, que residem
Qual uma medicina que abraça diversas fronteiras, sem o ganho que não seja
O atalho discreto de uma humanidade como classe, como parelha e causa...

Segue um homem sem saber qual a diferença entre existir gêneros,
Pois há de sabermos das criações das circunstâncias, em que certos rumos
Não fazem parte de classes ou objetos, mas que o zero e um compartam...

Do que o zero só possua esse nome, essa persona que não é mas é, que existe,
Que potencializa a matemática, que gera intervalos, que soma quando só idem,
No que o um se revele igualmente no mais do que, a saber, apenas a matemática!

Seriam tantas as personas como os filmes gerados, mas a imaginação, posta musa
Reflete o uso inconstante de um uso quase qualquer quando banaliza, nua,
A contestação inexistente posto quase ideário no que não versa: coisifica.

Não estaremos em um palco sem estrelas, estremecendo por aquilo que não vemos
Mas que supostamente encontra referências prontas no que se é da película
Que se torna a nossa própria, por vezes, quando nos impõe a persona que não somos.

sábado, 3 de dezembro de 2016

PARECE-NOS QUE SE NOS NUBLA O TEMPO, QUANDO ÀS VEZES POSSA PARECER QUE DELE FAZEMOS PARTE: ESSE TEMPO QUE TUDO DEVORA, MAS QUE DEIXA SUA MULHER, A HISTÓRIA, MUITAS VEZES CONVALESCENDO POR OMISSÃO DE SEUS FILHOS: O PASSADO E A JUSTIÇA.

A CARÊNCIA DE UM POVO CARECE DOS CUIDADOS QUE NÃO FORAM TOMADOS PARA QUE ELE POSSA ACORDAR UM DIA DE UM SONO DE SOFISMAS E REGRESSOS.

A LIBERDADE DO MUNDO HOJE CARECE DE UMA VOLTA DE IDA E VOLTA AO INFINITO QUE NENHUMA LEI SUCEDE QUE SAIBA.

A VIDA DE UM HOMEM JAMAIS PODE SER COLOCADA EM XEQUE EM VIRTUDE DE SUAS OPINIÕES, QUANDO ESTAS SÃO A MAIS PURA EXPRESSÃO CONCRETA DE SEUS IDEAIS!!

TODA A NAÇÃO SABE QUE SUAS PEGADAS NÃO IMPUTAM QUALQUER CRIME, MAS REVELAM NO CUNHO DA JUSTIÇA OS CAMINHOS EM QUE NESTA SOCIAL - BEM ENTENDIDA - É QUE DEVEMOS NOS ESPELHAR, POIS SEM ELA PERECEMOS NÃO APENAS COLETIVAMENTE, MAS IGUALMENTE NO CERNE INDIVIDUAL...

QUEIRAMOS MELHOR EXISTÊNCIA PARA TODOS, UM COMUNISMO ESPIRITUAL SEM PRECEDENTES, E SE REVERTE EM MATÉRIA É APENAS DE CADA PROCESSO HISTÓRICO.

HAVERIA UMA PAUSA GRANDE EM QUE UMA ANTIGA EMBARCAÇÃO TALVEZ TENHA CARREGADO CAMÕES, E QUE ESTE TENHA SIDO DEVERAS AVENTUREIRO PARA DEMONSTRAR A ARTE PROFUNDA DE SEUS TEMPOS REVOLUCIONÁRIOS.

UM VERDADEIRO SHAO LIN SABE O SUFICIENTE, MAS APREENDE QUE O SUFICIENTE É A BUSCA DE ENVELHECER APRENDENDO - E ENSINANDO!

AS FORMIGAS, QUANDO ENCONTRAM UM PEQUENO BESOURO MORTO, FAZEM O POSSÍVEL PARA LEVÁ-LO AOS SEUS NINHOS, E UMAS INSISTEM PARA QUE O CAMINHO SE CONFUNDA, POIS A VORACIDADE AUMENTA O CONFUSO E SILENCIOSO ENVEREDAR DE SUAS PATAS.

TALVEZ UMA DAS MAIORES DIFICULDADES EM NOSSO PAÍS É CONSEGUIRMOS NA NOSSA CULTURA ACOMPANHAR O TRABALHO DE UM JORNALISTA DE FATO.

NA VIRTUDE DE UM BRAVO HOMEM ESTÁ A CORAGEM DE SER QUEM DESEJA, QUANDO E ESPECIALMENTE SUA PREFERÊNCIA RESIDE NO JUSTO E IMPARCIAL MODO DE VER CERTOS FATOS.

OS VERSOS SÃO UM TIPO DE ALMA DE CORAGEM, POIS POSTULAM NA EXISTÊNCIA UM SABOR DE VIDA QUE PULSA COMO VIDA ALGO AUTÊNTICA A PARTIR DO SER QUE ASSIM SE SENTE SEMPRE PRESENTE...

QUE O TEMPO PASSASSE LENTAMENTE, A QUE SE DESSE TEMPO PARA QUE AS BOAS HORAS SE ETERNIZASSEM ENQUANTO UM PROJETO REALIZADO MINUTOS DEPOIS NO FUTURO DE UM PRESENTE PRÓXIMO.

UM ESCRITOR RESIDE SEMPRE EM UMA NAVEGABILIDADE QUE SE ESTABILIZA QUANDO SE ESTÁ NO LEME DE ATIVIDADE, POSTO PODER SEM IGUAL NÃO SE IMPORTAR QUE O MESMO PODER OUTRO NÃO ESTÁ IMERSO EM DIALOGAR COM O SI MESMO ESPELHADO NAS CULTURAS, NAS HORAS LITERÁRIAS.

ASSIM COMO SOMOS ALGO POR ALGUMAS HORAS, POR VEZES JÁ NÃO SEREMOS MAIS OS MESMOS, MAS EM REALIDADES OUTRAS CARREGAMOS NOSSO EU CONOSCO E SEREMOS MELHORES SE FORMOS OS MESMOS SEMPRE, QUANDO O SER BUSCA A SERENIDADE DA PAZ E A SINCERIDADE DOS ATOS.

NÃO SE ROGUE QUE SEJAMOS DONOS DE UMA VERDADE, POIS QUE ESTA RESIDE REALMENTE, MAS SOMOS ÍNFIMOS A QUE QUEIRAMOS VÊ-LA, MESMO QUANDO PENSAMOS QUE DESCOBRIMOS A VASTIDÃO DO MAR.

AS PALAVRAS DURAS SÃO UM MODO DE NOS ENCONTRARMOS COM UMA RAZÃO QUE PERDEMOS POR ENCIMA DE UM CAMPO DE GIRASSÓIS DE CELOFANE.

DE SE SUPELATIVAR O QUE TEMOS EM MENTE, NÃO DARIA PARA TERMOS O REPERTÓRIO QUE NOS PERTENCESSE EM UM VEREDICTO, MESMO QUE NÃO SEJAMOS JUÍZES DE NÓS MESMOS...

ENSAIO DE UM ZERO MULTIPLICADO

            Zero pode ser um xingamento, ou uma palavra nula em uma poesia, quiçá um país que se torne nulo enquanto zeros adicionados ao nada. No nada nos tornaremos, se pretendemos pensar com um número possivelmente assaz multiplicado no modo gratuito de estarmos pertencendo ao status que não seja tão quo, mas que isso relembra o fato. Esse status em que acreditamos nas comoções de algo pétreo, mas muitas vezes esquecemo-nos da flexibilidade humana e necessária. Em vermos de perto um diamante falso não podemos saber – se não possuamos as lentes de especialista – que a contradição é justificar algo de se explorar quando apenas “o” especialista é conhecedor da realidade ou da farsa. Realidade, zero, farsa, 1? Talvez estejam colocando a farsa antes da realidade para somarmos 10, como prêmio ou cartão de visitas fatalmente sedutor a que nos promete por ventura, esta mesma... O zero faz diferença em uma carestia imposta depois daquele, colocado a seguir do número dois, somando 20. Duas décadas de golpe. Dois talvez fossem os resistentes às maldades, mas que o número 41 nos convida a um decreto que sanciona o abuso. Destes que querem coibir na atuação da PF, mas reiteram na PEC de dois que houveram resistido, mais 41, no tipo de string numérica de semântica onde os dois finais revelam um saudosismo histórico dos regimes estreitos e obtusos que se vão implantando ao redor do mundo, em especial no Brasil que é de onde falamos alto, em relação a algumas questões. Sim: os zeros... Os loucos têm três zeros, mesmo em atitudes singulares de um, mas a tratamentalização possui na palavra neológica cinco ases. Graças ao Criador humano da ciência da medicina, posto quiçá em pretensão do ensaio esse neologismo talvez seja origem de um bom, aí sim, tratamento. E o que seríamos se não algo loucos no panorama social? Se um paciente depende de drogas psiquiátricas, outros ditos de pensar ou mente independente se atrelam no ópio de poucos donos, seja facebook digno de uma certa pesquisa, passando a utilizar o equipamento não como instrumento de investigação do conhecimento – aliás, uma bárbara ferramenta –, mas sim um modo de quase zerar as suas experiências anteriores, quando a premiação mais imediata é um símbolo de polegar levantado, ao que remonte que alguns desses no Coliseu teriam o dedo para baixo. Mas aí depende do Zuck: ele manda no negócio.
            Jamais pensemos que somos contra algo de lucros exorbitantes, pois o caminho da paz nem sempre navega na consciência, a princípio: o que somos e onde estamos... Quem quer escolhe o caminho e, em uma pátria como o Brasil não sermos efetivamente nacionalistas, repetindo a proteção estatal de maior parte dos países desenvolvidos, não dá para continuar sendo ou afirmando sermos brasileiros, pois um retorno à subserviência a capital externo nos talha, nos suprime, nos conserva no progresso zerificado, anulado. Será que devemos pensar que o mundo está errando, ou somos nós mesmos que estamos faltando com a compreensão obrigatória enquanto dever de casa de sabermos nos informar ao menos com fontes confiáveis, e lermos mais ao invés de ficarmos postando puppets de plástico com anódinos substantivos... Isso é um questionamento que deve ser feito, pois quem vos escreve segue algumas bobagens extremas em que o ego falso nos coloca frente a frente com nossas opiniões que deviam ao menos serem mais críticas e terem sentido! Há centenas de sexshops no mundo, e estaríamos tendo orgasmos com aparelhos e vida afetiva em outros? O que será que rola no Skype? Algum gozo, alguma vida sexual? Talvez a indústria da vibração erótica esteja muito forte, talvez o companheirismo, tão antigo e tão belo, não esteja valendo mais, pois no mundo dos negócios, o sexo é a mola mestra das redes sociais: “faz sexo bem, só para relaxar”, como dizia uma música de um compositor brasileiro.. Totalmente demais! O império é que golpeia, companheiros, muito mais do que seus lacaios nativos. Temos apenas que saber que é convivendo com a ignorância que gera esse tipo de força motriz que encontraremos modos facilitadores para gestar ao menos boas sementes, sabendo como ninguém expandir aos olhares inquietos daqueles que compartem a escuridão a luz do que reside no verdadeiro conhecimento da pátria que ainda somos e que nunca deixaremos de ser, enquanto seu povo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

DE DUROS IDIOMAS

            Atravessamos por decênios e decênios a promessa de vermos algo de secular, na forma de sabermos que nem sempre os verbos ditaram tanto de não termos muito a nos saciar nossas sedes em que passamos a partir em pequenos goles, como passos tíbios que damos em cada empreitada... De não sabermos exatamente quem somos e, como dizia Sartre, em que nos tornamos. A princípio vemos alguns diálogos pontuados como algo de reflexo, no que está melhor está, no que pior estará não nos daremos conta, pois não importa mais, olhemos para os nossos empreendimentos, aliás, as novas palavras para negociatas. Falta combustível em nossos idiomas: que falaremos antecipadamente, em primeiro, que seja, não queremos doses de neurônios sobressalentes, nem de drogas que nos alterem a percepção, pois o ilícito é duro e temos que conviver com leis que nos ditam e “devem” estar presentes serenamente, em todos os espectros, nos cantos, nas suas pronúncias mais internacionalizadas com os modais atuantes, posto que não emascarem o que ocorre no país, e que a lava-jato não se transforme em chuveirinho corona, conforme velhos e cansados tempos para o povo brasileiro onde nada vinha à tona, e agora urgem por perdoar apenas os crimes de colarinho já manchado pela sujidade de quem trabalha com ardor madrugada a dentro no parlamento brasileiro, para poder em surdina corromper o coração de nossa República. Em realidade, não contaria muito que fosse desse modo, mas a proporção dos abusos da classe política que agora está mandando com o poder nas mãos, tornou-se de uma venalidade extrema, e vários são os “funcionários” do caos e desumanidade que fazem diuturnamente por retirar conquistas da democracia e do povo brasileiro, este como totalidade e força matriz do país. Se imiscuem, negam a fazer parte de nossa população, arvoram serem representantes de seus currais e empoderam a cristalização de seus ócios e privilégios, em um tipo de casta verborrágica, como uma imensa verruga reacionária e macilenta que se apodera do modal político brasileiro.
            O idioma principal que essa gente fala é o seu Deus, tal como algo enigmático, as suas famílias já no elã de uma linguagem fluida e igualmente criminosa, pois suas riquezas passam a ter mais valor agora, devidamente patrificadas... Torna-se inevitável gostarem, para esses homens e mulheres: mais homens. Obviamente, ser o mais esperto, o que rouba mais, aquele que engana o Supremo Tribunal, aquele que escamoteia da PF todas as preocupações enquanto livres, ligados por seus poderes, apenas. E faz-se o papel, transtorna-se o país, de um tipo de idioma que se torna sem a circunflexão de um dito qualquer, mas na falácia da podridão estabelecida em instituições que até esta República “geneticamente modificada” traça paralelos com os tecidos moles sem compostura de um cancro sifilítico.
            Caros da medicina: quais são os nossos sintomas? O da nação brasileira? A que destinam o padrão de suas negociatas, os patrões do descaso e descalabro político? Que transtorno geral é esse que assombra não apenas lutos absurdos que ocorrem, como a tragédia moral e espiritual que se abate sobre o painel de um país que apenas teima em ser livre, e não deixar os ladrões de lesa pátria destruírem tudo o que encontram por encima de seus pressupostos de existência nefasta? Que tipo de caráter se impregna naqueles que torturam a nação com suas medidas tornadas antíteses da decência, se o nosso caráter costuma pensar que alguns, quem sabe dois ou dez congressistas, tiveram por si uma educação coerente, e não a bastilha revisitada pelo medievalismo fundamentalista desse capitalismo de cordas cortadas, como serpentes que se contorcem à procura de ovos?
            São duros os idiomas que escondem nossa situação pelo mundo afora. São duras as questões que teremos que enfrentar para melhorar a coragem e o moral dessa gente que aflora em suas bandeiras de resistência. Vai ser duro para o mundo enfrentar o atraso político que agora está em curso em muitos países. Duro porque passam a estimular um fundamentalismo de suas instituições, em nome de um neoliberalismo que já dá suas cartadas finais, pois todos veem agora onde reside a maldade e a intolerância com relação às pátrias que querem se tornar independentes, e o descaso em relação a trajetórias cruentas e bestiais pelas quais passam muitos países da humanidade, o Brasil incluído, igualmente. Justamente agora que não temos mais o aval nem mesmo da Natureza para seguirmos devorando o próximo, através de um egoísmo e egolatria sem precedentes. Viva o povo brasileiro, pois este aos poucos vê a luz da sua própria lucidez, enquanto partícipe nos lemes de suas embarcações que o leva, através da honestidade e trabalho duro, à vertente de tomar a paulatina consciência que – apesar das investidas da extrema direita – brota de seu coração generoso e patriota, em uma camaradagem que faz parte de uma história de todo um país que a ele deve o orgulho de ser uma nação maravilhosa, mesmo com tantos carrapatos mesquinhos, a sugar, de modo sujo e parcial, o fôlego sem sombra de cansaço do trabalhador do Brasil!

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

DÍPTICO OU QUADRO DUPLO

            Uma questão existencial pode valer um agigantado e perene pensar. De sabermos como em um díptico em um óleo pintado com maestria, que as superfícies das duas telas não precisam equiparar-se nos temas, mas que o pintor as pinta: as duas. Requisita, portanto, a autoria, mesmo que em uma superfície da tela a forma é distinta, ou que nela seja posta a expressão algo didática da literatura em tela. A ser relida em seus conceitos, pois se o conceito merece tanto a sua importância, quebrarmos os tabus das divisões do que seja o suporte da arte deva abrir longas lacunas a se pretender expressões onde elas estejam, independente de que sejam anexadas nas leituras digitais um título de performance que cabe unicamente ao artista, em seus quadros, não cabal e necessariamente quadráticos. Não há territorialidade nas linhas de uma expressão, pois o mesmo Google Earth passa a ser menor do que a ampliação de uma pincelada, ou qualquer ideia em sua gramática de rabiscos sinceros no conhecimento, disto de passar a valer uma plataforma como cooptação de inúmeros para a curiosidade em querer se ter o controle de uma imagem, e a outra versão, a da arte, o controle e a criação do território artístico, que pode ser planar, sequencial, volumétrico, conceitual, em flashies, ou em um diálogo que seja especulativo apenas, mas com sua retórica de espelhamento filosófico ou literário. Não se trata propriamente de uma questão filosófica, mas apenas o entendimento de como espelharemos o real, o ilusório, a cópia de um original, uma vida mais autêntica de uma vida quadrática, quando nesta situação em que nos tornamos nossos próprios objetos traça uma vertente em que nossas expressões surjam na urgência de sabermos que a tripa linear de uma rede social não socializa, pois segrega na máquina. Enfeixamos um quadro para traçar outro em nossas próprias condições, em que a espera de uma resposta se torna um moto contínuo que não nos abre as frentes do mundo, mas sedimenta as ferramentas de coação em que o mundo quer que nos situemos, quando somos ou passamos a ser ausentes de um entendimento independente dessas mesmas condições. Isso é de uma gravidade quase insuportável, posto os canais que surpreendem não o fazem por intenção de surpreender, mas pelo inevitável modo de operar a surpresa, e seu efeito, efetivamente utilizado pela mídia no mundo, em um receituário catastrófico de uma comunicação desonesta, enquanto manipuladora das massas, agora amplamente sedimentada por uma ética de regresso, qual não seja, a maior contradição, pois esse pensar da ética assim é nula enquanto inexistente em suas ações, o que vem a dar ao povo outras possibilidades de atuação.
            As palavras que nos descem pela garganta como chumbo quente por vezes são necessárias, a saber que apenas desse modo – e que a pequena burguesia o saiba – a transformação alquímica nem mesmo assim ocorre, mas que têm tentado muitos transformar seus empreendimento cotidianos em ouro, no que se distanciam da riqueza inequívoca e humana que é sua força motriz: os trabalhadores! E estes precisam amadurecer, por nós mesmos que somos e fazemos parte do povo, e que a mesma burguesia saiba, quando saíram ao protesto que, o que fizeram pela país, aí já está, e é apenas na conformidade de uma especulação sem limites que vão por terminar exauridos pelo próprio fracasso de não saberem as latitudes de certas ações, mesmo porque agora vai ficar cada vez mais difícil – a não ser por agentes externos atuando em nosso país – pegar um refresco no país, enquanto latino-americanos, nos EUA, que não os recebem mais de braços abertos, em que a tocha da liberdade estadunidense tende a apagar paulatinamente. Isso é fato.
            Passaremos a viver em díptico? Um quadro aqui e outro lá? Mas, caros, isso não se completa... Precisamos muito dos dois quadros, vezes quatro lados, mesmo dos quadráticos, que somam oito. Mas queiram porque queiram, não há porquês. Continuará sendo bom trazermos a ciência para dentro de nosso Brasil, mas não a serviço da ciência dos outros, já que não nos furtemos que em nosso mar está a confrontação do que realmente quer o país mais rico e influente do planeta. Apenas isso: que pensem melhor as ações por daqui em diante, pois nas condições atuais não serão os GPSs que farão tornarmos conta do que seria realmente importante para a consolidação de um país em que nas manifestações antipopulares se vestia de verde e amarelo, na questão fundamental de sabermos que saberemos que o quadrado de nossa bandeira vai ficar a meio mastro para deixarem subir covardemente o servilismo da estrelada do império, e não é para isso que somos patriotas, pois o problema é nunca nos darmos conta do estremecimento que suscita aos dominadores as gentes que pensam em um país soberano dentro do território do mundo.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

UMA PLATAFORMA TRANSPARENTE

            Chegamos a um dia qualquer, qual seja que o “imaginemos” no futuro. O futuro possa ser imaginário, pois que o pensamento não alcança a ficção. No outro buscamos em nossas redes sociais, mas o outro está em outras plataformas, talvez. No que saibamos que devemos prosseguir o mais possível fora da questão da hipocrisia, se quisermos atravessar o oceano da ignorância de frente. A hipocrisia não nos deixa outra saída a não ser, quando somos pessoas sinceras, a acharmos que daremos conta, com os diálogos brutalizados – e por tabela – daqueles que teimam em ofender as pessoas do bem, que lutamos por melhores dias a todos, pobres ou burgueses. Disso de não termos sido treinados, ou que pese nos treinos há sempre um que seja mais experiente. No que pese que a importância cultural de setores de profissionais, especialmente os mestres universitários e os médicos importam com seus caudais de conhecimento que ainda possuímos em nosso país. Essa importância inequívoca nos aproxima de coisas que por vezes podem estar estanques em nossos pressupostos de mudanças, quais sejam, uma delas: a aproximação de classes de conhecimento e seus meios de união. A que participemos daquilo que são objetos de saber, quando sabemos que o papel é ainda um grande veículo, posto podermos estar na rua a ler, por grandes ou imensos parágrafos, pontuados ou não, como os de James Joyce. Houve gerações ainda atuantes que passaram pelos fomentos tecnológicos e efetivamente muitos, abraçados aos seus próprios mitos, deixaram de lado as mesclas, acreditando piamente que o papel entrou em colapso no sistema de integração de meios em que somos meros articuladores de frases curtas, filmes de ocasião, e do recrudescer de ego ilusório, porquanto não sermos donos e sim reféns desses mesmos meios que se apresentam envolvidos na embalagem que desconhecemos: gadget caixa, gadget celular... Não há porque tecermos uma crítica muito contundente, mas sim exercer de fora para dentro um input mais solidário com nossa própria situação humana. Questão de mesclarmos os meios novos com os antigos, tornando livros com boas traduções nossos clássicos como patrimônio de nossa civilização. De outro modo não há como traduzirmos nossa existência, pois sem os livros não teremos uma educação onde os alunos possam contestar o que lhes é ensinado, principalmente na redação e na história, criando suas próprias, desenhando em qualquer rincão, rabiscos ou palavras...
            Seria um furor bater de frente com qualquer coisa que se venha de aparecer por diante na sociedade, mas temos que nos situar em uma posição sempre crítica, no sentido de sabermos onde estamos e quem somos no panorama social... Não apenas na sua situação de classe social, se somos ricos ou pobres, mas em que medida podemos e “devemos” urgir por mudanças realmente saudáveis nas sociedades onde vivemos. Essas passam no princípio de uma equiparação do que imaginarmos para o que, ou onde somos fortes, no sentido de resguardarmos a tipologia da defesa para quem possui treinamento para isso enquanto instituição, pois nunca será através de atitudes de violência verbal ou física que nos aperceberemos enquanto sitos em nossos nichos existenciais, com a compreensão de que quanto mais tolerante formos maior será a amplidão de nosso caráter e o espaço de vivência cotidiana individual, mútua ou coletiva. É apenas o saber da importância de sermos harmônicos enquanto seres gregários e que repartamos melhor a riqueza que poderemos entrar em consonância com a grandeza de podermos salvar o planeta, pois enquanto não sairmos da plataforma opaca do apocalipse, a uma espera renitente de fracasso, não poderemos abrilhantar-nos na plataforma de mudanças necessárias e prementes, pois a apreensão das riquezas naturais não é o que deva urgir, mas justamente na verdade em fazer com que os povos se entendam dentro de um mundo de fato tridimensional, tetradimensional, e não um mero quadrado – físico ou eletrônico – a cada qual, conforme necessidades inventadas todos os dias através do impulso de um ego criativamente nulo, porquanto estímulos e respostas previsíveis e sistemáticas. Tudo circunscrito a um passado que não significa mitos encontrados em um contexto de ficção onde os heróis festejam suas atitudes mesmo antes de se tornarem mitos, ou em uma verdade de mitologia fracassada no caudal de um repertório imaginativo rico enquanto de insumos e recursos externos, qual não seja, as meras repetições de receitas na novelística dos canais nacionais. Na verdade, o que não fosse de padrão estreito nas linhas de um pensamento, já era visto – portanto qual seja se quer de ver – como um padrão aceito por qualquer comportamento visto como dentro de uma normalidade aceite. Como se falássemos de um passado que se passa com um homem ou uma mulher a troco de vermos que esse mesmo passado nos revela um cristal sereno por vezes ou em outras uma farsa secreta de cada qual, ou de um.
Quando se roga a que nos comportemos, que se faça dessa palavra o que temos de mais autêntico, a título de compreendermos que a consciência humana só se aprofunda quando questionamos ou mesmo quebramos certos tabus em um regime de progresso, nunca de atraso medieval, ou de supostos meios tecnológicos que só servem para emperrar o andamento de um ser mais feliz, posto mais situado e crítico perante seus escopos sociais... De ser feliz por poder comandar sua existência dentro do que se apresenta na realidade, e de se fazer presente nela com capacidade de contestá-la e contribuir para mudanças que achar mais justas enquanto ser do povo, enquanto cidadão. Essa contribuição vem espontânea, igualmente quão espontânea é uma legalidade autêntica, quando espelhada naquilo que, em síntese, é nosso modo de ser, uma idiossincrasia justa que deveria estar presente em todos os códigos de conduta civilizados, no dito mundo que convencionamos para que ao menos o seja, no Ocidente, no Oriente e em todas as civilizações de caráter urbano e rural no modal de seu próprio processo civilizatório.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

AS TORRES E OS REIS

            Uma torrente de palavras reside por vezes em uma torre, dessas que a gente possa imaginar, ou mesmo ver o lócus de uma fundação, paredes e cobertura, nisso de tantas sintaxes, em que tomamos rédea por escrever, por vezes sem termos a previsão de um resultado coerente, no que não sabemos exatamente por fim onde este reside. Mas se temos uma fundação por um início de uma alvenaria, ou algo de se erguer no concreto, no amálgama de uma boa estrutura, obviamente é suficiente para que possamos fazer disso nossas casas: nossas torres, ou mesmo acompanhar os ninhos que surgem da construção, e que esta seja sólida, com boas vigas e colunas, aberturas, sem os porquês das semânticas ou lógicas, tratando-se de escritos ou mesmo de obras. Não há porque tentarem outros analistas do que pensam em suas verdades que a si mesmo nem sempre consentem, pois apenas aos que elegem para a dissecação de virtudes proibidas, tentarem por similaridade um espelho convexo, que se espalhe o espaço, pois nem sempre este mesmo espaço diria respeito a essa mesma anuência de perscrutarem por si mesmos e por si só, através de cartilhas já fracassadas em suas próprias torres de Babel.
             Desses meios positivos sem negativos, desses que caminham para um lado, teimando em não ver o destro e o canhoto, o quente o frio, as dualidades, sem saber que para transcender há que se encontrar com torres nem sempre acessíveis, e reis que nunca percebemos, e que já reinam no Universo, com os condões tempestuosos de uma ira reflexa por vezes, e talvez o saibamos algo, quiçá sermos mais ignorantes do que as pedras que nos tornamos. Poderíamos encontrar na Bíblia, realmente um livro maravilhoso, as torres do mundo, mas na Grécia Antiga encontraremos também origens e mais origens da criação e Mitologia, o Classicismo Romano, o Hinduísmo, Xintoísmo, os Orixás, os espíritos da Natureza, o paganismo, tantas seriam as torres, a se citar o islamismo, o judaísmo, tantas vertentes que igualmente saibamos que todos têm o direito de crença, de não crença, de ser cidadãos conforme o grau de liberdade que igualmente envolve a ideologia, e da importância em permitir que os estudantes abracem essas questões enquanto cidadãos igualmente livres no século XXI, que deve ser das luzes, e não de um obscurantismo venal, principalmente, com a exuberância cultural das Américas, de nossa América latina tão pátria e tão linda.
            Há de premência que erijamos torres mais altas, que se comuniquem, e que devam estar os nossos reis, que podem ser desde um condor no altiplano a um pajé na Amazônia... Com a humildade que carrego, gostaria de eleger minha escritura, o Bhagavatam e o Bhaghavad Gita, como um archote que me ilumina, um pouco igualmente do novo Testamento, que ilumina igualmente, posto em minha humilde posição de devoto saiba que devo transcender, devo prosseguir no entendimento cabal de minha situação enquanto ser religioso, ou enquanto meu ser de ideário, de homem progressista que mantém igualmente uma chama acesa. Quando penso na miséria humana, quando penso em tantas injustiças, quando vejo a postura nefasta que em muitos cidadãos de nossa República sofrem como ações tremendamente brutas, pode vir uma falta de fé na humanidade. Passa na veneta que encontrar gente decente sempre será muito raro... Aliás, extremamente. Considerando o egoísmo brutal que separa tudo e todos, a cada um no seu micro mundo, a cada qual a construção de uma ameia de ego, uma verruga nas torres de papel. Um mundo que passa a fazer sentido a muitos quando é desencontrado do anterior, de uma leitura qualquer e passa-se a fazer sentido na visão apocalíptica, para dar um exemplo claro e evidente. É mais fácil dizer algo de torres, mas seguimos no pressuposto que há aquelas onde residem reis e rainhas. Sartre e Beauvoir, Frida e Rivera, Neruda e Matilde, quantos haveriam, e os que nunca conhecemos na história? De pequenas atitudes? O José e a Neusa, o Jacó e a Clementina? Quantos nomes? Ah, sim, a areia e o tufão, a montanha e o mar, o céu e as estrelas, as flores e a terra, os planetas e o espaço. Não haverá gênero no Universo... A matéria bruta é homem, a matéria bruta é mulher. A carne pode ser homem, o espírito pode ser mulher. Nosso Deus é mulher, nosso Deus é homem... Porque apenas a rainha possui movimento pleno no tabuleiro, enquanto o Rei é guarnecido pelos xeques que lhe infligem? Ou será que ele é o último? Sejamos meros peões, a conseguir até o final sermos trocados por rainhas? Porque a demanda dos sexos? Porque assim é, e sigo com os reis e as torres, e as semideusas e os semideuses que povoam a minha literatura transcendental, pois é através de Krsna ou Mohini, os Avatares de Deus em todas as dimensões do que conhecemos dentro de nossa percepção limitada e a realidade onde existem sob a flâmula de uma religião muito antiga, remontando toda a eternidade, no limite infinito do passado, do presente e do futuro. Por essas questões é mais simples viver, posto o cenário que nunca é fixo, apenas algo fixo é a previsibilidade das vestimentas humanas, seus comportamentos, haja vista já termos um vasto repertório de traduções. Chegamos a analisar comportamentos de bichos, mas nunca sabemos que os humanos que chegam aos ápices das fronteiras de seus conhecimentos assaz permitidos nos meios acadêmicos nada sabem sobre muito, pois só conhecem aquilo que uma percepção menos acurada deixa entrever, sem se aprofundarem no que não funciona como máquina, no que não somos apenas massa encefálica e órgãos e membros e aparelhos na medicina, no que o naturalista vê ainda como tema de um cartesianismo ainda rudimentar, newtoniano, e que o Tao já seria etapa posterior, mas que um tema científico de massas populares, já pode deixar entrever que no homem do povo já há frações militares que, se não são preocupantes, evoca quase um já surgimento do homem-povo-soldado, que coaduna, pela infringente ordem de crimes que sucedem no planeta a questão da disciplina moral e existencial, vendo-se como modal uma segurança por vezes ilusória que leva tantos e tantos a “saberem” como se portar para “sobreviverem” no espaço social. Isso leva a surgirem tipos de castas não no modelo indiano religioso, mas a separar poderes e ações de modo em que a espécie toma a frente de tornar objetos muitos de seus viventes. A um tipo de tendência autocrática que parte de um egoísmo renitente, de uma segurança necessária e invulgar, da massificação da exploração da força de trabalho como algo estanque e consolidado, mas que, depois de um governo mais popular como os nossos desta última década, demanda que estejamos atentos e agraciados pela consciência já aflorada do homem do povo, que ao menos – em virtude do escopo dos gadgets da revolução tecnológica de nossos tempos – possui a consciência aflorada nos anseios de querer mudar o status quo que pouco a pouco nos fecha as esperanças, minando o moral do cidadão que passa e vive a rua no combate do dia a dia.

            As torres entram em movimento, o tabuleiro gira, encontramos soldados cidadãos, estes encontram cidadãos soldados, somos quem somos, assalariados, empresários, aposentados, velhos moços, temos nossos bichos, somos igualmente bichos e guarnecemos nossos reis e nossas rainhas, nossas torres e nossos ninhos, recebemos o pago, pagamos as contas, contamos com a presença inestimável dos pássaros, acompanhamos os barcos que vêm da pesca, temos nossos cães e gatos, os ratos procuram na imensidão do breu, as luzes brancas e amarelas nos inundam por vezes meio invasivamente, encontramos boas alcovas para o prazer, nos amamos, inundamos as paredes das torres com nossas superfícies de beijos algo secretos, somos burgueses e somos populares, e nos mesclamos, somos brancos, somos orientais e negros, parecemos com o não tanto e seguimos, profeticamente, a grande revolução internacional que está em curso, independente de quem toma o poder relativo das instituições, pois todo o homem povo está em todo o lugar, pois em tese os próprios governos fazem parte dele. Os reis estão nas ruas e o tabuleiro do poder por vezes não possui nenhum para iniciar a próxima partida!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O DESTINO DE UMA NOITE QUIETA REZA QUE OREMOS PARA QUE TODOS TENHAM UMA BOA NOITE DE PAZ E AMORES: COM UMA PONTINHA DE INVEJA SOLIDÁRIA...RS

PERDOE A POESIA, POIS ESTA NÃO FAZ O PAPEL DE SER JURÍDICA, MAS POR VEZES ESSES PODERES PODEM VIR A CONVULSIONAR DE ANGÚSTIA ÀQUELES QUE SÃO DO BEM.

NENHUMA PALAVRA DEVE ASSUSTAR NINGUÉM, POIS APENAS O DEBATE PODE E DEVE SER ACEITO, E NÃO A PROCLAMAÇÃO DE UM ATO GOLPISTA, SEGUIDA POR OUTRO E OUTRO, POSTO É AGORA E MAIS PARA ADIANTE QUE A OPERAÇÃO LAVA-JATO DEVE PROSSEGUIR E, SE DER UMA ANISTIA, QUE A CONCEDA A TODOS, POIS NENHUMA LEI DEVE EXIMIR ALGUNS E IMPUTAR OUTROS.

EM SÍNTESE, TODA A MANIFESTAÇÃO HUMANA POR MELHORES DIAS, SEJA EM QUE COR FOR, NÃO DISPÕE PARA QUE SOFRAMOS GOLPES DE GENTE QUE QUER FICAR MAIS RICA, OU QUE QUER A MESMA ÁGUIA - ANTES ROMANA - AGORA ESTADUNIDENSE.

SE AVENTARMOS A HIPÓTESE ALGO CRUA DE UM SOCIALISMO, VEREMOS QUE NA SOLIDARIEDADE QUE SIGNIFIQUE MUITO DELA SIGNIFICA SERMOS SOCIAIS ENQUANTO SERES, POIS TODOS NÓS TRABALHAMOS OU VIVEMOS CONFORME NECESSIDADES INTRÍNSECAS, E NINGUÉM SE AVENTA DE SEGUIR RECEITAS, APENAS CLAMA A DEUS QUE COMPREENDA DE UMA VEZ POR TODAS - ESSE DEUS QUE QUEREM IMPOR - QUE JESUS CRISTO ERA SOCIALISTA, EM SUA PREFERÊNCIA PELOS DESFAVORECIDOS E PELA SUA PREEMINÊNCIA EM PALAVRAS PARA QUE SE LIBERTASSEM DO JUGO DO IMPÉRIO ROMANO!

TRATA-SE DE SABERMOS QUE HÁ LUGARES MAIS PROPÍCIOS A QUE NOS RESSALTEM AS VÉRTEBRAS, NO QUE EM CODINOME ERGUEMOS TÓTENS, NADA DE FERRUGENS, APARENTEMENTE DE UM CALCÁRIO NOBRE..

NADA DO QUE SABERÍAMOS MERECERIA TANTO DESTAQUE DO QUE UM MERO SORRISO, NEM QUE SEJA QUANDO RECEBEMOS ALGO DE UMA MÃO QUE NOS OFEREÇA DE UM CAFÉ PASSADO E QUE, POR DEUS, QUE SE PASSE UMA TERNURA SINCERA, OU A BONDADE E O CAVALHEIRISMO DE TODO O NOSSO POVO.

COMO SABER SE NÃO ESTÃO VENDO ALGO POR CONVENIÊNCIA, ALGO DE MERCADORIAS DE OCASIÃO, QUE VEEM LETRAS PARA RENDER FRUTOS EM INSIGHTS PARALELOS, QUIÇÁ DIRECIONADOS OU NÃO.

A TÍTULO DE AMOSTRAGEM, UM MAPA SE NOS REVELA UMA SUPERFÍCIE EM QUE DIFERENCIAMOS UM CONHECIMENTO DE VISÃO QUALQUER, MAS QUE NÃO SE VEJA GRÁFICO, E QUE SÓ SE VEJA A VISTA QUASE AÉREA!

A MAIOR MEDICINA DO MUNDO É A PSIQUIÁTRICA, POIS É MAIS LONGA A APRENDIZAGEM E MAIS RÁPIDA A DÚVIDA...

A CADA RESPIRAÇÃO DE NOSSOS EXERCÍCIOS, PRONUNCIAMOS QUE O CORPO HUMANO VALE COMO O DIREITO DE UM ESPECIALISTA EM APLICAR OS CONHECIMENTOS UNIVERSAIS NESSA MATÉRIA.

A PRÁTICA DE ENCONTRAR A PUBLICAÇÃO JÁ É INEVITÁVEL, E NÃO SERÁ ATRAVÉS DE UM FACE QUE ENCONTRAREI MEU ROSTO EM ESPELHOS ROTOS.

ENQUANTO EXISTIR UM PEQUENO INSETO SOBRE UMA LAJE FRIA DE UM SOL ESCALDANTE, PULA-SE O INSETO, QUANDO VOA E NOSSAS MÃOS NÃO SE APERCEBEM.

NÃO ADIANTA TAPAREM O FACHO COM A PENEIRA, POIS A BARATA GOSTA DO VENENO QUANDO TOMA GOSTO POR ELE, EM CIRCUNSTÂNCIA QUE GOZA ATÉ AO TOMÁ-LO.

SE A TÍTULO DE LOUCURA LHE CHAMAREM A ESTAS NOVE PALAVRAS ANTERIORES, DIGAMOS QUE A PARTIR DESTA, AS TRÊS: A LOUCURA SUBSISTE!!!

SE O PROBLEMA É QUE NÃO HAJA SAÍDA NO FIM DE UM TÚNEL, SAIBAMOS QUE DORMIR NO MESMO TÚNEL PODE SER MAIS CONFORTÁVEL DO QUE VER UM TREM CHEGANDO COM O SEU NEÓN, PROMETENDO UM TRIO ELÉTRICO ANTES DO CARNAVAL...

NÃO HAVERÁ ESPAÇO EM NOSSAS ATMOSFERAS SE NÃO RESPIRARMOS DA LIBERDADE EM QUERERMOS NOS LIBERTAR, POSTO A ECONOMIA DE LIVRE MERCADO JÁ DEU NO SACO DO TRABALHADOR DO MUNDO INTEIRO!

SE NA VERDADE ESTAMOS COM UMA DÚVIDA INTERNA QUANTO À QUESTÃO DE RELIGIÕES, SABE-SE SEMPRE QUE BOA É AQUELA CRENÇA QUE RESPEITA A QUALQUER OUTRA, DE QUALQUER MODAL CULTURAL, SEJA PAGÃO OU MONOTEÍSTA, OU O RESPEITO IGUALMENTE CONCEDIDO AOS ATEUS, QUE POSSUEM PLENOS DIREITOS DE NÃO CREREM EM UM DEUS.

SE TUDO QUE ACHAREM DE UM HOMEM OU DE UMA MULHER FOR UMA CARAPUÇA QUIÇÁ ALGO COMPLEXA EM SUA VISÃO, SAIBAM QUE ESTES CASAIS COMBINADOS COM TANTOS OS SERES SE TORNAM SINAPSES DE UMA DIFERENÇA TAL QUE NEM MESMO A CRIAÇÃO SE DÁ CONTA, POIS DEUS - CREIAMOS - NÃO JOGA DADOS AO ACASO.

POIS QUE SEJAM ESTRANHAS AS INGERÊNCIAS DE UMA FAMA, QUANDO ESTA NÃO PASSA DE UM OLHAR SOBRE A SUPERFÍCIE DE NÓS MESMOS...

terça-feira, 22 de novembro de 2016

TEMOS UM ESPECIAL CARINHO A UMA FLOR, QUE SILENCIOSAMENTE BROTA, RESISTENTE E PÁLIDA, DE UM ESCOMBRO QUE TEIMAM EM ASSINALAR QUE TEREMOS COMO FUTURO, MAS QUE É UMA FLOR QUE GERMINAMOS HOJE E, COMO UM EXEMPLO, SAIAMOS A CONVERSAR SOBRE ESSA FLOR DO FUTURO, POSTO O MESMO INEXISTENTE ENQUANTO TEMOS O NOSSO PRESENTE, ESTE, SEMPRE!!!

A MAIOR PEÇA DA RESISTÊNCIA DE UMA SOCIEDADE É QUANDO CONVENCEMOS ÀQUELES QUE CREEM QUE SÃO SUPERIORES EM QUALQUER ASPECTO, QUE ISSO TUDO SE IGUALA AO FASCISMO DE TODAS AS ÉPOCAS AO AFIRMARMOS POR VEZES COM FORÇAS BELIGERANTES QUE OUTROS NÃO MEREÇAM O NOSSO RESPEITO, OU QUE NÃO TENHAM DIREITO À PAZ, NISSO DE NÃO DECLARARMOS NOSSO MEA CULPA, QUANDO CRIAMOS AS GUERRAS...

SOU UM SER AFETIVO, POSSUO TANTO AFETO QUE ME DEIXO ENCANTAR POR UM RÓTULO DE VODKA QUE ENCONTRO NA PRAIA, QUANDO PENSO QUE PODE TER SIDO UMA BOA FESTA, JÁ QUE O MAR ALI ESTÁ, TECENDO PALCO COMO DEVA TER SIDO NA NOITE.

QUANDO TEMOS UM CÃO COMO COMPANHEIRO É GRACIOSA A RELAÇÃO DE AFETO QUE TEMOS, POR SUPOSTO, QUE QUEIRAMOS BEM A UM SER QUE AGRADA COM A SUA SIMPATIA COM OUTROS SERES, COLEGAS DE NATUREZA, E A NÓS MESMOS, EM NOSSA PRÓPRIA AFETIVIDADE POR ELA.

UM HOMEM QUE RECEBE TODOS OS DIAS OLHARES TERNOS DAS MULHERES VAI TRANSMITIR ÀQUELES DE OLHARES TÃO DUROS COMO A DESESPERANÇA QUE AS FLORES BROTAM DOS OLHOS DA MULHER, E O HOMEM APENAS COMPARTE COM OUTROS A ESPERANÇA DA LUZ SERENA DE UM OLHAR...

NÃO PRECISAMOS ACREDITAR QUE O CÉREBRO SEJA UMA ENTIDADE OU ÓRGÃO ISOLADO, QUE NOS COMANDE TANTO ASSIM... MELHOR SERIA PENSAR QUE AQUELE É COMO UMA ANTENA QUE RECEBE E ESPELHA NAS MÃOS DO HOMEM A COMUNHÃO COM A NATUREZA E NÃO NECESSARIAMENTE O INPUT E OUTPUT DOS GADGETS DE ESTÍMULOS E RESPOSTAS ACADÊMICOS ENQUANTO PARTÍCIPES DE NOSSA GRANDE MEDICINA.

NÃO É DE SE DESTRATAR A RELIGIÃO, MAS NO VOO DE UM PÁSSARO O SABE O INDÍGENA, E QUE NÃO LHE DEEM O ÁLCOOL, POIS SUA CULTURA PODE EMERGIR NOS PORTÕES DE UM HOSPITAL ONDE NÃO COMPREENDEM OS RITUAIS SAGRADOS DE DIVERSAS E DIVERSAS CULTURAS DAQUI E DO MUNDO INTEIRO!

EU TENHO UM SONHO MUITO GRANDE DE VER QUE A HUMANIDADE - SEM EXCEÇÕES - SE COMPREENDA, QUE UM TESTEMUNHA DE JEOVÁ, POR EXEMPLO, FIQUE FELIZ COM AS VELAS E AS OFERENDAS A LEMANJÁ, E QUE ENCONTRE NA BÍBLIA O CONFORTO EM RELAÇÃO A ISSO, E QUE ENCONTRE EM QUALQUER METÁFORA, OU QUE OS JUDEUS CREIAM PIAMENTE NO MESSIAS.

SERIA HORA DE SE AMAR DEMAIS, É O PREÇO DE QUEM AMA, SE É DE SE AMAR, QUE SEJA SEMPRE ASSIM, O AMOR GIGANTE QUE INUNDA COMO UM TSUNAME REBELDE ATÉ MESMO OS CORAÇÕES ENDURECIDOS PELA ILUSÃO DE SEUS ISOLADOS MUNDOS.

SE UM HOMEM POSSUI 50 ANOS E TRINTA ENFERMO DE ALGO DE LOUCURA E LUCIDEZ, ESPEREM POR ELE UM POUCO, POIS MAIS DA METADE DA SUA EXISTÊNCIA QUIS FINALMENTE ESTAR LÚCIDO PARA SACAR A SUA PRÓPRIA LOUCURA, E HOJE A VÊ DE CIMA DAS ESTRELAS ONDE BRILHAM ENTRE SEUS OLHOS...

SOU O HOMEM MAIS FELIZ DA TERRA QUANDO COMPREENDO QUE A MINHA DEVOÇÃO A KRSNA É MAIS REAL AINDA DO QUE A CONCEPÇÃO QUE TERIA SE SEM ELE NÃO ESTIVESSE ACOMPANHADO, O QUE FOGE À REGRA QUE ME ACOMPANHA DESDE 1988.

NÃO TEÇAM CULPA À POESIA, PODEM IMPUTAR ALGO AO POETA, POR TALVEZ BOBAGEAR UM POUCO, MAS QUE NADA INVERTE PAPÉIS NA HISTÓRIA SE NÃO NOS DEIXARMOS EXPRESSAR COMO MATÉRIA E SUBSTRATO LIVRE DA COMPOSIÇÃO E LAVRA HUMANA.

A POESIA PODE TER A PRETENSÃO DE SER LIDA POR ALGUÉM, MAS É NESSAS HORAS DE DESCANSO ONDE ELA GERMINA UM POUCO DA NOITE INQUIETA DOS DEDOS QUE VIBRAM EM CONSONÂNCIA COM O CORAÇÃO DO POETA.

A MÚSICA NOS TRANSPORTA PARA MUNDOS QUE SEQUER PENSAMOS, E A POESIA NÃO NECESSITA DE NENHUMA SUBSTÂNCIA PARA NAVEGAR EM TRANQUILO E SERENO, A NÃO SER UMA HOMEOPATA DOSE DE CAFÉ E UMA PITADA BEM CALIBRADA DE CIGARRO.

POSSO SER QUASE TUDO EM OFICIAR, MAS MINHA PREFERÊNCIA É SER UMA ERVA QUASE NADA DE UM CAMINHO DE VRNDÁVANA, POSTO TUDO DE NASCIMENTO E MAIS UM POUCO, OBVIAMENTE EM KRSNALOKA.

A LUZ DO COMPUTADOR SE NOS REVELA TAMBÉM ALGO QUE PARADOXALMENTE PODEMOS TER TECIDO CRÍTICAS MORDAZES, SEM UMA RAZÃO TÃO NECESSÁRIA, POSTO IGUALMENTE INVENÇÃO DO ENGENHO HUMANO.

COMO UM VELUDO, QUE SAIBAMOS QUE O SOM DA FLAUTA ENCANTA COMO UM GRANDE TEXTO ALQUÍMICO, OU UM TALMUDE QUE PUDÉSSEMOS COMPREENDER...

DISCURSO E DEFESA

            - Vamos, desçam daí... As formigas que não estão encontrando no alto das copas das árvores. Quem sabe não estariam ali, mas na terra é mais fácil de encontrar um caminho mais silencioso, mesmo com as chuvas! No entanto há pedras e talvez alguns predadores, mas quem quer comer uma formiga? Nem daria, meus caros amigos, os homens gostam de uma lasanha Sadia tipo Friboi, algo do gênero, bem temperado de suclamato monossódico. Convenhamos, a se falar de tantos produtos, que as gôndolas dos hipers se sentem até mais europeizadas. Todos os gostos, variedades e preços, e o trabalho humano do comércio estaciona em mil e tanto, conforme tabelas dos sindicatos. Uniformes e tudo o mais para conferir padrões, e subpatrões subposicionados, conforme a pachorra daqueles que treinam essas questões meramente “produtivas”, como fantoches sub empregados de outros duvidosos bosstfieds. Ou será que o idioma inglês já arrefeceu os ânimos? Há que saber pelo menos cold e hot, algum tipo de significado outro que não seja apenas o yes, ou o no. Now é melhor, talvez ao noel. Que tantas são as surpresas que até os jornalistas se travestem de algo, quando bem sucedidos conseguem uma ponta nas repetidoras das grandes. Mas ganham bem, quem diria, ganham pelos furos, os focas. Qualquer semelhança é mera coincidência, por falar em cadência, em cia... Companhia? Aberta até os gorgomilhos; a paralaxe é necessária em todas as circunstâncias, mesmo que revisitemos as questões de tradução, que o texto hora é jornalístico sim, isso mesmo, de alguém tremendamente bem informado, não se furtem, a Furb não é soda. E no rio grande o peixe é maior do que era em outros tempos, bons aqueles do tio briza. Mas agora é momento de pausa, hora em que escrevemos como gente grande: justificar atos não é comigo e nem – que o fora – não revelo nada: quem sou eu, que não sou e ninguém sabe quem foi. E saibam, meus caros, das pequenas e tirânicas ofensas que fazem parte ainda de um Democrata decadente, como a queda das eleixons... Postas nos mapas, as ofensas ficam marcadas com alvos e xizes. Xizes mesmos com giz no quadro, à cata de novos quadros, a se retocar ou perseguir e controlar e controlar, ao ponto de recebermos inimigos em casa e ainda tratarmos como reis ou rainhas, para que consolidem suas pequenas e insípidas traições atrelados em máquinas digitais como estranhos cupins em seus próprios veios tecnolofóbicos. Fobia para quem vê, o descaso, a ironia, a ignorância que permitimos ao permitir que – mesmo dentro de sua própria casa – lhe venham a romper os culhões sem ao menos uma oralzinha. Poste-se, a defesa começa agora:

De uma tarde em que o sol não despontara ainda nos convexos mundos
Haveria um poeta que soube mais e saberá ainda igualmente no contexto
Que a aritmética da derrota basta no clique de um curtir que se imagina
Quando menos se espera que se revelem aqueles em um curto minuto
Em que sabemos quais são o que, quando possuem a certeza de quase tudo...

A pátria não se ressente de falsas glórias, mas – aí sim – de uma certeza
Em que a lucidez de uma tropa fala mais algo quando se avizinha
Um indivíduo qualquer que possa estar pondo xeques no tabuleiro
Quando se imiscui em revelar ao nada o nada a que se predestina
Manietando covardemente o afeto já algo vulnerável por justa história.

Basta ver que a condição revelada de um homem por alguém nunca deve
Citar-se a esse alguém pelo pressuposto único de não se conhecer seu tendão
Que de Aquiles continua em ambas as pernas, pois este já desarmou a flecha
Que antes houvera no desfecho, a que saibamos que o contendor por agora
Sequer imagina o que seja ao menos algo de uma Mitologia necessária!

E a germânica mulher que passeia incólume pode ser amiga da negra
Quando sabe que de tudo o que se passa com a sua cultura filosófica
Perpassa igualmente no irmanarmos uma condição de poesia vital viva
Com o nada reticente do poder mal colocado em toda a virtude vil e vã
Daqueles que nada possuem a não ser um braço no mouse e os olhos no ecrã.

É nossa questão proteger as luzes que não são tíbias, venham de onde vierem,
Pois em sociedades onde há toras de árvores exportadas, saibamos que há
Sempre aqueles que compram de um país que não se importa a vender
As mesmas toras transformadas nos países ricos para enfeitar as arquiteturas
Que muitos vendem legítimas, no que são, e passam a aplicar aqui a ilusão.

Nesse paradoxo de kitsch arquitetônico, uma peça escultórica é chanfrada,
Enquanto outra é personalidade de objeto de perfil nada imaginário ser
Enquanto o nada do que realmente seria mais humano passa a querer com tudo
A latitude vasta de toda uma existência sem saber da agressão por qual passa
Todo aquele que pronuncia uma palavra libertária em seu próprio estigma...


FINI

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O ÓBVIO É QUE ENFRENTEMOS A CRISE DE FRENTE, COM O PEITO ABERTO, POIS QUANDO MENOS ESPERAREM, O LAGO FARÁ RESSURGIR O MONSTRO QUE TODOS AGORA IGNORAM: MAS UM MONSTRENGUINHO LEVE, CORDATO, EDUCADO E NO ENTANTO MAIS PODEROSO ECONOMICAMENTE DO QUE TODOS OS QUE VIMOS ATÉ AGORA, E QUE SE CHAMA VOZ DO POVO.

NÃO HÁ COMO EVITAR, CAMARADAS, NUNCA HOUVE UM CAPITALISMO TÃO QUEBRADO, A HORA É DE ESPERAR QUE O TREM PASSE, MAS QUE PASSE TODO, COM SEUS VAGÕES MEIO REPLETOS DE RIQUEZAS, MAS SÓ TEM UMA VIA, VÃO PASSANDO QUE NA VERDADE NÃO OS TOMBEMOS, POIS OS TRILHOS DA TIRANIA JÁ ESTÃO BEM CARIADOS.

ASSIM SERÍAMOS MELHORES SE NADA TIVESSE O SENTIDO TOTAL DE ESTARMOS MAIS NOBRES EM CARÁTER, QUANDO SENTIMOS QUE NADA NO MUNDO ABRAÇA TANTO A CAUSA DE SERMOS OU TERMOS QUE BATER CONTRA TODOS OS PROCESSOS HISTÓRICOS.

AGORA QUE ESTAMOS À SÓS NESTA CONVERSA INFORMAL GAROTA, LEMBRE-SE QUE AQUELES QUE DIVAGAM MUITO SOBRE MITOS, POR VEZES SÃO GRANDES PRODUTORES, POR OUTRAS PRODUTORES DE VOSSAS PRÓPRIAS ILUSÕES, ESTAS QUE ARREBATAM AS MULHERES E OS HOMENS, POR CAUSAS ALGO PATIBULARES DE CUNHO EXISTENCIAL.

KRSNA PEDE PASSAGEM, A TUDO O QUE NOS PERTENCE,, QUE A ELE É PERTENCIDO, E QUANDO ESTIVERMOS NUBLADOS E EM SOFRERES, NÃO NOS RESSINTAMOS, QUE ELE ESTARÁ PRESENTE AO NOSSO LADO, OBSERVANDO TUDO COMO SUPERALMA QUE TUDO VÊ E IGUALMENTE SENTE POR NÓS: ESTE É O JUÍZO DA EXISTÊNCIA, POR FATO, POR VERDADE!!!

GOSTARIA DE VER UM DIA A LIBERDADE BATER À NOSSA PORTA, NÃO NO MODO COMO VEMOS NA MÍDIA, EM QUE MUITOS SÃO PRESOS TODOS OS DIAS, MAS VER DE OUTRO MODO, NO SENTIDO EM QUE A SOCIEDADE SE TORNASSE MAIS JUSTA AO COMBATER A CAUSA DOS MALES SOCIAIS QUE CAUSAM A CORRUPÇÃO E O CRIME.

NÃO É TECER CRÍTICAS, MAS NÃO PODEMOS ACEITAR QUE NOSSA RECREAÇÃO EM ACEITABILIDADE ESTEJA APENAS VINCULADA POR INSIGHTS DE NATUREZA DUVIDOSA, OU PELO FOGO FÁTUO DE UMA TELA DIGITAL AMORFA ENQUANTO APENAS VISUALMENTE INTERESSANTE, SEM O CONTEÚDO CONCRETO DO FATOR HUMANO.

SE VOCÊ QUISER, VIVA, POIS SAIBA QUE A VIDA ESTÁ DENTRO DA LEI, E TUDO O QUE QUISER, COM A AUTENTICIDADE AUSENTE NECESSARIAMENTE DE RÓTULOS EXTERNOS QUE EXTERIORIZEM APENAS AS EMBALAGENS DE OBJETOS QUE POR VEZES NOS TORNAMOS.

O REFLEXO DE DEUS É APENAS UMA FACE DISTANTE COMO O INFINITO QUE NOS SEPARA - AINDA - DA VERDADE!

SE LHE CHAMAREM DE ESPECIAL, SEJA UM ESPECIALISTA, SE LHE CHAMAREM DE LOUCO MOSTRE A LUZ MAIS AGIGANTADA SEM TEMOR À OFENSA, SE LHE CHAMAM DE DEMÔNIO, MOSTREM O SIGNIFICADO EM SUAS CARNES E EM SEU ESPÍRITO DO QUE REALMENTE É DIVINDADE.

QUILOS E MAIS QUILOS DE CARNE DESFILAM SOBRE SEUS TAPETES DE PNEUS DIUTURNOS, E VÃO E VÊM, COM O MESMO CAMINHO ONDE NÃO SABEMOS QUE O HEDONISMO CABAL RESIDE DENTRO DE BATALHAS MUITAS VEZES ILUSÓRIAS, NAS VESTES DE PRÊMIOS CONCEDIDOS PELA FARSA.

MEU DEUS, COMO É UM HOMEM SOZINHO SONHAR AO MENOS POR UM BEIJO DE UMA MULHER, QUE SEJA, NEM SERIA POR UM BEIJO DE AMOR, MAS QUE SEJA UM SELO, QUE SEJA, UM SELO SINCERO COM UMA JURA APENAS, QUE BASTARIA PARA QUE O HOMEM FICASSE AO MENOS MAIS FELIZ.

HÁ QUE SE FALAR DA TERNURA, QUE TANTOS ESTÃO POR ELA, MAS POR VEZES EM CERTOS CAMINHOS TEMOS QUE NOS DESVIAR DE OLHOS DE BARBARIDADES, QUANDO ESTAS NOS NUBLAM O BOM PROCEDER, E A CIVILIDADE PEDE PASSAGEM NESSAS HORAS, QUANDO O CARINHO VENCE A MALDADE...

POR VEZES UM HOMEM PODE SE AUSENTAR DE SUAS COMPANHEIRAS, MAS QUE DEVAM ELAS SABER QUE SE O FAZ É PARA QUE NÃO SE RESSINTAM DE COMPROMETIMENTOS HISTÓRICOS TAIS QUE EMPERRARIAM O SABOR SOLITÁRIO DE UMA AÇÃO MAIS TOTAL E EFETIVA POR PARTE DE SEUS ATOS.

NUNCA TOMEMOS CORAGEM COM QUAISQUER SUBSTÂNCIAS, POIS NOSSOS OLHOS FICARÃO NUBLADOS QUANDO FOCAREM SOBRE UM IDEAL QUE NÃO SIGNIFICA MAIS DO QUE UM MERO DESEJO OU UM REFLEXO DE EGOÍSMO.

FORTALEZA, COMPANHEIROS, MAS NÃO CONFUNDAM O ÁLCOOL E OUTRAS BARBARIDADES DE TOLHIMENTO DA NOSSA RAZÃO COMO PRESSUPOSTOS DE ABRAÇARMOS O ROJÃO, POIS É HORA DE EVITARMOS OS PETARDOS EM INSISTIRMOS EM NOSSA PRÓPRIA IGNORÂNCIA: O IGNORAR CLAMADO NAS RUAS.

SEJAMOS MAIS HOMENS E MULHERES, NÃO DEVAMOS SÓ NOS ENTONTECER PELOS MIASMAS DA ILUSÃO OU DO ENTORPECIMENTO, QUAL NÃO SEJAM AS SUBSTÂNCIAS CONIVENTES COM NOSSAS ALIENAÇÕES, OU MESMO UMA COMÉDIA TRÁGICA DE COSTUMES EM SEU TEOR TÃO GRATUITO QUANDO NOSSOS CLIQUES À SOMBRA DE NOSSOS DEDOS.

A MÃO QUE SE EMPUNHA UMA BANDEIRA DEVE SEGURÁ-LA FORTE EM SEU MASTRO DE BAMBÚ, QUANDO NÃO HÁ A PARAFERNÁLIA DO SEU HASTEAMENTO GRANDEMENTE FORMAL, MAS POR VEZES AUSENTE DO CARÁTER LIBERTÁRIO...

domingo, 20 de novembro de 2016

CRÔNICA VELHA

            Faltava um ano que fosse, mais um ano... Sempre faria essa falta de um tempo qualquer, no ramalhete de suas setenta primaveras: nos anos idos de Personae. Não que se dissesse de outros quaisquer, mas contar setenta pedia mais um, quando desfizera – a se lembrar – dos seus desconstruídos mundos dos cinquenta: de vinte por detrás de sua plataforma quase existencial. Seria muito confortável pensar que um ano passaria a um tipo de nuvem que olhamos plácida sobre uma colina, mas sabia que também faria o possível para que não passasse como uma tempestade, dessas que insuflam certas imaginações quando o coração de um fraco por grandeza teima em permanecer sincero. Esta era a questão: Amali, sua esposa, se mantinha incólume como sua eterna companheira, e era o fato de não saber bem quando o chamara com o codinome afetuoso, que esquecera, no entanto, mas que havia sido pontuado por um carinho em que se lembrava da vulnerável condição, enquanto embriagados pela vida. Essa embriaguez que pede a se beber de um cálice soberano, porquanto na serenidade que conforma uma visão mais límpida em todas as circunstâncias. Embriagar-se à vida, deixar que se leve a onda, a boa onda, aquela que não necessariamente quebra, mas como disse uma grande escritora, que deixa entrever através de suas carícias as algas e depois – subentenda-se – as oculta... Falava Personae, um homem muito experiente, de vida vivida bem consciente desde os três, quando começara a se preparar na plataforma de uma arte em viver, já contando 67 de ter acordado, mas que sempre dormira para acordar um dia, e o sono de breu tantas vezes o acometera que o despertar consequente viera mais profundo, sempre, sempre mais forte e radicular na terra, radicular na pedra! Vivera tanto que muito do que aprendera não viera de nenhuma fonte, a não ser nas suas conversas com um besouro grená que aparecera em sua vida, em que em seu sofrer desconforme conseguira o amparo suficiente, depois de compreender que uma barata abandona seu corpo quando assume sua posição com as patas para cima, entre outros segredos da Natureza que teimava em deixar em seus tesouros secretos. E que sabia, por serem tão ocultos, que muitos não gostariam talvez de rever antigas alquimias do tempo, entre outros que ditavam a supremacia humana sobre os outros seres, que revelava o fascismo contra a Natureza desde o nosso surgimento. As guerras não eram explicadas de todo: o Holocausto de 39, o da Escravidão Negra nas colônias, as guerras mais atuais pelo óleo, as torturas nas Américas, os golpes, as dominações, os impérios, tudo revelava sermos as cópias dos predadores, que o fazem por situação de equilíbrio e não por fatores determinados por conveniências geopolíticas. As apropriações indevidas, a noção de fronteiras e propriedades... Mas claro, temos nossos ninhos, mas sigamos com a história de Personae!
            Havia um seu amigo, Tótis, que vinha lhe dizer sempre das pedras semipreciosas que colecionava. Na verdade eram preciosas enquanto para si, e as cores igualmente lhe eram preciosas, mas Personae teimava em dizer que um seixo e uma pepita de ouro eram igualmente pedras, havendo diferença na beleza, e trazia uma pedra para Amali, que por sinal era a mais desprendida, pois a ela não importava o que acontecia, pois amava a tudo e a todos, mas igualmente com preferência particular pelos bichos, insetos, arbustos, a água soberana do mar, ou uma inibição de uma poça apenas, onde viveriam outros seres, mas que seu olhar não coadunava com tudo, não poderia viver igualmente na microscopia. O macroscópico naqueles anos de século vinte e um impressionava mesmo, e a própria definição dos limites aparentemente – ainda – era intermediado pelo olhar humano, como sempre seria, pois nada funcionava ou funcionaria sem o comando humano, nas coisas que são do homem, e que para estes contam, posto nas coisas naturais o desequilíbrio imposto voltava-se ao mundo como planeta infernal que se tornaria se assim continuassem. Os homens.
            Mas o pressuposto de se pensar nesse modo de se sentir os destinos de toda uma espécie predestinada, não mostrava, aos olhos de Amali tudo que se fizesse agora uma realidade que teria que ser abraçada, a um urso de grandes garras. Bastava a ela o serviço que fosse, fossem quais fossem atividades, na urgência de se capacitar a mente de algo que se aproximava do complexo mundo, tal como era conhecido por aqueles que na maior parte das vezes não o sentia na totalidade. E os nervos de Amali tinham sentido as investidas do que diziam ser genético. E sua cruz foi plantada de tal forma, que muitos alimentos que consumia vinham em forma de pílulas e gotas, entre os quais, entremeados, assim era, e não que contestasse a medicina, mas que nem toda ela – a medicina – deveria ser traduzida por genomas, a Amali pertencia esse modo de ver as coisas. Não seria humanamente possível assim, pensava, mas achava o mundo maravilhoso, igualmente pela evolução da farmacopeia psiquiátrica, pois havia passado maus bocados, apesar de ter tido igualmente uma evolução positiva, graças também pelo seu esposo Personae, que se revelava um eterno companheiro, mesmo que em crises que a assaltaram em suas caminhadas frente à libertação. Disso de se viver se amavam e não possuíam o egotismo em seu perfil de vida, no que não fosse propriamente o jargão perfil viciante dos meios mais atuais, a mais de se dizer de um codinome mais raro, mas mais maduro: o caráter. Ilibado nas suas tentativas de se viver nos conformes, dentro de uma camaradagem recriada a partir do espaço de que dispunham para tanto, que se ampliava na solidariedade entre as gentes, e não no modo sectário ou na conformação emblemática em se permitir o preconceito sem lutar para que o estigma fosse ao menos discutido sobre, em seus papéis pertinentes e recorrentes. O emblema estampado na vida de Amali fora sempre a não adaptação ao mundo, mas que este próprio mundo a adotara de uma vez, e a própria Terra era sua quase progenitora, Amali que contava então com sessenta e dois anos. Mais nova um pouco, obviamente, do que a Gaya que tanto amava, na vastidão desta que pode tanto incorporar a vida efêmera de um mosquito quanto o estalar de cem anos de outro ser, nos dedos do Criador. Ter-se-ia mais do que um dedo, do que uma autoria, quantas são as da humanidade, que não se ressente de abdicar do trono de seus longos e perenes confortos?
            A sentir-se, que algumas histórias começam em longas narrativas, outras são um desfecho sem nada causal, e o modo de vermos que se alonga para algumas direções onde sequer cremos, mas que a fé nos leve para um lugar que, se é de boa, nos leva! Se vamos, vamos a algum lugar, pois se estamos não indo a lugar algum sem que o registramos continuamos a ser apenas o lugar, e não nós mesmos, que não vivemos mais sem registros... Dia 20 de novembro daquele anos de 2016 havia sido um dia consagrador, pelo simples fato de ser um domingo dia de feriado nacional. Um dia que todos os Personaes, criados ou não por uma mente qualquer, todas as Amalis e todos os homens e mulheres tecem e rendem homenagem pelo povo mais nobre que aqui está. Que ergue, de óbices e preconceitos, um castelo concreto em cada encruzilhada, um humanismo que vem de nossa pátria, que é branca, negra, mulata, indígena e tudo o mais de se coexistir e mesclar não apenas na civilidade de gente grande, mas igualmente, na cultura riquíssima e ainda rica das nossas matrizes africanas, pois é de lá que vem a matriz de grande parte de nosso povo. Não há como não citar tantos e tantos que marcaram a nossa história, mas há um homem que merece o nosso respeito e de toda a nossa nação: Zumbi dos Palmares, que fez do Holocausto de nosso povo o signo imantado de libertação, como exemplo de algo tão grandioso como a poesia de Cruz e Souza, o samba, suas raízes libertárias e toda a luta nisso espelhada do povo brasileiro! Sem mais delongas, pois antes de pensarmos um farto de políticos indecentes, temos que pensar na luta, e que esta continue sempre, essa é a causa e a razão das linhas tecidas por um servidor da pátria. Não há como passar o dia de hoje em branco, companheiros... A luta continua!!!